quinta-feira, agosto 31, 2006

Enquanto isso em algum lugar da China...

Foto de uma exposição de arte em Xangai.

Não sei não, mas esse chinês tá animadinho demais! Será que isso tudo faz parte da "fruição" da obra?...

terça-feira, agosto 29, 2006

O sapato apertado.

Antes de mais nada, calço trinta e seis. Quando a vergonha me impede de falar isso, arredondo para trinta e sete e meio...

Dizem acerca de gente com um pé do tamanho do meu que muito raramente preocupam-se com o fato do sapato apertar ou mesmo incomodar um pouco, o mínimo que seja, o dedão. A pessoas com o pé pequeno é mais fácil encontrarem os calçados muito, mas muito maiores que o necessário. Sendo preciso uma verdadeira procissão para se encontrar ao menos um que sirva razoalvemente. Isso acontece comigo também.

Ocorre que desta vez encontrei um que realmente me incomodou. Não que fosse muito menor - na verdade parecia mais um sapato de palhaço comigo usando. O problema é que eu estava usando uma dessas palmilhas ortopédicas e o sapato começou a fazer uma pressão imensa no que futebolisticamente chama-se peito do pé. Está doendo até agora...

Nem sei como consegui aguentar quase o dia todo sem tirar a palmilha - mas uma hora tirei, enfim.

Enquanto meu pé doía horrivelmente, mais em cima, na minha cabeça passava todo o texto do meu plano de mestrado, o livro que eu penso escrever... Estava tudo lá, como que pronto para ser usado. Sensação essa que esmaeceu-se logo no momento de descalçei o maldito, me sentindo no céu dos pés pequenos.

Então fiquei pensando em como poderia reter aquela enxurrada de criatividade sem tanto sofrimento. Claro que não consegui, já digo logo. Em seguida outro pensamento sapeca veio a dar uma cabriola na minha cabeça, como que fazendo uma proposta: Será que Machado de Assis sentia os sapatos apertarem?

Depois disso, embrulhei as palmilhas, jogando-as no fundo de uma gaveta, como se eu caminhasse sobre nuvens.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Eu prometo!

Acho que posso dizer que passei incólume pelo horário eleitoral. Salvo as faixas, pinturas, placas e todo o lixo que compôe uma eleição, não assisti a nenhum programa da televisão.

Sim, podem me chamar de despolitizado. Eu, um sujeito que estudava Ciência Política como optativa na faculdade... Mas o fato é que eu cansei. Enchi o saco mesmo desse negócio. Estuda-se a política brasileira como se ela fosse a sueca, o que não é mesmo. E a Suécia é um lugar frio pra caralho e muito chato imagino. Quer dizer, pra quem não faz filmes pornôs, o que é o meu caso. Mas o que ocorre é que na faculdade, como sempre, todo mundo escolhe um padrão de mundo totalmente diferente da realidade e quer a todo custo fazer com que os outros acreditem que aquilo funciona. Digo funciona porque ninguém precisa acreditar mesmo, é só ter uma boa base teórica e tudo bem.

Também não pretendo aqui fazer apologia ao voto em branco, em preto ou em qualquer cor do arco-íris. Se o caboclo quer meter o dedo lá na urna faça-o à vontade. E todos que ficam propagando a idéia de que isso pode anular a eleição são umas grandes bestas, desinformando outros bobões loucos pra ter um motivo pra encher os e-mails dos outros com essas xaropadas. Uma campanha dentro da outra...

Mas por que estou escrevendo isso? Simples! Eu também farei a minha promessa. Afinal não é época de campanha?

Então lá vai: Eu prometo...(termina agora o Horário Eleitoral Gratuito)

quinta-feira, agosto 17, 2006

Cada boteco é uma saudade!

Pode ser que pra muita gente este texto não tenha significado algum. Pode ser que os iniciantes na arte da botecagem ainda não tenham compreendido a real grandeza desse templo do álcool. Pode ser que eu seja um cachaceiro que está escrevendo sob o efeito de quatro cervejas... Mas isso não importa!

