domingo, maio 31, 2009

Sobre rumores, ou não.

Amanhã começa a Electronic Entertainment Expo, mais conhecida como E3, maior feira de videogames do mundo. Todos os nerds desocupados dos mundo estão roendo as unhas por informações sobre o que irá ser mostrado lá. Algumas coisas até já começaram a aparecer, como o tão comentando PSP Go.

Olha aqui o menino:




O brinquedo apareceu ontem, depois de alguns momentos de descreça total da nerdaiada que não tinha mulher e passou o sábado a noite ruminando o assunto na frente dos computadores. Mas não é sobre ele que pretendo falar.

Como está no título, meu negócio hoje é falar de rumores. De como as fofocas movem essa indústria que já ultrapassou o cinema e a música em geração de receita no mundo.

Indo um pouco mais ao passado, podemos ver como esse troço de PSP Go começou. Num fórum obscuro que ninguém se lembra, algum desocupado com boas doses de vodka na cara resolveu contar pra todos que ele estava trabalhando num novo modelo de PSP. Isso seria certamente ignorado por todo mundo que se digna a acompanhar noticias sobre videogames. Contudo, o cara talvez tinha alguma influência no fórum e por isso, deram crédito a sua bebedeira.

Sem demora a Sony, ou quem quer que falasse em nome dela, se apressou em desmentir o bêbado miserável. Afinal de contas, os milhares de consumidores ao redor do mundo não podem estar reféns de uma noite de muita bebida e nenhuma mulher de um desconhecido qualquer... Mas sem demora esse mesmo desconhecido falou com um conhecido - que trabalha na Sony - e pedir pra ele dizer que era tudo verdade. Sim, tudo verdade, e apenas questão de tempo para o lançamento da bagaça.

Passou o tempo e o assunto esfriou. Embora os malucos que abastecem os nerds de notícias nunca tenham esquecido dele. Então, ontem finalmente anunciaram o aparelhinho do jeito mais sem graça possível.

Agora vamos a outro rumor, bem mais interessante:



Pra quem não está enterrado numa caverna esta imagem é bem conhecida. Trata-se da suposta capa do Playstation 3 Slim, o novo modelo do console arrasa-quarteirão da Sony. Muito bem, desta vez eles não desmentiram nem nada. Acho que cansaram de fazer isso o tempo todo. Ou também porque estavam muito perto da já falada E3 deste ano pra perder tempo desmentindo uma coisa que iria aparecer mais tarde.

O fato é, não são só as imagens toscas e de qualidade ruim que estão soltas na internet mas uma miríade de outras coisas bem interessantes. Exemplo? Sabiam que a logomarca do console, presente em várias páginas da internet mudou? Sim, de um pomposo "Playstation 3" com aquela fonte do Homem Aranha para um singelo e discreto "PS3". Sério, mal dá pra reconhecer o logo no meio daquelas marcas gigantes e multicoloridas.

Pra mim isso é prenúncio de algo interessante. Não sei se meus 5 ou mesmo 4 leitores concordam com minha idéia maluca dominical, mas é o que vem me ocorrendo. De qualquer modo, saberemos esta semana, quando os tubarões da maior indústria de entretenimento do mundo mostrarem os dentes.

quinta-feira, maio 28, 2009

Manual Prático de Cultura Pop

Vendo o crescimento da chamada cultura pop e as massas de novos aspirantes a que nela tentam entrar, elaboramos este manual simples em dez lições básicas para uma primeira ajuda. Esperamos que seja útil para todos que almejam ser pops.


1- Em primeiríssimo lugar, você tem que definir sua situação no mundo pop. Sim, porque existem diversas definições do que é ser pop: Há o pop cult, o revival anos 70 ou 80, o apenas cult, apenas pop... Enfim, uma miríade de nomes que fariam a cabeça do mais aplicado estudioso rodar. Para este manual, então, usaremos o padrão "pop apenas", o qual parece ser o mais simples de se definir.

2- Definido o seu estilo, é mister escolher o modo de vestir-se. Ou você acha que pop que é pop sai por aí com jeans e camiseta só? Procure ser o mais colorido possível. Quase uma árvore de natal. Misturar Rosa shock com verde claro ajuda muito nessas horas... E não se esqueça dos grandes óculos escuros - bem grandes mesmo! Assim, nem um cego vai deixar de ver que pela rua caminha um pop.

