segunda-feira, dezembro 04, 2006

"Lula quer festa 'sóbria' na posse, mas com grande participação popular"

Imagino o que deve ser festa sóbria, mas popular... Talvez deva ser algo relativo a cachaça de baixo teor alcoólico e de preço menor ainda. Enfim, batizada nas sendas do Senhor!!!

Mas falando politicamente da coisa, pode-se perceber que estão mesmo é com o cu na mão esperando a falta de público na posse. Afinal, até as baratas do Senado sabem que vai ser um pouco difícil juntar o público de 2002 novamente, quando foram mais de 120 mil hipongas, cults blasé, militantes estudantis de férias da falculdade e mais uma infinidade de outros vagabundos à Brasília. Eu mesmo iria pra lá na época e não lembro mais qual assunto me prendeu. Acredito que foi melhor assim.

E a posse agora será à tarde.

Eu imagino o esforço hercúleo promovido por nosso presidente para acordar bem cedo para sua posse, a primeira. Fico pensando o quanto a fábrica de engov lucrou com isso naquela época...

Deixando de saudosismo eu só queria saber que tipo de pessoa iria ver o Lula vestir(?) a faixa presidencial novamente. Não creio que os calouros de faculdade irão para lá novamente. Boa parte dos que foram há quatro anos certamente já deve ter formado ou está se esfolando n'algum estágio por aí. Quem sabe os velhos vagabundos de sempre. Embora eu ache que eles já estão um tanto quanto velhos para gritar "Viva Lula" ou coisa assim. Quem sabe prefiram a dose de pinga batizada da festa sóbria e popular do presidente.

Quanto a mim, prefiro uísque. Quinze anos. E escocês legítimo.

terça-feira, novembro 28, 2006

E bate as botas Jece Valadão.

Pois é, o homem morreu.

Era um sujeito machista, irritante, crápula. Além de possuir um defeito imperdoável: era cachoeirense!!!

Enfim, um minuto de silêncio por sua pobre alma.

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Tá bom, já chega.

segunda-feira, novembro 27, 2006

A mente humana é realmente algo impressionante!

Acho que todos sabem o que é uma teoria da conspiração. Aquelas coisas que gente desempregada e fã de algum seriado idiota americano gosta de fazer de vez em quando e espalhar por e-mail. Pois é, a poucos dias atrás recebi uma dessas pérolas.

Tratava-se desta vez do caso da queda do avião da Gol lá na amazônia e os pilotos do jatinho aloprado. Muito bem, ainda se discute o que fez com que os dois aviões trombassem em pleno ar. E muita gente começou a xingar e brigar por causa disso por razões mais ou menos plausíveis.

Mas chega de enrolação e vamos à diversão! O texto gigantesco fala de um complô(óbvio, por que ninguém pensou nisso antes?) para matar pessoas ligadas ao governo brasileiro responsáveis pela pesquisa de uma nova fonte de energia. A saber:

...um novo tipo de combustível baseado em vírus. Isso
mesmo,produção de energia baseada na manipulação genética de vírus, o MIT -
Instituto Tecnológico de Massasuchets estavam desenvolvendo algo parecido
para criar baterias de Laptops mais potentes, revestiram os vírus com
moléculas de óxido de cobalto e partículas de ouro e em seguida os
alinharam para formar minúsculos fios que servem como o anodo na bateria.

Eu só gostaria de saber como se alinham vírus... Deve ser um processo deveras interessante. Já pensaram como seria legal andar por aí com uma bateria de laptop de gripe? Imagino que as mais fortes deveriam ser feitas de vírus bem potentes, como AIDS e ebola... Mas isso não acaba aí. De acordo com a "denúncia" a tal pesquisa brasileira versava sobre o mesmo assunto, contudo, com o objetivo de criar "uma fonte de energia limpa e auto suficiente, auto geradora,e a um custo baixíssimo".

Ou seja, fomos vítimas de um maquiavélico plano. Mais um!...

Para não me alongar muito, e porque também não estou com muitas idéias para piadas hoje, vou terminar falando sobre quem seriam esses notáveis cientistas brasileiros. Diz o texto que se tratavam do "famoso grupo da pescaria". Para o autor "indivíduos bastante conhecidos do meio médico-científico, conhecidos pelo trabalho na área de engenharia genética, até mesmo desenvolvimento de alta tecnologia".

Eu não consegui me segurar de tanto rir quando li isso! Querem saber porque?

O tal grupo de cientistas pescadores é natural da triste e quente cidade de Cachoeiro de Itapemirim, assim como eu. Eram, por sinal, pessoas muito conhecidas na região, por serem bons advogados, dentistas e pequenos comerciantes. Mas ficou claro agora que isso tudo era fachada! Impressionante como eles conseguiram esconder tudo isso de todo mundo!

Cada dia que passa me impressiono mais e mais com as pessoas...

E por fim, bloqueei os e-mails da pessoa que me enviou isso. Tenho medo dela agora.

P.S. Se alguém souber de um meio mais fácil de publicar textos de e-mail, por favor me avise. Não quero manter dois blogs.

sexta-feira, novembro 24, 2006

"Kombi que transportava camisinhas é recuperada"

Notícia do terra.

Realmente, esse sujeito deve ser um homem muito "ocupado"...

E antes que perguntem; sim, não tenho nada pra fazer agora.

"Lula diz que vai ser mais ousado no segundo mandato para destravar o país"

Reparem só no primeiro parágrafo da matéria da Folha:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que vai lançar ainda neste ano medidas para destravar a economia. Lula disse que já está trabalhando nestas medidas, pois pretende fazer um segundo mandato mais "ousado".

Fiquei pensando o que seriam "destravar a economia e mandato "ousado". Será que é algo do tipo laxante associado à viagra em altas doses? Do jeito que anda este governo, até que não seria absurdo pensar em algo assim... Mas continuemos com mais um trecho, agora do nosso presidente:

"Eu quero anunciar esse processo de desobstrução do Estado brasileiro ainda neste primeiro mandato."

Tá explicado! O problema do Brasil é prisão de ventre! E eu aqui pensando que era a macroeconomia e as altas taxas de juros... Mas que ingenuidade a minha! Vamos todos ao Lacto Purga que agora esse país vai pro lugar que sempre mereceu!

Só espero que quanto à parte do mandato ousado, Lula não tente iniciar seu próprio espetáculo de striper. Já foi muito traumático ter visto aquelas fotos de sua digníssima esposa ostentando um belo maiô com uma enorme estrela vermelha na barriga. Imaginem um dos dois rebolando enquanto desce a rampa do Planalto...

Não, não precisam imaginar. É horrível!!!

terça-feira, novembro 21, 2006

Como meditar em aviões.

Sim, saiu na Folha Online um textinho sobre como meditar em aviões.

Não sei se comento a picaretagem assumida da reportagem ou o quesito de utilidade pública.

Por certo, tal coisa foi publicada com o caridoso intuito de ajudar os passageiros do atribulado tráfego aéreo brasileiro. Esses pobres que tem dinheiro para pagar 500 reais ou mais para um vôo de Curitiba a Salvador e arbitrariamente são largados ao léu nas salas de embarque...

Quanto a parte da picaretagem... Bem, acho que os que leram já perceberam.

domingo, novembro 19, 2006

De buzinas galináceas rompantes.

Entrei aqui pensando em escrever alguma coisa sobre o filme Os Infiltrados que assisti na quinta, mas fui subitamente interrompido por um buzinaço bem embaixo da minha janela, arrancando-me da minha já tão difícil concentração...