O que realmente importa é o boteco! Seja ele chique ou sujo, sempre terá a alma dos pinguços que ali passam antes da ressaca do dia seguinte. Aliás, sendo o que distingue um cachaceiro rico de um pobre é a grife do gosto de cabo de guarda-chuva que se sente na boca logo ao se acordar. Que maravilha deve ser o gosto de um genuíno uísque quinze anos escocês depois de uma babada no travesseiro!... Mas esses prazeres são para poucos, infelizmente.

A grande maioria dos mortais se satisfaz com o boteco da esquina, onde se pode beber uma cerveja barata acompanhada de um frango frito como tira gosto. E se aparecer um bêbado pra puxar assunto, tanto melhor! Isso até que você próprio torne-se o bêbado.

E mesmo os piores botequins tem o seu charme, podem acreditar. Há, numa praia do Espírito Santo, um no qual as paredes são completamente sujas de gordura e os fregueses tem que disputar espaço com as moscas para poder beber sua cachacinha em paz... Somando-se a isso, o dono, que parece mais embriagado que todos os outros ali, dando para quem pede uma Bhrama, uma Antártica, ou coisa pior pra dizer o mínimo. Será que também falei do fortíssimo cheiro de peixe que vinha da peixaria(óbvio) logo à frente?...

Pois é acho que tudo isso faz o charme de tal estabelecimento. Dá um certo ar heróico a quem entra lá pra pedir qualquer coisa e encara um copo que deve estar mais sujo que a cueca do gordo que bebe cachaça na mesa perto do balcão - espero que eu não esteja certo neste ponto.

Agora vou tomar um banho frio...

sábado, agosto 12, 2006

Informação importante.

No momento em Marataízes, ES(praia!!!).

Quarta-feira estarei aí enchendo o saco novamente.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Tem coisas que nunca mudam...

Para toda grande jornada, existe sempre um primeiro passo. Isto é, se você não torçer o pé num buraco antes...


Enfim, parece que aquela coisa chamada Comunicação Social não muda mesmo. Hoje, aproveitando um dia de extrema vagabundagem, fui lá na pós-graduação para ver se meu pedido de isolada haiva sido deferido - sim, "vou voltar, sei que ainda vou voltar..." Chegando lá, vi um quadro com os deferimentos de todos os outros cursos da FAFICH, mas "estranhamente" não vi nada da Comunicação. Indaguei à moça da secretaria da comunicação e ela de modo muito polido disse não não tinha nada a ver como babado. Por sua vez, o cara da pós em outra sala falou que é melhor esperar até sexta para, quem sabe, eu ter a informação que preciso.

Começamos bem...

P.S. O pior é que perambulei pelo prédio e não encontrei ninguém que eu conhecia pra bater um papo, só gente estranha. Parece que estou ficando velho mesmo...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Manual prático de cultura pop.

Vendo o crescimento da chamada cultura pop e as massas de novos aspirantes a que nela tentam entrar, elaboramos este manual simples em dez lições básicas para uma primeira ajuda. Esperamos que seja útil para todos que almejam ser pops.


1- Em primeiríssimo lugar, você tem que definir sua situação no mundo pop. Sim, porque existem diversas definições do que é ser pop: Há o pop cult, o revival anos 70 ou 80, o apenas cult, apenas pop... Enfim, uma miríade de nomes que fariam a cabeça do mais aplicado estudioso rodar. Para este manual, então, usaremos o padrão "pop apenas", o qual parece ser o mais simples de se definir.

2- Definido o seu estilo, é mister escolher o modo de vestir-se. Ou você acha que pop que é pop sai por aí com jeans e camiseta só? Procure ser o mais colorido possível. Quase uma árvore de natal. Misturar Rosa shock com verde claro ajuda muito nessas horas... E não se esqueça dos grandes óculos escuros - bem grandes mesmo! Assim, nem um cego vai deixar de ver que pela rua caminha um pop.

3- O modo de falar de um pop deve coadunar-se aos mais recentes estilo e tendências da época. Logo, abuse de expressões estrangeiras. Mesmo que você não faça a menor idéia do que esteja falando, a maioria das pessoas vai sempre pensar que você é uma pessoa viajada e, principalmente, descolada. Alguém que não se limita a apenas um léxico verbal.

