quarta-feira, setembro 27, 2006

Preparem-se...

Depois de revolucionar a literatura brasileira em seu primeiro best seller, a cotada ao Prêmio Nobel deste ano, Bruna Surfistinha, prepara-se para lançar outro monumento linguístico e estético.

O que aprendi com Bruna Surfistinha - Lições de uma vida nada fácil

Tremam, Tolstoi e Dostoiévisk. Curve-se Machado de Assis, ante o poder narrativo de Bruna Surfistinha!


Precisa dizer algo?

Agora enchendo o saco em tempo integral.

Bem, de agora em diante estarei com conexão banda larga onde trabalho/sofro. Assim, espero ser mais frequente nas atualizações daqui por diante. Isto é, se a criatividade e o saco permitirem...

Por enquanto é só. Até porque esta semana eu vou-me embora para o Espírito Santo(gostaria muito de poder ir para Londres, mas como não dá...). Vou fugir da eleição e passar os dias jogando no playstation 2 do meu irmão e enchendo a cara de cerveja. Só falta decidir o jogo...

Alguém tem uma sugestão?

domingo, setembro 24, 2006

Corram(pra longe), eles chegaram!!!

Já passaram em Manaus...
Eu só sei que estarei bem longe de Belo Horizonte quando essa turma chegar por aqui. As mulheres até que são gostosas mas... Não. Cachoeiro, aí vou eu!

sábado, setembro 23, 2006

Sábado de Sol!

Tentando aproveitar o sábado, lá fui eu me abalar ao centro da cidade para cuidar de uns livros que peguei emprestados na biblioteca estadual. Como é fim de semana, é de se esperar que o trânsito seja no mínimo transitável pelas ruas eternamente em obras de Belo Horizonte. Quanto a isso não há muito o que falar, uma vez que a ida se processou sem muitas complicações - e até porque eu precisava de um início, mesmo capenga.

No centro é a mesma confusão de sempre. Carros buzinando, gente te empurrando de um lado pro outro e os malditos, desgraçados... Nem sei como nomear esse povo que fica na porta das lojas com um amplificador à tiracolo, anunciando as promoções aos berros. Minha cabeça não consegue pensar neles sem enumerar pelo menos uns cinquenta palavrões.

Corri, fugi para a Praça Sete, onde o burburinho e a multidão seriam muito maiores, mas pelo menos não haveriam esses sujeitor. Talvez um ou outro pastor iniciante no negócio...

Mas qual não foi minha supresa - sentença batida, mas tá aí - quando ainda ao longe percebi caixas de som muito, mas muito mais fortes. E um monte de gente carregando bandeiras de um tal partido de bico grande e penas abundantes. Vários carros de som com músicas, discursos e o escambau. Isso sem contar um outro grupo perto batucando o que parecia um olodum cívico, ou coisa assim.

Fugi.

E na fuga dei por mim subindo a avenida que leva até a Praça da Liberdade - andei, não é mesmo? - já com a barulheira normal de sábado.

Mas quis o filho da puta do destino que eu desse de cara com uma carreata monstro. Da qual participavam não só o nosso ilustríssimo e polvilhado governador mas também o leguminoso candidato à presidência, envergando a cara que a vida lhe deu e tão pouco o ajuda.

Enfim cheguei à biblioteca. Mas tão desnorteado que nem liguei muito para o fato de ter esquecido de renovar a minha carteira.

De qualquer modo, nem bebi hoje. O trauma foi grande demais...

domingo, setembro 17, 2006

Crônica de um Ladrão de Almas.

Pois é, esse é o título de uma história que eu estou escrevendo. Resolvi por o primeiro capítulo aqui para saber da opinião de quem olha este blog - espero que não sejam só os três que imagino.

Então lá vai:


Começa com Antônio Costa. Ele, sentado numa mesa de botequim em frente à calçada, bebericando uma cerveja enquanto espera o trânsito da avenida diminuir. Deveria ter pego o ônibus há meia hora atrás, mas o fluxo de carros era tanto que pensou ser melhor esperar um pouco até que as coisas se normalizassem. De mais a mais, tem apenas um irmão em casa que não deve ter a menor pressa de sua chegada, quase certo a noiva deste estar lá neste exato momento... Logo, não vê mal nenhum em ter sentado naquela mesa e pedir uma garrafa da cerveja mais gelada que o garçom pode trazer, pois além de tudo fazia um calor de fornalha.