Pra quem não mora em Belo Horizonte ou não tem saco para assistir ao Campeonato Brasileiro da Segunda(!) Divisão - neste caso, a maioria absoluta dos seres viventes - o Clube Atlético Mineiro, vulgo Galo, galo doido e demais variações, sagrou-se campeão. O pobre escritor do blogue aqui foi uma das testemunhas televisivas do feito, uma vez que estava a encher o rabo de cerveja num boteco onde via-se o jogo. E podem ter certeza que apenas viam mesmo, pois os gritos, xingamentos, comentários e elogios às senhoras mães de jogadores e árbitros não deixavam ouvir a voz do narrador. Mas quem se importa com narrador, não é mesmo?

Por fim o Atlético ganhou. Ainda que por um placar magro de um a zero, ainda que fosse um título de série B a cidade aqui pareceu explodir. Não sei quantas cervejas fazem um torcedor atleticano, mas até cheguei a me sentir levemente simpático ao time... Percebendo isso, paguei a conta e voltei para casa o mais rápido possível.

Agora estou ouvindo as buzinas dos carros e as carinhosas citações à torcida do cruzeiro gritadas a plenos pulmões. Enfim, creio que não se pode encher muito o saco dos atleticanos. Afinal, é o primeiro título nacional depois de.... Sei lá, 80 anos?

Mas eu também ficaria feliz se tivesse dinheiro investido no Galo e visse o mesmo sendo valorizado. Quem sabe poderia até gritar um pouquinho.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Estamos com problemas técnicos(entre eles, uma tremenda falta de criatividade)

Breve prosseguiremos com a programação normal.

domingo, novembro 05, 2006

Mais um que está com a corda no pescoço...


Notícia internacional: Saddan Hussein é o mais novo pendurado da praça.

Depois de tanto chove não molha os juízes decidiram decidir alguma coisa e vão mandar o sujeito comer capim pela raiz. Vai ser enforcado, embora ele mesmo prefira um belo e enorme fuzil a disparar contra sua pessoa. O que nós temos com a preferência de cada um, não é?

E eu só queria estar lá pra ver a cara de todo mundo na saída do tribunal. Principalmente dos advogados e dos juízes, todos se borrando de medo...

Mas como sou jornalista ferrado e não vão me dar passagem pro Iraque me contento com o blogue mesmo por enquanto.



P.S. Domingo é realmente um dia chato pra cacete!

P.S.2. Tá, sei que a piada foi de mau-gosto. Mas como já tá aí...

quinta-feira, novembro 02, 2006

"Glória Maria faz jejum de 10 dias." E eu com isso?

Mais uma dessas coisas estranhas que se encontram por aí. O link da reportagem é este. Antes que me perguntem, achei isso na página principal do Terra... Fala de uma espécie de tratamento que a chata-mor do Fantástico anda fazendo para, no que ela diz, purificar o organismo. Muito natureba, não é?

O problema é isso tornar-se motivo para gente compor tantas linhas. Podem me chamar de careta, chato e ranheta. Podem até dizer que a seção "Gente & TV" é pra isso mesmo. De qualquer jeito, me assusta esse negócio de jornalista ser motivo pra notícia e não o contrário. Essas coisas acabam dando uma percepção errada do que é o jornalismo. As pessoas em casa ficam achando que todos os jornalistas viajam muito e conhecem milhões de pessoas, que são extremamente comunicativos e joviais. E, principalmente, ganham horrores para fazer as palhaçadas que a senhora Glória Maria faz.

Ora, nada mais falso! A maioria de nós não passa de loucos estressados, que mal dão bom dia à mulher ou o marido quando vão trabalhar. Ganhamos mal e somos apontados como inúteis! Não é raro dizerem que um economista falaria melhor do seu assunto que um jornalista. Mas vá ler a bela merda que um economista escreve num jornal!... Isso dentre outras coisas as quais não cabe discutir agora.

Não sei como a Glória chegou onde chegou e nem me interessa saber. Não gosto do tipo de jornalismo que ela faz, tentando extrair uma emoção forçada das coisas em lugares nos quais a maioria das pessoas nunca estará. Parece uma agente de turismo de luxo e não uma jornalista. Acredito no que disse Graciliano Ramos quando era editor de jornal: "Evite os pontos de exclamação porque só idiotas se impressionam por qualquer coisa." A senhora Glória faz o contrário. E ganha muito dinheiro e páginas nos jornais com isso.

terça-feira, outubro 31, 2006

A última sobre eleição.

Parece que domingo passado foi dia de um grande velório. Acho que nem se o país tivesse perdido uma guerra as pessoas sairiam tão chochas à rua.

Não foi um dia normal de eleição.

Não houve o pessoal da boca de urna enchendo as ruas de santinhos(tá, isso foi até bom). Também não vi as brigas de bar, onde gente completamente bêbada e pouco se fudendo para a lei seca defendia calorosamente seus candidatos, muitas vezes gerando confusões no bairro todo. As pessoas saiam à rua cabisbaixas, tristes. Como se estivessem para cumprir uma obrigação terrível a qual não se podia fugir.

Domingo passado não foi um dia alegre como outros parecidos costumavam ser...

Pra terminar, foi uma eleição muito calma e ordeira. Quase se poderia dizer no nível de países democráticos e desenvolvidos. Uma verdadeira chatice!!!

Se a coisa continuar assim é bem provável do Lula fazer com que consigamos subir à primeira divisão do mundo. Ou não...

Esta semana a Granja do Torto vai justificar o seu nome...

E eu, como bom arroz de festa cachaceiro, iria lá, caso me convidassem. Provavelmente aproveitaria a desculpa de estar bêbado para sacanear o Lula na cara dele, muito embora sua excelência nem se dará conta do pastiche, visto que estará mais irrigado do que eu.

Mas como não me convidam pra essas festas...

Vamos aos fatos, então. O homem ganhou de um candidato completamente sem carisma e tampouco plano de governo. Não que Lula tivesse o último, mas nosso derrotado limitava-se a repetir a mesma ladainha que seus assessores de marketing lhe mandaram dizer quando surpreendentemente passou para o segundo turno. Ou seja, creio que até um cavalo ganharia de semelhante boneco de posto de gasolina. Só faltava levantar e sacudir os bracinhos de indignação como os mesmos...

Então, já eleito, Lula todo pimpão na frente de um monte de jornalistas estressados e doidos pra voltar pra casa, diz que o Brasil vai deixar de ser um país em desenvolvimento para passar a desenvolvido. Certo, muito bonito. Creio que todos por aqui querem o mesmo. Mas titio Raymundo Faoro já disse em idos anos que não é possível implementar medidas modernizantes num país onde o estamento é dominado por estruturas pré-capitalistas ou até medievais. E isso que ocorre com nosso Brasil varonil. Para tentar o feito que propõe ele teria que simplesmente destruir a estrutura de poder que há no Brasil, a qual também o sustenta. Isso além de uma série de outras coisas que passam por fazer o que o Estado tem que fazer como um bom sistema educacional e de saúde.

Enfim, de qualquer modo a festa lá na Granja deve se estender até o fim da semana. Indo terminar, quem sabe, em ensolaradas praias em qualquer canto deste país. Só espero que eles tenham comprado bastante Engov...

terça-feira, outubro 24, 2006

Sanctuary

Não sou um grande admirador de quadrinhos. Verdade é que o gênero pra mim sempre foi ligado à histórias infantis cheias de figuras excessivamente coloridas e em poses mais que esdrúxulas. Vez por outra ia a alguma banca e tentava ver qualquer coisa de X-men, Homem Aranha e afins. Mas sempre parava nos desenhos estranhos e histórias idiotas.