4-O gosto cultural de um pop é a questão mais espinhosa a que se deve tratar. Em primeira análise o pop que é pop acha tão lindo a bunda da Sheila Mello balançando quanto uma ária de Puccini. Pra ele tudo é cultura! E tanto melhor quando ela vem da expressão genuína popular, como eles dizem. Entende-se por expressão popular forrós, bailes funk e similares, embora poucos deles tenham coragem de frequentar os lugarem nos quais efetivamente o povo vai.

5- Ainda falando de cultura, assunto deveras complicado. Além de estar íntimo dos gostos da população, o pop que é pop deve saber tudo o que acontece na cena alternativa. Define-se "cena alternativa" como bandas que não fazem sucesso por vários motivos, o maior deles é ser ruim mesmo. Não importa se o vocalista é desafinado ou o músico não sabe tocar nem "dó, ré, mi, fá", o negócio é ter atitude. Aliás, este é um tema que será retomado mais à frente.

6-Terminando de falar sobre os gostos culturais pops, chegamos à literatura. Na verdade essa parte é a mais complicada de se definir, visto que os pops moldam seus gostos literários ao que vêem em outros lugares, como filmes - geralmente americanos ou um iraniano de vez em quando - ou bandas de música. Mas nunca falta na estante pop um exemplar dos últimos que acabaram de se transformar em filmes ou que foram fonte de inspiração para algum grupo ou pop star nos quais ele se espelhe.

7- Nunca, jamais, em tempo algum, seja visto numa mesa de botequim enchendo os cornos de cerveja com cachaça enquanto discute a zaga do Atlético Mineiro. Não há atitude mais anti-pop! Exceto, é claro, quando isso é feito nos barzinhos pop, com seu grupo pop à tiracolo que sempre terão uma considerão pertinente sobre a situação débil do esporte brasileiro e como o padrão de cores das camisas dos times é medonho.

8- Derivação do anterior. Frequente sempre lugares pop, cheios de gente pop como você. Tais estabelecimentos geralmente têm uma decoração espalhafatosa, o que atrai pops mais que açúcar atrai formigas. E quanto mais decorado o lugar, maior será a conta a pagar, como diz a lógica. Mas não se importe com isso! Ainda que não tenha nem um tostão no bolso pop que é pop não deve nunca perder a pose! Peça uma água mineral e diga a todos que está parando de beber. Hoje em dia é pop tomar água enquanto todos bebem cerveja na sua frente. Mostra força de vontade!

9-Dedique-se a um hábito tipicamente pop. Colecione todos os filmes de um determinado ator, saiba tudo sobre um personagem de ficção famoso, seitas exotéricas... Qualquer coisa serve, desde que seja da alçada do mundo pop. Mas não invente muito que nada é mais anti-pop que parecer mais inteligente ou curioso que os outros pops.

10-O mais importante. ATITUDE. Em caixa alta mesmo. O que todo pop precisa aprender é ter atitude. Ainda não se sabe exatemente o que isso quer dizer neste tão misterioso mundo, mas ao que tudo indica, ande de maneira mais solta, fale de modo mais arrastado ou cantado. Não há uma regra para isso. Os mais bem sucedidos são os que conseguiram mesclar a maior parte de características diferentes. Se não é o seu caso, use palavrões à vontade e nunca, mas nunca mesmo, utilize em sua totalidade o o estilo que foi usado neste texto. Fazendo isso, você estará pronto para se aventurar nesse mundo cada vez mais colorido! Boa sorte!

terça-feira, agosto 01, 2006

E lá vamos nós!

Aqui vai. Estou dando início a mais um temporada de loucuras de Michel Oliveira.

Desta vez, esse sujeito estranho se resolveu a tentar mestrado em comunicação. O mesmo curso de onde saiu com vontade de esganar metade do quadro de professores - e os professores o sabem.

Nos próximos dias, mais informações sobre essa nova epopéia burlesca.

Não percam os capítulos!