Enquanto vai bebendo olha meio desatendo os carros e ônibus que a todo custo tentam passar pelo espaço onde deveria caber no máximo um terço deles. Mas é comum ao fim do dia todas as avenidas, ruas, alamedas e qualquer outro lugar destinado à passagem de veículos automotivos estar completamente cheio deles até exceder a capacidade de trânsito desses lugares. E com a infinidade de carros vinha o barulho das buzinas, os gritos dos motoristas impacientes, o ronco ensurdecedor de algumas motos, apitos de guardas de trânsito. Isso sem falar da costumeira balbúrdia dos pedestres, sempre falando alto em meio a vendedores ambulantes de vozes tão possantes quanto buzinas e o burburinho das conversas que vão e vem em frente a Antônio e sua garrafa de cerveja já passada da metade.

Sim, fazia um grande barulho na avenida. Um pouco fora do usual para aquele dia e horário, pensa Antônio. Talvez algum evento que ele não soubesse, ou coisa assim fosse o causador. De qualquer modo, não estava muito interessado em pensar no que estaria causando a parada quase total do tráfego ali, desde que houvesse menos carros ao fim da cerveja que já estava para acabar.

Um casal de namorados entra no bar e senta-se na mesa quase ao seu lado. A moça parece tímida e o tempo todo leva a mão à orelha, puxando-a. Antônio diverte-se vendo a mão da menina puxar insistentemente o lóbulo. Dora nunca puxou a orelha assim quando eles sentavam-se num bar para conversar...

A cerveja acabou. O movimento dos carros não mudou nada nesse tempo. Pede outra. A última, diz ao garçom. Os carros da rua estão num movimento muito lento, a ponto de parar. Na sua frente aparece um sujeito que, aos berros, diz comprar ouro, pequenas jóias e outras quinquilharias. Grita para todos na rua como um possesso, como se competisse com o zunido das buzinas dos carros e dos vendedores mais à frente. Antônio volta a prestar atenção no movimento da moça. O barulho é tanto que não consegue ouvir a conversa do casal que está logo ao seu lado, embora somente tivesse olhos para a mão esquerda da moça puxando a orelha. Atrás vinha o garçom com a cerveja, sem que ele percebesse. Na rua os carros pararam. Também não conseguia mais ouvir o som deles que fora abafado pelos gritos do homem ali perto. Contudo deste também não parecia mais vir som algum, quem sabe engolfado pelo burburinho da calçada que Antônio também não ouvia. Com seus olhos postos fixamente na orelha da menina não percebe a chegada do garçom. Só dá pela sua presença no momento em que este abre a garrafa e o fraco som da pressão libertada o traz à realidade. Lá fora o homem continua a berrar acompanhado dos carros e tudo o mais.

O casal passou para uma mesa ao fundo. O namorado percebera os olhares de Antônio. Com uma segunda garrafa de cerveja cheia ele volta a olhar a rua. Na orelha esquerda começa a sentir uma leve coceira.

“Hora complicada, não é?”

“Pois é... Faz tempo que não vejo um engarrafamento desses. Deve ter acontecido algum acidente.”

“Engraçado que faz tanto barulho que eu cheguei a não escutar nada agorinha mesmo...”

“Mas está uma merda de bagunça lá fora! Mesmo enfiando forte os dedos nos ouvidos não dá nem pra fingir que não tem...”

“É... Talvez eu esteja com o ouvido ruim.”

O garçom vai para outra mesa. Antônio não conseguiu puxar conversa como gostaria. Sentiu-se idiota por começar com essa história de não ouvir nada, como se fosse um doido. Claro que aquele barulho desgraçado não havia cessado de repente. E ainda por cima só pra ele! De qualquer modo, apressa a cerveja. Está há muito tempo parado ali e, por mais que o irmão goste de ficar sozinho com a noiva em casa, precisava de um banho para limpar aquela poeira de rua toda em cima dele.

A coceira na orelha não parava. Sem perceber começou a fazer praticamente os mesmos movimentos da moça antes. Sem perceber engoliu quase de um só gole a garrafa e um pouco tonto pagou ao garçom e foi embora, deixando-o com um sorriso de pena para ele. Com certeza parecia um sujeito desorientado...

Na rua, tinha a impressão de que o barulho não era tão intenso quanto há poucos momentos atrás. Os carros fluíam normalmente pela avenida, até com certa velocidade. Mesmo as pessoas estavam um pouco mais quietas. Todo mundo cansado do trabalho e sem vontade de falar nada, pensou. Seu ônibus estava parado mais à frente. Correu até ele e entrou, apertando-se junto com as outras pessoas.

Já estava bem escuro agora. Na sua frente, uma mulher dormia com a cabeça recostada no vidro da janela. Parecia não dar importância para toda aquela gente espremida logo ao seu lado. Olhando aquela mulher, Antônio passou a sentir-se realmente cansado, quase a ponto de dormir em pé. Forçava para manter os olhos abertos. A coceira na orelha ainda incomodava, embora não pudesse tirar as mãos das barras dos bancos.