Então, certo dia, me indicaram um mangá chamado One Piece. Eu, que sempre havia gostado de desenho japonês até que achei o dito interessante, embora muito juvenil ainda. Mas tudo bem, comecei a ler aquilo assim mesmo.

Dia desses passei novamente por uma banca atrás do suplemento literário do jornal de sábado(temos que fiscalizar a concorrência!) e dei com a figura ao lado. Era uma revista bem grossa, o que pra mim significava muita coisa pra ler numa tarde morosa de sábado. Comprei a dita e fui pra casa ler jornal e mangá.

Tratava-se de uma espécie de história policial cujos principais personagens são um mafioso e um aspirante a político. Ao que tudo indica o cerne da história trata de um plano para levar o segundo personagem a primeiro ministro do Japão. Então o que não faltam são intrigas políticas e a esperada dose de violência em enredos desse tipo.

Mas nada de personagens pegando fogo e disparando raios com as mãos, tão comuns em quadrinhos. Os ossos quebram-se mesmo e ninguém se cura milagrosamente.

Contudo o que me prendeu foi esse plano dos dois personagens de passar por cima de estruturas políticas já a muito assentadas num país que prima ao mundo por ser uma sociedade tradicionalista. Não se explica muito bem suas motivações. O pouco que se mostra está nas falas do mafioso que diz querer "dar um herói aos jovens" ou quando explica porque entrou para o crime, onde pode em um dia fazer algo que um homem levaria trinta anos.

Talvez seja cedo para elogiar, mas de qualquer modo vou atrás dos próximos números.

segunda-feira, outubro 23, 2006

O mito silente.

Bem, não sei quanto a maioria das pessoas, mas estava reparando numa coisa: Esta é a primeira eleição para presidente sem o Brizola. Sem suas infindáveis chamadas televisivas nas quais abusava do estrionismo para descer o pau no governo, no Lula e em quem mais aparecece.

Certo, o cara era um dinossauro getulista dos mais empedernidos. Mas não há como negar que ele tinha estilo, e muito! Quando vejo hoje os candidatos e governantes olhando para as câmeras de televisão de olhos arregalados como meninos assustados me lembro do Brizola. Ele sim, sabia falar para uma câmera! Foi um dos poucos políticos que vi saber realmente empostar a voz num discurso. O resto parece que fez curso de locução por correspondência.

Mas pra não falar somente nas qualidades de showman dele, é de se fazer notar que Brizola jamais se impressionava com um argumento contra qualquer ato seu, seja como político ou não. Isso por estar escudado pela mais adamantina teimosia que já existiu em um ser vivo. Os esquerdistas e oposicionistas de hoje jamais poderiam lhe ofuscar nisso. Ainda que fosse capaz dos atos mais estranhos do mundo como aliar-se a Lula depois de achincalhá-lo para o país inteiro, sempre tinha uma justificativa para o que fazia, por mais que esta fosse esdrúxula. Pois contra teimosia como aquela não havia como se opor.

Gostaria de saber o que ele teria a dizer a gente que hoje gosta mais de falar de dinheiro sujo e moral sacrossanta que de soluções. Talvez não tivesse nada além de sua habital cantinela, composta durante tantos anos de getulismo. Muito provavelmente não teria grande utilidade. Mas que seria divertido ver o homem soltar o verbo, isso seria!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Aviso importante

Estou pensando em promover umas mudanças neste blog. Deixá-lo com mais cara de coisa-feita-por-jornalista. O que implica em parar de falar de mim mesmo um pouco e olhar para os lados. Com um pouco de sorte até posso tentar publicar algumas reportagens minhas aqui.

Isso até era para ser o objetivo inicial disto. Mas a coisa acabou tomando outros rumos durante esses meses.

Mas não fazer tipo de sério, como se o que eu digo é coisa para colocar no pedestal da verdade, como a maioria dos jornalistas faz. Até porque, ninguém leva um blog a sério mesmo. E também por não conseguir dizer nada sem soltar uma ironia que seja. Fazer o que se sou assim!

Se eu conhecesse html até mudaria o layout disso, mas acho que vai ficar como está. Vou ver o que posso fazer quanto a visual.

Bem, é isso. Estou aberto à sugestões dos quatro ou cinco que lêem esta página.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Fudeu 2, a missão(e desta vez em definitivo).

Pois é, não consegui passar nem mesmo na análise dos projetos para o mestrado. Deram-me uma bela carimbada na bunda e me mandaram pastar, que academia não era meu negócio. Pelo menos não tenho mais que ler aqueles textos horríveis, cheios de frases com mais de sete linhas e sem nenhum nexo entre elas. Se alguém puder me explicar de onde vem essa idéia de que pra escrever academicamente, tem que escrever como uma criança de primário com notas baixas, agradeço...

Mas para não ficarem dizendo por aí que é despeito eu sei que não fiz o projeto dos sonhos dos professores do curso. Abusei da ironia e de um monte de brincadeiras estilosas em volumosas três(!) páginas. Concordo que isso tenha sido demais para eles. E, maior de todos os pecados, escrevi em primeira pessoa. Isso porque o texto ficaria uma bela merda se eu passasse tudo pra terceira, como manda o figurino. E prefiro morrer a entregar um texto mal redigido!

Enfim, a coisa toda não estava tão bem estruturada assim aos moldes acadêmicos. Pelo menos aos do curso de Comunicação Social da UFMG, impressionantemente rigorosos em comparação a outros cursos. O processo de mestrado para a Ciência Política da UFRJ é muito, mas muito mais tranquilo(nesse eu admito a vagabundagem). Talvez porque o "campo da comunicação" não esteja ainda definido - isso com quase cem anos de comunicação de massa.

Bem, já que eu não sirvo mesmo pra isso de universidade, decidi: chega desse negócio. Daqui pra frente não quero nunca mais ouvir falar de academia e nem de seus frequentadores chatos e metidos a espertos, muito menos dos seus autores sem estilo.

Vou ler A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristam Shandy, de Sterne. Pra quem não sabe, o livro que influenciou diretamente Memórias Póstumas de Brás Cubas. Ao menos dou umas boas risadas com um texto...

domingo, outubro 08, 2006

"A culpa é sua!" "Não, é sua!" (Debate dos presidenciáveis?)

Bem, acabei de assistir mal assitido ao primeiro debate entre os candidatos a presidente no segundo turno. Primeiro, preciso dizer que não prestei a devida atenção a tudo que foi dito porque aquilo parecia mais briga de criança. E como Geraldinho insistia em dizer que foi Luizinho quem rasgou a cortina da sala - embora estivessem na mesma brincadeira - de solução que é bom não se soube.

Mas continuemos...

De início Geraldinho começou com a estratégia óbvia de acusar Luizinho de fazer bagunça na casa, emporcalhando tudo de sorvete e não deixando os outros brincarem com seus brinquedos. Não pôde deixar de falar também que Luizinho comprou um aviãozinho que não divide com ninguém Fez birra como ele só! Do outro lado Luizinho dizia que não e não, o aviãozinho era de todo mundo e a bagunça foi a turma de Geraldinho que começou. Que ele é que está tentando arrumar senão a mamãe briga. Depois Geraldinho disse que estava dodói há um tempão e não conseguiu achar remédio na caixinha porque Luizinho não pediu pro papai. Ele, que é muito esperto, disse que pediu pro papai uma caixa muito maior, mas os remédios vão chegar mais tarde, que são muitos.