3- O modo de falar de um pop deve coadunar-se aos mais recentes estilo e tendências da época. Logo, abuse de expressões estrangeiras. Mesmo que você não faça a menor idéia do que esteja falando, a maioria das pessoas vai sempre pensar que você é uma pessoa viajada e, principalmente, descolada. Alguém que não se limita a apenas um léxico verbal.

4-O gosto cultural de um pop é a questão mais espinhosa a que se deve tratar. Em primeira análise o pop que é pop acha tão lindo a bunda da Sheila Mello balançando quanto uma ária de Puccini. Pra ele tudo é cultura! E tanto melhor quando ela vem da expressão genuína popular, como eles dizem. Entende-se por expressão popular forrós, bailes funk e similares, embora poucos deles tenham coragem de frequentar os lugarem nos quais efetivamente o povo vai.

5- Ainda falando de cultura, assunto deveras complicado. Além de estar íntimo dos gostos da população, o pop que é pop deve saber tudo o que acontece na cena alternativa. Define-se "cena alternativa" como bandas que não fazem sucesso por vários motivos, o maior deles é ser ruim mesmo. Não importa se o vocalista é desafinado ou o músico não sabe tocar nem "dó, ré, mi, fá", o negócio é ter atitude. Aliás, este é um tema que será retomado mais à frente.

6-Terminando de falar sobre os gostos culturais pops, chegamos à literatura. Na verdade essa parte é a mais complicada de se definir, visto que os pops moldam seus gostos literários ao que vêem em outros lugares, como filmes - geralmente americanos ou um iraniano de vez em quando - ou bandas de música. Mas nunca falta na estante pop um exemplar dos últimos que acabaram de se transformar em filmes ou que foram fonte de inspiração para algum grupo ou pop star nos quais ele se espelhe.

7- Nunca, jamais, em tempo algum, seja visto numa mesa de botequim enchendo os cornos de cerveja com cachaça enquanto discute a zaga do Atlético Mineiro. Não há atitude mais anti-pop! Exceto, é claro, quando isso é feito nos barzinhos pop, com seu grupo pop à tiracolo que sempre terão uma considerão pertinente sobre a situação débil do esporte brasileiro e como o padrão de cores das camisas dos times é medonho.

8- Derivação do anterior. Frequente sempre lugares pop, cheios de gente pop como você. Tais estabelecimentos geralmente têm uma decoração espalhafatosa, o que atrai pops mais que açúcar atrai formigas. E quanto mais decorado o lugar, maior será a conta a pagar, como diz a lógica. Mas não se importe com isso! Ainda que não tenha nem um tostão no bolso pop que é pop não deve nunca perder a pose! Peça uma água mineral e diga a todos que está parando de beber. Hoje em dia é pop tomar água enquanto todos bebem cerveja na sua frente. Mostra força de vontade!

9-Dedique-se a um hábito tipicamente pop. Colecione todos os filmes de um determinado ator, saiba tudo sobre um personagem de ficção famoso, seitas exotéricas... Qualquer coisa serve, desde que seja da alçada do mundo pop. Mas não invente muito que nada é mais anti-pop que parecer mais inteligente ou curioso que os outros pops.

10-O mais importante. ATITUDE. Em caixa alta mesmo. O que todo pop precisa aprender é ter atitude. Ainda não se sabe exatemente o que isso quer dizer neste tão misterioso mundo, mas ao que tudo indica, ande de maneira mais solta, fale de modo mais arrastado ou cantado. Não há uma regra para isso. Os mais bem sucedidos são os que conseguiram mesclar a maior parte de características diferentes. Se não é o seu caso, use palavrões à vontade e nunca, mas nunca mesmo, utilize em sua totalidade o o estilo que foi usado neste texto. Fazendo isso, você estará pronto para se aventurar nesse mundo cada vez mais colorido! Boa sorte!

segunda-feira, maio 25, 2009

Sim, eu sou nerd! Pobre mas sou...

Cartazes enormes sobre Final Fantasy XIII sendo afixados em Los Angeles, onde semana que vem acontecerá a E3. Pra quem não sabe, a maior feira do ramo de videogame do mundo.









É por isso que me dói ser pobre, desempregado e ferrado na vida...