Começou a cambalear de sono quando alguém o empurrou com força.

“Vá dormir na cama, rapaz.” Foi o que lhe disseram.

sábado, setembro 16, 2006

Tá quente hoje, né?

Tudo bem, admito: estou numa falta do que fazer da porra!

Mesmo que tenha até conseguido uma boa idéia para o mestrado - paga a preços altíssimos, diga-se de passagem - não ando tendo nada melhor pra fazer ultimamente. Acho que foi pela energia gasta no ato de adquirir a tal idéia...

Tanto que a coisa mais emocionante que fiz nas últimas semanas foi comprar uma merda de uma placa de vídeo para o meu computador. Certo que gastei quase todo o meu sagrado dinheirinho da cerveja nisso, mas a causa era nobre! Ou pelo menos mais nobre que a cachaça que eu venho tomando no boteco aqui do lado.

Ou melhor, a coisa mais emocionate foi instalar aquela merda, que felizmente está funcionando neste exato momento. Por muito pouco não arranquei o processador só para fazer a placa caber no raio do encaixe. Acresce-se o fato de que eu havia tomado certa quantidade de cerveja antes disso... Tudo isso para descobrir no dia seguinte que era só desparafusar uma travinha minúscula e a coisinha entrava numa facilidade só! Ainda bem que esperei pela ressaca do dia seguinte.

Bem, acho que agora vou dormir um pouco para me recuperar de tão titânico esforço.

Site Legal

Pra começar tem este link aqui. Uma versão da Wikipedia pra quem tem senso de humor, se é que alguma criatura viva deste planeta já não viu esse troço!

segunda-feira, setembro 11, 2006

O que sai de tua boca infernal.


Ciro Gomes, com sua mente e boca diabólicas, ataca novamente.

E o pior é que parece que funciona pra ele!

sábado, setembro 09, 2006

Fodeu.

Já faz mais ou menos quatro dias desde que descobri que o projeto de mestrado no qual eu estava pensando já era de outro. Desde então não tenho feito outra coisa senão tentar botar a minha cabeça pra pensar em outro bem rapidinho até o dia final da inscrição. O problema que isso é um pouco complicado...

Logo, alguém por acaso tem uma ideiazinha que não vai fazer falta? Só uma. E não precisa ser das melhores!

Então?

sexta-feira, setembro 08, 2006

E num desses jogos da seleção...


E depois vêm me dizer que futebol é esporte másculo. Sei... Fico só imaginando se o Robinho sentou depois que o Lúcio "sentou" nele durante o jogo. Por acaso rolou de trocar telefone mais tarde?...

terça-feira, setembro 05, 2006

Já podeis da pátria filhos...

Pois é, estamos na semana da pátria. Época de se ufanar de nosso país, envergando orgulhosamente o pavilhão verde amarelo pelas ruas enquanto se acompanha a passagem dos desfiles militares...

Contudo, a verba pra pano verde e amarelo estourou desde maio com a Copa do Mundo. Não havendo previsão para seu uso nesta época. Tampouco acho que ainda exista gente que goste de assistir a um bando de guardinhas de rua esfomeados desfilando como se fossem o exército mais poderoso do mundo. Em suma, parece que a semana da pátria e o dia da independência não terão suas cores. Muito embora eu imagine que ninguém mesmo dá a mínima pra isso.

Todos os anos os telejornais sem assunto buscam matérias igualmente insossas para a efeméride. Sendo a mais cotada a que fala do total esquecimento por parte do povo de seu dia da independência. Razões históricas pra isso acho que temos, mas não vêm ao caso agora.

Mas de todas as coisas desses dias, a de longe mais engraçada é a parada de Brasília onde o presidente da república aparece de pé naquele carro velho e horroroso com a faixa presidencial atravessada ao peito. Falando apenas do carro, cujo nome não sei escrever, não sei como as pessoas ainda não se tocaram o quanto é ridículo um ser humano normal, em pelo gozo de suas faculdades mentais, andar naquele troço. Não importa o quanto aquilo seja caro. Parece mesmo que é o ícone de muitas coisas no Brasil; velho e ultrapassado. Mas isso não cabe a mim julgar, pobre jornalista desempregado que sou.

De qualquer jeito, vamos todos à rua rir das fardas sujas e rasgadas dos soldados enquanto os moleques jogam bombinhas nos pés deles. Nos empanturrar de algodão doce e sorvete e agitar as bandeirinhas que sobreviveram à seleção.