Então Geraldinho começou a espernear chamando Luizinho de mentiroso. E que mentir era feio e papai do céu castiga! Queria também saber de onde veio todo aquele sorvete que emporcalhou a sala já que não tinha visto na geladeira. Quem sabe ele queria um pouco do sorvete também, mas teve vergonha de pedir... Luizinho respondeu que o sorvete não era dele e que não foi ele quem sujou a sala. E que vai falar com a mãe de quem sujou para ela dar um belo puxão de orelha no moleque mal-criado.

Por fim, Geraldinho e Luizinho passaram a chamar-se mutuamente de feio, burro, mentiroso e - o pior de todos os xingamentos - cara de mamão! Isso enquanto a roda de amiguinhos punha mais lenha na briga

Acho que estou ficando velho pra essas brincadeiras de criança!

quinta-feira, outubro 05, 2006

Segundo turno reloaded.


Sei não, mas acho que o Alkimin estava olhando para outra pessoa, esperando alguma reação para tirá-lo de perto do Garotinho. Mas como ninguém apareceu...

terça-feira, outubro 03, 2006

Final Fantasy X, a vagabundagem suprema da eleição.

Como prometido vim falar sobre o Final Fantasy X, embora eu saiba que a maioria dos que lêem esta coisa não gostam mais de video-games. Mas foda-se.

Para começar, imagine o Ronaldinho Gaúcho empunhando uma espada e desferindo golpes contra monstros feios, maus e cheios de magias. E depois disso tudo ele ser jogado para mil anos no futuro, num lugar muito estranho... Tudo bem, forcei com a parte do Ronaldinho, mas é mais ou menos assim o protagonista do jogo, que atende pelo nome de Tidus. Um sujeitinho meio estrelinha de um esporte que mais parece um polo aquático jogado numa enorme esfera completamente cheia d'água. Num belo dia, Sin, um monstro enorme e super poderoso ataca a cidade onde ele vive bem no meio de uma partida do campeonato. Ato contínuo, um amigo de seu pai, que odeia - e que o criou, o amigo - aparece e lhe dá a tal espada numa das cenas mais engraçadas do jogo. "Espero que saiba como usar isso", diz Auron, o tal velho, enquanto Tidus cai com o peso da espada.

De resto, ambos são transportados para o futuro onde o nosso herói tenta encontrar um jeito de voltar e percebe que a mínima chance que tem é derrotando o tal Sin(o pecado, em português). Acontece que, além dele ser um monstro gigantesco que volta e meia aparece e arrebenta com todo mundo, Tidus descobre que há mais coisas no fato de estar naquele mundo além de uma mera conhecidência. Que envolve o seu pai, também...

Enfim, adorei o enredo. A história toda, pelo menos até o ponto onde pude jogar, é narrada por Tidus no tempo passado. O que eu vejo como uma grande inovoação em RPGs. Se alguém conhece outro jogo assim me avise. Além da construção dos personagens ser a mais completa que já vi num video-game. Tudo bem que existem os clichês como o par romântico com Yuna, uma morena - de peito pequeno, diga-se logo - que é a única capaz de invocar um "espírito" que poderia derrotar Sin. E também devo dizer que o Tidus em questão é loirinho e usa uma espada enorme, se bem que de personalidade bem diferente de outros parecidos de episódios anteriores...

Mas o que me pegou no jogo foi a sequência incial acompanhada de um solo de piano tão triste que quase tive vontade de chorar...

Eu realmente preciso arrumar um Playstation 2 pra mim.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Rapidinhas.

Muito embora eu tenha gasto meu fim de semana no Final Fantasy X (que comentarei amanhã, com a música tema - solo de piano filho da puta de bom! - na cabeça ainda) aconteceu tanta coisa que eu acho poder comentar.

Antes de mais nada começemos pela eleição. Pensei que essa coisa toda terminaria ontem para eu poder voltar à minha paz mas me enganei. No último momento o pessoal decidiu dar pra trás e dar mais uns votinhos pro Alkimin picolé de chuchu. E nem adiantou o Lula dar uma de esperto e não ir ao debate. No fim a patuléia o ferrou. O que sobrou mesmo desse dia desgraçado - já que nem beber eu pude - foi assistir o Alexandre Garcia falando todas as obviedades do mundo no Fantástico. Parece que a Globo gosta de por gente pra falar que vai subir pra cima e descer pra baixo como comentaristas...

E continuando a falar de Fantástico. Quem merda foi aquela de imagem de Jesus na parede? E a tal da bolinha verde?! Tudo bem que redações muitas vezes tornam-se verdadeiras filiais do inferno por falta de assunto, e a do Fantástico deve ser uma das piores... Mas isso? Não tinham nada melhor pra contar não? Isso sem falar da enésima vez que mostram um adolescente babaca e ignorante que entra em comunidades nazistas-sexistas-racistas-e-o-caralho-a-quatro-do-orkut por que achou muito doido.

Por fim, o tal do avião que caiu tinha uns dez cachoeirenses e não se fala de outra coisa na cidade. Uma demonstração explícita de morbidez gratuita, a qual nunca precisa de grandes motivos para ser exercitada. E olha que isso numa cidade de quase 200 mil habitantes, não uma Ouro Branco da vida(a Gabi que me desculpe, mas ela fala tão mau do lugar).

Era isso. Amanhã falo do raio do jogo.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Preparem-se...

Depois de revolucionar a literatura brasileira em seu primeiro best seller, a cotada ao Prêmio Nobel deste ano, Bruna Surfistinha, prepara-se para lançar outro monumento linguístico e estético.

O que aprendi com Bruna Surfistinha - Lições de uma vida nada fácil

Tremam, Tolstoi e Dostoiévisk. Curve-se Machado de Assis, ante o poder narrativo de Bruna Surfistinha!


Precisa dizer algo?

Agora enchendo o saco em tempo integral.

Bem, de agora em diante estarei com conexão banda larga onde trabalho/sofro. Assim, espero ser mais frequente nas atualizações daqui por diante. Isto é, se a criatividade e o saco permitirem...

Por enquanto é só. Até porque esta semana eu vou-me embora para o Espírito Santo(gostaria muito de poder ir para Londres, mas como não dá...). Vou fugir da eleição e passar os dias jogando no playstation 2 do meu irmão e enchendo a cara de cerveja. Só falta decidir o jogo...

Alguém tem uma sugestão?

domingo, setembro 24, 2006

Corram(pra longe), eles chegaram!!!

Já passaram em Manaus...
Eu só sei que estarei bem longe de Belo Horizonte quando essa turma chegar por aqui. As mulheres até que são gostosas mas... Não. Cachoeiro, aí vou eu!

sábado, setembro 23, 2006

Sábado de Sol!

Tentando aproveitar o sábado, lá fui eu me abalar ao centro da cidade para cuidar de uns livros que peguei emprestados na biblioteca estadual. Como é fim de semana, é de se esperar que o trânsito seja no mínimo transitável pelas ruas eternamente em obras de Belo Horizonte. Quanto a isso não há muito o que falar, uma vez que a ida se processou sem muitas complicações - e até porque eu precisava de um início, mesmo capenga.