Dá licença que vou chorar ali no cantinho.

segunda-feira, maio 11, 2009

Aniversário


Pois é, hoje faço vinte sete anos de idade. Pra falar a verdade, não gosto nem um pouquinho do número. Mas como não se pode evitar essas contingências da vida, é melhor não pensar muito no fato de que estou ficando velho. Afinal, todo mundo fica velho. Só espero chegar ao nível Shean Conery de velhice algum dia... Isso me deixaria bastante feliz.

Mas enquanto isso não chega, e espero que demore bastante, vou me arranjando do jeito que estou. O livro parece que vai sair finalmente. Se por um lado é legal saber que algo que escrevi finalmente será publicado, por outro me vejo emaranhado num problema que amedronta. Vender as bagaças. Sim, pois se trata de produção independente, uma vez que no Brasil só se vende auto ajuda e livros de culinária. E para gente como eu o mercado é tão amistoso quanto um pit bull sem comer há dois dias. Assim sou obrigado a gastar somas obscenas de dinheiro que poderiam muito bem me fazer comprar todos os videogames da nova geração que eu queria, seus jogos e ainda me sobraria um bom troco pra comprar uma TV Full HD Progressive Scan, blá blá blá. Mas estamos focando em objetivos mais produtivos e de maior valor, não é?

Então, todos devem saber que ando desempregado, ferrado, fodido e sem um puto no bolso nem pra pagar a mensalidade do meu querio RPG online, né? Bem, se não sabem, estão sabendo agora. E que, devido a isso, estou numas férias forçadas aqui no Espírito Santo, pensando no que vou fazer da vida daqui pra frente. Pra quem não sabe também, trabalhei um mês num jornaleco de uma cidadezinha dos arredores de Belo Horizonte. Nada muito interessante, mas que conseguia desenhar um sorriso no meu rosto todo final do dia só pelo fato de eu estar fazendo o que eu sempre quis fazer na vida. Contudo essa brincadeira acabou e seus frutos financeiros - eu preciso disso também, tá! - não foram lá essas coisas.

Provavelmente voltarei a Minas Gerais nos próximos dias, se não encontrar nada pra fazer aqui onde estou no processo. Mas enquanto isso, fico na praia ruminando histórias, jogando videogame e passeando a beira mar pra ver se alguma luz divina se abate sobre minha cabeça. Bem, duvido muito na última hipótese, mas quem sabe?

Enquanto estou ruminando, ando pensando se deveria postar mais coisas que escrevo aqui. Afinal, a brutal maioria do que escrevo não vai ser publicado mesmo. São contos, rascunhos de histórias e um monte de coisas que coloco num caderno que levo comigo há muitos anos, muitos mesmo. Acho que chegou a hora de deixar de ser cuzão e colocar alguma coisa aqui. Mas isso não significa que eu vou transcrever o meu caderno pra cá. Haverá uma rigorosa escolha - o que significa que eu não sei o que por e vou pegar o menos pior. Por hoje é só. Mais tarde passo um pouco do conteúdo do meu caderno para este blogue. E quem sabe assim ele terá mais gente que os cinco leitores fantasmas que possuo.

quinta-feira, maio 07, 2009

Coisas soltas

Depois de semanas do meu primeiro capítulo, cá estou eu de novo. Agora perdido numa praia esquecida do mundo, sendo comido por pernilongos e aturando dois gatos e uma cadela cega. Tudo isso para dizer que estou completamente fodido na vida e tentando encontrar uma saída para a areia movediça na qual me enfiei.

Andei pensando em fazer serviços autônomos como jornalista, mas esbarro na minha total falta de experiência e confiança pra encarar uma coisa na qual posso me dar muito pior do que estou agora. Ao mesmo tempo ainda me debato em torno da publicação do meu livro. Embora esteja praticamente pronto, volta e meia paro pra pensar se o troço vai dar realmente certo, se não vai ser um gasto total de estúpido de dinheiro... Pelo menos ou encontrei uma distribuidora que trabalha com autores independentes. Espero que dê certo.

Contudo, preciso de dinheiro urgente. Minhas dispendiosas necessidades de homem sofisticado clamam por isso. Não dá pra viver de televisão e matinê de cinema a vida toda. Eu não consigo. Preciso de coisas mais interessantes com as quais preencher meus dias enquanto penso num outros assunto para transformar em livro.

Até pensei em começar a escrever algo onde estou no momento, mas os pernilongos onipresentes sugam todo meu ânimo juntamente com meu sangue.

Por hoje é só. Até outro dia.