No centro é a mesma confusão de sempre. Carros buzinando, gente te empurrando de um lado pro outro e os malditos, desgraçados... Nem sei como nomear esse povo que fica na porta das lojas com um amplificador à tiracolo, anunciando as promoções aos berros. Minha cabeça não consegue pensar neles sem enumerar pelo menos uns cinquenta palavrões.

Corri, fugi para a Praça Sete, onde o burburinho e a multidão seriam muito maiores, mas pelo menos não haveriam esses sujeitor. Talvez um ou outro pastor iniciante no negócio...

Mas qual não foi minha supresa - sentença batida, mas tá aí - quando ainda ao longe percebi caixas de som muito, mas muito mais fortes. E um monte de gente carregando bandeiras de um tal partido de bico grande e penas abundantes. Vários carros de som com músicas, discursos e o escambau. Isso sem contar um outro grupo perto batucando o que parecia um olodum cívico, ou coisa assim.

Fugi.

E na fuga dei por mim subindo a avenida que leva até a Praça da Liberdade - andei, não é mesmo? - já com a barulheira normal de sábado.

Mas quis o filho da puta do destino que eu desse de cara com uma carreata monstro. Da qual participavam não só o nosso ilustríssimo e polvilhado governador mas também o leguminoso candidato à presidência, envergando a cara que a vida lhe deu e tão pouco o ajuda.

Enfim cheguei à biblioteca. Mas tão desnorteado que nem liguei muito para o fato de ter esquecido de renovar a minha carteira.

De qualquer modo, nem bebi hoje. O trauma foi grande demais...

domingo, setembro 17, 2006

Crônica de um Ladrão de Almas.

Pois é, esse é o título de uma história que eu estou escrevendo. Resolvi por o primeiro capítulo aqui para saber da opinião de quem olha este blog - espero que não sejam só os três que imagino.

Então lá vai:


Começa com Antônio Costa. Ele, sentado numa mesa de botequim em frente à calçada, bebericando uma cerveja enquanto espera o trânsito da avenida diminuir. Deveria ter pego o ônibus há meia hora atrás, mas o fluxo de carros era tanto que pensou ser melhor esperar um pouco até que as coisas se normalizassem. De mais a mais, tem apenas um irmão em casa que não deve ter a menor pressa de sua chegada, quase certo a noiva deste estar lá neste exato momento... Logo, não vê mal nenhum em ter sentado naquela mesa e pedir uma garrafa da cerveja mais gelada que o garçom pode trazer, pois além de tudo fazia um calor de fornalha.

Enquanto vai bebendo olha meio desatendo os carros e ônibus que a todo custo tentam passar pelo espaço onde deveria caber no máximo um terço deles. Mas é comum ao fim do dia todas as avenidas, ruas, alamedas e qualquer outro lugar destinado à passagem de veículos automotivos estar completamente cheio deles até exceder a capacidade de trânsito desses lugares. E com a infinidade de carros vinha o barulho das buzinas, os gritos dos motoristas impacientes, o ronco ensurdecedor de algumas motos, apitos de guardas de trânsito. Isso sem falar da costumeira balbúrdia dos pedestres, sempre falando alto em meio a vendedores ambulantes de vozes tão possantes quanto buzinas e o burburinho das conversas que vão e vem em frente a Antônio e sua garrafa de cerveja já passada da metade.

Sim, fazia um grande barulho na avenida. Um pouco fora do usual para aquele dia e horário, pensa Antônio. Talvez algum evento que ele não soubesse, ou coisa assim fosse o causador. De qualquer modo, não estava muito interessado em pensar no que estaria causando a parada quase total do tráfego ali, desde que houvesse menos carros ao fim da cerveja que já estava para acabar.

Um casal de namorados entra no bar e senta-se na mesa quase ao seu lado. A moça parece tímida e o tempo todo leva a mão à orelha, puxando-a. Antônio diverte-se vendo a mão da menina puxar insistentemente o lóbulo. Dora nunca puxou a orelha assim quando eles sentavam-se num bar para conversar...

A cerveja acabou. O movimento dos carros não mudou nada nesse tempo. Pede outra. A última, diz ao garçom. Os carros da rua estão num movimento muito lento, a ponto de parar. Na sua frente aparece um sujeito que, aos berros, diz comprar ouro, pequenas jóias e outras quinquilharias. Grita para todos na rua como um possesso, como se competisse com o zunido das buzinas dos carros e dos vendedores mais à frente. Antônio volta a prestar atenção no movimento da moça. O barulho é tanto que não consegue ouvir a conversa do casal que está logo ao seu lado, embora somente tivesse olhos para a mão esquerda da moça puxando a orelha. Atrás vinha o garçom com a cerveja, sem que ele percebesse. Na rua os carros pararam. Também não conseguia mais ouvir o som deles que fora abafado pelos gritos do homem ali perto. Contudo deste também não parecia mais vir som algum, quem sabe engolfado pelo burburinho da calçada que Antônio também não ouvia. Com seus olhos postos fixamente na orelha da menina não percebe a chegada do garçom. Só dá pela sua presença no momento em que este abre a garrafa e o fraco som da pressão libertada o traz à realidade. Lá fora o homem continua a berrar acompanhado dos carros e tudo o mais.

O casal passou para uma mesa ao fundo. O namorado percebera os olhares de Antônio. Com uma segunda garrafa de cerveja cheia ele volta a olhar a rua. Na orelha esquerda começa a sentir uma leve coceira.

“Hora complicada, não é?”

“Pois é... Faz tempo que não vejo um engarrafamento desses. Deve ter acontecido algum acidente.”

“Engraçado que faz tanto barulho que eu cheguei a não escutar nada agorinha mesmo...”

“Mas está uma merda de bagunça lá fora! Mesmo enfiando forte os dedos nos ouvidos não dá nem pra fingir que não tem...”

“É... Talvez eu esteja com o ouvido ruim.”

O garçom vai para outra mesa. Antônio não conseguiu puxar conversa como gostaria. Sentiu-se idiota por começar com essa história de não ouvir nada, como se fosse um doido. Claro que aquele barulho desgraçado não havia cessado de repente. E ainda por cima só pra ele! De qualquer modo, apressa a cerveja. Está há muito tempo parado ali e, por mais que o irmão goste de ficar sozinho com a noiva em casa, precisava de um banho para limpar aquela poeira de rua toda em cima dele.

A coceira na orelha não parava. Sem perceber começou a fazer praticamente os mesmos movimentos da moça antes. Sem perceber engoliu quase de um só gole a garrafa e um pouco tonto pagou ao garçom e foi embora, deixando-o com um sorriso de pena para ele. Com certeza parecia um sujeito desorientado...

Na rua, tinha a impressão de que o barulho não era tão intenso quanto há poucos momentos atrás. Os carros fluíam normalmente pela avenida, até com certa velocidade. Mesmo as pessoas estavam um pouco mais quietas. Todo mundo cansado do trabalho e sem vontade de falar nada, pensou. Seu ônibus estava parado mais à frente. Correu até ele e entrou, apertando-se junto com as outras pessoas.

Já estava bem escuro agora. Na sua frente, uma mulher dormia com a cabeça recostada no vidro da janela. Parecia não dar importância para toda aquela gente espremida logo ao seu lado. Olhando aquela mulher, Antônio passou a sentir-se realmente cansado, quase a ponto de dormir em pé. Forçava para manter os olhos abertos. A coceira na orelha ainda incomodava, embora não pudesse tirar as mãos das barras dos bancos.

Começou a cambalear de sono quando alguém o empurrou com força.

“Vá dormir na cama, rapaz.” Foi o que lhe disseram.

sábado, setembro 16, 2006

Tá quente hoje, né?

Tudo bem, admito: estou numa falta do que fazer da porra!

Mesmo que tenha até conseguido uma boa idéia para o mestrado - paga a preços altíssimos, diga-se de passagem - não ando tendo nada melhor pra fazer ultimamente. Acho que foi pela energia gasta no ato de adquirir a tal idéia...

Tanto que a coisa mais emocionante que fiz nas últimas semanas foi comprar uma merda de uma placa de vídeo para o meu computador. Certo que gastei quase todo o meu sagrado dinheirinho da cerveja nisso, mas a causa era nobre! Ou pelo menos mais nobre que a cachaça que eu venho tomando no boteco aqui do lado.

Ou melhor, a coisa mais emocionate foi instalar aquela merda, que felizmente está funcionando neste exato momento. Por muito pouco não arranquei o processador só para fazer a placa caber no raio do encaixe. Acresce-se o fato de que eu havia tomado certa quantidade de cerveja antes disso... Tudo isso para descobrir no dia seguinte que era só desparafusar uma travinha minúscula e a coisinha entrava numa facilidade só! Ainda bem que esperei pela ressaca do dia seguinte.

Bem, acho que agora vou dormir um pouco para me recuperar de tão titânico esforço.

Site Legal

Pra começar tem este link aqui. Uma versão da Wikipedia pra quem tem senso de humor, se é que alguma criatura viva deste planeta já não viu esse troço!

segunda-feira, setembro 11, 2006

O que sai de tua boca infernal.


Ciro Gomes, com sua mente e boca diabólicas, ataca novamente.

E o pior é que parece que funciona pra ele!

sábado, setembro 09, 2006

Fodeu.

Já faz mais ou menos quatro dias desde que descobri que o projeto de mestrado no qual eu estava pensando já era de outro. Desde então não tenho feito outra coisa senão tentar botar a minha cabeça pra pensar em outro bem rapidinho até o dia final da inscrição. O problema que isso é um pouco complicado...

Logo, alguém por acaso tem uma ideiazinha que não vai fazer falta? Só uma. E não precisa ser das melhores!

Então?

sexta-feira, setembro 08, 2006

E num desses jogos da seleção...


E depois vêm me dizer que futebol é esporte másculo. Sei... Fico só imaginando se o Robinho sentou depois que o Lúcio "sentou" nele durante o jogo. Por acaso rolou de trocar telefone mais tarde?...

terça-feira, setembro 05, 2006

Já podeis da pátria filhos...

Pois é, estamos na semana da pátria. Época de se ufanar de nosso país, envergando orgulhosamente o pavilhão verde amarelo pelas ruas enquanto se acompanha a passagem dos desfiles militares...

Contudo, a verba pra pano verde e amarelo estourou desde maio com a Copa do Mundo. Não havendo previsão para seu uso nesta época. Tampouco acho que ainda exista gente que goste de assistir a um bando de guardinhas de rua esfomeados desfilando como se fossem o exército mais poderoso do mundo. Em suma, parece que a semana da pátria e o dia da independência não terão suas cores. Muito embora eu imagine que ninguém mesmo dá a mínima pra isso.

Todos os anos os telejornais sem assunto buscam matérias igualmente insossas para a efeméride. Sendo a mais cotada a que fala do total esquecimento por parte do povo de seu dia da independência. Razões históricas pra isso acho que temos, mas não vêm ao caso agora.

Mas de todas as coisas desses dias, a de longe mais engraçada é a parada de Brasília onde o presidente da república aparece de pé naquele carro velho e horroroso com a faixa presidencial atravessada ao peito. Falando apenas do carro, cujo nome não sei escrever, não sei como as pessoas ainda não se tocaram o quanto é ridículo um ser humano normal, em pelo gozo de suas faculdades mentais, andar naquele troço. Não importa o quanto aquilo seja caro. Parece mesmo que é o ícone de muitas coisas no Brasil; velho e ultrapassado. Mas isso não cabe a mim julgar, pobre jornalista desempregado que sou.

De qualquer jeito, vamos todos à rua rir das fardas sujas e rasgadas dos soldados enquanto os moleques jogam bombinhas nos pés deles. Nos empanturrar de algodão doce e sorvete e agitar as bandeirinhas que sobreviveram à seleção.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Enquanto isso em algum lugar da China...

Foto de uma exposição de arte em Xangai.

Não sei não, mas esse chinês tá animadinho demais! Será que isso tudo faz parte da "fruição" da obra?...

terça-feira, agosto 29, 2006

O sapato apertado.

Antes de mais nada, calço trinta e seis. Quando a vergonha me impede de falar isso, arredondo para trinta e sete e meio...

Dizem acerca de gente com um pé do tamanho do meu que muito raramente preocupam-se com o fato do sapato apertar ou mesmo incomodar um pouco, o mínimo que seja, o dedão. A pessoas com o pé pequeno é mais fácil encontrarem os calçados muito, mas muito maiores que o necessário. Sendo preciso uma verdadeira procissão para se encontrar ao menos um que sirva razoalvemente. Isso acontece comigo também.

Ocorre que desta vez encontrei um que realmente me incomodou. Não que fosse muito menor - na verdade parecia mais um sapato de palhaço comigo usando. O problema é que eu estava usando uma dessas palmilhas ortopédicas e o sapato começou a fazer uma pressão imensa no que futebolisticamente chama-se peito do pé. Está doendo até agora...

Nem sei como consegui aguentar quase o dia todo sem tirar a palmilha - mas uma hora tirei, enfim.

Enquanto meu pé doía horrivelmente, mais em cima, na minha cabeça passava todo o texto do meu plano de mestrado, o livro que eu penso escrever... Estava tudo lá, como que pronto para ser usado. Sensação essa que esmaeceu-se logo no momento de descalçei o maldito, me sentindo no céu dos pés pequenos.

Então fiquei pensando em como poderia reter aquela enxurrada de criatividade sem tanto sofrimento. Claro que não consegui, já digo logo. Em seguida outro pensamento sapeca veio a dar uma cabriola na minha cabeça, como que fazendo uma proposta: Será que Machado de Assis sentia os sapatos apertarem?

Depois disso, embrulhei as palmilhas, jogando-as no fundo de uma gaveta, como se eu caminhasse sobre nuvens.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Eu prometo!

Acho que posso dizer que passei incólume pelo horário eleitoral. Salvo as faixas, pinturas, placas e todo o lixo que compôe uma eleição, não assisti a nenhum programa da televisão.

Sim, podem me chamar de despolitizado. Eu, um sujeito que estudava Ciência Política como optativa na faculdade... Mas o fato é que eu cansei. Enchi o saco mesmo desse negócio. Estuda-se a política brasileira como se ela fosse a sueca, o que não é mesmo. E a Suécia é um lugar frio pra caralho e muito chato imagino. Quer dizer, pra quem não faz filmes pornôs, o que é o meu caso. Mas o que ocorre é que na faculdade, como sempre, todo mundo escolhe um padrão de mundo totalmente diferente da realidade e quer a todo custo fazer com que os outros acreditem que aquilo funciona. Digo funciona porque ninguém precisa acreditar mesmo, é só ter uma boa base teórica e tudo bem.

Também não pretendo aqui fazer apologia ao voto em branco, em preto ou em qualquer cor do arco-íris. Se o caboclo quer meter o dedo lá na urna faça-o à vontade. E todos que ficam propagando a idéia de que isso pode anular a eleição são umas grandes bestas, desinformando outros bobões loucos pra ter um motivo pra encher os e-mails dos outros com essas xaropadas. Uma campanha dentro da outra...

Mas por que estou escrevendo isso? Simples! Eu também farei a minha promessa. Afinal não é época de campanha?

Então lá vai: Eu prometo...(termina agora o Horário Eleitoral Gratuito)

quinta-feira, agosto 17, 2006

Cada boteco é uma saudade!

Pode ser que pra muita gente este texto não tenha significado algum. Pode ser que os iniciantes na arte da botecagem ainda não tenham compreendido a real grandeza desse templo do álcool. Pode ser que eu seja um cachaceiro que está escrevendo sob o efeito de quatro cervejas... Mas isso não importa!

O que realmente importa é o boteco! Seja ele chique ou sujo, sempre terá a alma dos pinguços que ali passam antes da ressaca do dia seguinte. Aliás, sendo o que distingue um cachaceiro rico de um pobre é a grife do gosto de cabo de guarda-chuva que se sente na boca logo ao se acordar. Que maravilha deve ser o gosto de um genuíno uísque quinze anos escocês depois de uma babada no travesseiro!... Mas esses prazeres são para poucos, infelizmente.

A grande maioria dos mortais se satisfaz com o boteco da esquina, onde se pode beber uma cerveja barata acompanhada de um frango frito como tira gosto. E se aparecer um bêbado pra puxar assunto, tanto melhor! Isso até que você próprio torne-se o bêbado.

E mesmo os piores botequins tem o seu charme, podem acreditar. Há, numa praia do Espírito Santo, um no qual as paredes são completamente sujas de gordura e os fregueses tem que disputar espaço com as moscas para poder beber sua cachacinha em paz... Somando-se a isso, o dono, que parece mais embriagado que todos os outros ali, dando para quem pede uma Bhrama, uma Antártica, ou coisa pior pra dizer o mínimo. Será que também falei do fortíssimo cheiro de peixe que vinha da peixaria(óbvio) logo à frente?...

Pois é acho que tudo isso faz o charme de tal estabelecimento. Dá um certo ar heróico a quem entra lá pra pedir qualquer coisa e encara um copo que deve estar mais sujo que a cueca do gordo que bebe cachaça na mesa perto do balcão - espero que eu não esteja certo neste ponto.

Agora vou tomar um banho frio...

sábado, agosto 12, 2006

Informação importante.

No momento em Marataízes, ES(praia!!!).

Quarta-feira estarei aí enchendo o saco novamente.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Tem coisas que nunca mudam...

Para toda grande jornada, existe sempre um primeiro passo. Isto é, se você não torçer o pé num buraco antes...


Enfim, parece que aquela coisa chamada Comunicação Social não muda mesmo. Hoje, aproveitando um dia de extrema vagabundagem, fui lá na pós-graduação para ver se meu pedido de isolada haiva sido deferido - sim, "vou voltar, sei que ainda vou voltar..." Chegando lá, vi um quadro com os deferimentos de todos os outros cursos da FAFICH, mas "estranhamente" não vi nada da Comunicação. Indaguei à moça da secretaria da comunicação e ela de modo muito polido disse não não tinha nada a ver como babado. Por sua vez, o cara da pós em outra sala falou que é melhor esperar até sexta para, quem sabe, eu ter a informação que preciso.

Começamos bem...

P.S. O pior é que perambulei pelo prédio e não encontrei ninguém que eu conhecia pra bater um papo, só gente estranha. Parece que estou ficando velho mesmo...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Manual prático de cultura pop.

Vendo o crescimento da chamada cultura pop e as massas de novos aspirantes a que nela tentam entrar, elaboramos este manual simples em dez lições básicas para uma primeira ajuda. Esperamos que seja útil para todos que almejam ser pops.


1- Em primeiríssimo lugar, você tem que definir sua situação no mundo pop. Sim, porque existem diversas definições do que é ser pop: Há o pop cult, o revival anos 70 ou 80, o apenas cult, apenas pop... Enfim, uma miríade de nomes que fariam a cabeça do mais aplicado estudioso rodar. Para este manual, então, usaremos o padrão "pop apenas", o qual parece ser o mais simples de se definir.

2- Definido o seu estilo, é mister escolher o modo de vestir-se. Ou você acha que pop que é pop sai por aí com jeans e camiseta só? Procure ser o mais colorido possível. Quase uma árvore de natal. Misturar Rosa shock com verde claro ajuda muito nessas horas... E não se esqueça dos grandes óculos escuros - bem grandes mesmo! Assim, nem um cego vai deixar de ver que pela rua caminha um pop.

3- O modo de falar de um pop deve coadunar-se aos mais recentes estilo e tendências da época. Logo, abuse de expressões estrangeiras. Mesmo que você não faça a menor idéia do que esteja falando, a maioria das pessoas vai sempre pensar que você é uma pessoa viajada e, principalmente, descolada. Alguém que não se limita a apenas um léxico verbal.

4-O gosto cultural de um pop é a questão mais espinhosa a que se deve tratar. Em primeira análise o pop que é pop acha tão lindo a bunda da Sheila Mello balançando quanto uma ária de Puccini. Pra ele tudo é cultura! E tanto melhor quando ela vem da expressão genuína popular, como eles dizem. Entende-se por expressão popular forrós, bailes funk e similares, embora poucos deles tenham coragem de frequentar os lugarem nos quais efetivamente o povo vai.

5- Ainda falando de cultura, assunto deveras complicado. Além de estar íntimo dos gostos da população, o pop que é pop deve saber tudo o que acontece na cena alternativa. Define-se "cena alternativa" como bandas que não fazem sucesso por vários motivos, o maior deles é ser ruim mesmo. Não importa se o vocalista é desafinado ou o músico não sabe tocar nem "dó, ré, mi, fá", o negócio é ter atitude. Aliás, este é um tema que será retomado mais à frente.

6-Terminando de falar sobre os gostos culturais pops, chegamos à literatura. Na verdade essa parte é a mais complicada de se definir, visto que os pops moldam seus gostos literários ao que vêem em outros lugares, como filmes - geralmente americanos ou um iraniano de vez em quando - ou bandas de música. Mas nunca falta na estante pop um exemplar dos últimos que acabaram de se transformar em filmes ou que foram fonte de inspiração para algum grupo ou pop star nos quais ele se espelhe.

7- Nunca, jamais, em tempo algum, seja visto numa mesa de botequim enchendo os cornos de cerveja com cachaça enquanto discute a zaga do Atlético Mineiro. Não há atitude mais anti-pop! Exceto, é claro, quando isso é feito nos barzinhos pop, com seu grupo pop à tiracolo que sempre terão uma considerão pertinente sobre a situação débil do esporte brasileiro e como o padrão de cores das camisas dos times é medonho.

8- Derivação do anterior. Frequente sempre lugares pop, cheios de gente pop como você. Tais estabelecimentos geralmente têm uma decoração espalhafatosa, o que atrai pops mais que açúcar atrai formigas. E quanto mais decorado o lugar, maior será a conta a pagar, como diz a lógica. Mas não se importe com isso! Ainda que não tenha nem um tostão no bolso pop que é pop não deve nunca perder a pose! Peça uma água mineral e diga a todos que está parando de beber. Hoje em dia é pop tomar água enquanto todos bebem cerveja na sua frente. Mostra força de vontade!

9-Dedique-se a um hábito tipicamente pop. Colecione todos os filmes de um determinado ator, saiba tudo sobre um personagem de ficção famoso, seitas exotéricas... Qualquer coisa serve, desde que seja da alçada do mundo pop. Mas não invente muito que nada é mais anti-pop que parecer mais inteligente ou curioso que os outros pops.

10-O mais importante. ATITUDE. Em caixa alta mesmo. O que todo pop precisa aprender é ter atitude. Ainda não se sabe exatemente o que isso quer dizer neste tão misterioso mundo, mas ao que tudo indica, ande de maneira mais solta, fale de modo mais arrastado ou cantado. Não há uma regra para isso. Os mais bem sucedidos são os que conseguiram mesclar a maior parte de características diferentes. Se não é o seu caso, use palavrões à vontade e nunca, mas nunca mesmo, utilize em sua totalidade o o estilo que foi usado neste texto. Fazendo isso, você estará pronto para se aventurar nesse mundo cada vez mais colorido! Boa sorte!

terça-feira, agosto 01, 2006

E lá vamos nós!

Aqui vai. Estou dando início a mais um temporada de loucuras de Michel Oliveira.

Desta vez, esse sujeito estranho se resolveu a tentar mestrado em comunicação. O mesmo curso de onde saiu com vontade de esganar metade do quadro de professores - e os professores o sabem.

Nos próximos dias, mais informações sobre essa nova epopéia burlesca.

Não percam os capítulos!

segunda-feira, julho 31, 2006

O doce servo do senhor...

As histórias clichês de novela e romances meia boca de bancas gostam muito de começar do modo que farei agora: Era uma manhã ensolarda. Ótimo, mas além de ser uma manhã ensolarada, é necessário dizer que era manhã de quinta, lá pelas onze horas. Nesta manhã ensolarada o personagem saiu de casa disposto a pegar um ônibus que o levasse até a biblioteca pública no centro da cidade. Poderia-se dizer que estava até feliz, não fossem certas rugas de preocupação que lhe nublavam a face - tá, ficou forçado.

O personagem toma seu ônibus então, acompanhado do resto dos passageiros que enchem o coletivo. A certa altura do caminho, entra uma figura muito conhecida dos apanhadores de ônibus de grandes cidades: o vendedor de doces. Como de hábito, o sujeito declama sua costumeira ladainha mal improvisada, a qual quase não é ouvida pelo personagem, tão absorto estava ele em seus pensamentos. Também o personagem não se apercebe do mesmo começar a caminhar pelo corredor do ônibus, oferecendo seu produto.

Então que algo diferente se dá - como nas histórias clichês.

Não, não era ele um simples vendedor de doces, mas um "trabalhador do senhor". Revestido de uma fé inquebrantável e, até poucos segundos atrás, muito bem escondida, começa a declamar a Palavra.

Uma grande palavra é verdade - em verdade em verdade vos digo, bem longa. Louvando o curso superior que alguns certamente teriam ali dentro emenda quase sem nenhum conectivo para uma citação bíblica e dela para sua própria experiência de vida. Esta compõe-se de muitos anos de "álcool, drogas e vida de crimes" até a mais triste degradação moral. Até que ele encontra, enfim, o senhor!

Ante a tudo isso o persongem começa a olhar furtivamente para as outras pessoas. O que estariam elas pensando do pregador do meio dia? Estavam gostando? Estavam aborrecidas? Será que alguém tinha vontade de jogar o pobre coitado pela janela do ônibus? Não sabia...

O personagem tinha esperança de que no próximo ponto o homem das balas santas desceria. Afinal, tinha que vender as balas e não fazer discurso o dia todo. Para sua surpresa e agonia ele não descia, emendando citações e mais citações numa cadeia já completamente incompreensível. O ônibus estava no centro há um bom tempo sob as bênçãos de "minha vida era só droga antes de encontrar o senhor". Já a maioria dos ocupantes havia descido, embora muitos continuassem ouvido a pregação desde o início do caminho.

Estava começando a se configurar para o personagem cenas terríveis para o final daquela viagem. O xingamento de um passageiro, do cobrador. Poderiam chamar a polícia e retirá-lo à força, conquanto ele parecece colado ao assoalho. Quem sabe tudo isso ao mesmo tempo! Uma boa confusão a temperar o início do almoço. O personagem começava a temer pelo pobre. Pensou várias vezes chegar perto dele e chamar-lhe a atenção, de mansinho. Mas ele também não era do tipo que gostava de conversar, muito menos com pregadores. Continuou olhando para a janela, para uma moça bonita que acabara de saltar.

Perto do ponto do personagem, o ônibus mesmo parecia ter encontrado seu destino, posto que o motor fora desligado e a cobradora saíra. Já não havia muito o que fazer e não era possível esperar o desenrolar dos acontecimentos. O personagem tinha mais o que fazer, é verdade. Desce para a rua imaginando o que poderia estar ocorrendo naquele exato momento.

Perto da biblioteca se divertia ao imaginar homens fardados carregando alguém que bradava ao mundo todo sua fé no senhor...

quinta-feira, julho 27, 2006

Essa foi foda... Talvez literalmente.

O cara resolveu sair do armário.

O problema é que nunca irão faltar adolescentes iludidas gritando pra esses manés. E mesmo adultas, com menos cérebro que um abacaxi. Fazer o que, né?

quarta-feira, julho 26, 2006

É tudo culpa do Cloud!!!

É sim, e tenho dito. Depois que baixei o Final Fantasy VII - diga-se de passagem, eta arquivo grande! - não consigo mais fazer nada direito na frente do computador.

Tudo bem, eu sei que é um rpg de video game cujo grande herói - o Cloud em questão - é um sujeito traumatizado pelo passado e dá uma de bad boy no começo. Que o cara não se importa nem um pouco com o mundo ser destruído e só está pela grana e blá, blá, blá... Ah! e ainda tem a namorada boazuda e peituda que disputa o "galâ" com uma outra... Enfim, mais clichê impossível. Tem até o alívio cômico com um negão alto e forte que tem uma metralhadora no lugar de um braço - podem acreditar, ele é o palhaço da história.

Isso sem falar na espada enoooooooooooorme que Cloud usa. Combinando com sua roupa púrpura fica uma gracinha!

Mas o negócio é que eu não consigo parar de jogar! E se estou escrevendo isso é porque ainda nem liguei o dito cujo.

Agora me dêem licença que eu vou brincar um pouco.

quarta-feira, julho 12, 2006

Três oitão show time

No início era simplesmente algum sortudo que ligara a câmera numa hora afortunada. Então, no dia seguinte, estávamos todos diante de mais um flagrante da vida; um assalto, agressão e mais uma infinidade de crimes que se faziam ali na esquina. Antes disso, quase ninguém fazia idéia do movimento na porta de sua casa às madrugadas. Contudo, era ainda novidade existir ao menos um com uma câmera à disposição e registrar o fato.

Depois as câmeras tornaram-se comuns, ao contrário dos sortudos amadores. Havia agora nichos de cobertura do crime, gente especializada em correr atrás de bandido ao lados dos policiais. Muitas vezes chegando até um certo tipo de relação entre ambos quando o criminoso era graúdo e a prisão dava notícia no jornal da noite. Os famosos noticiários do tipo "espreme que sai sangue" ganharam versões mais leves no horário nobre. Compensando a falta do dito espremido por uma verborragia incessante do apresentador inconformado com o mundo cão onde se vive e quase hipnóticas chamadas para a próxima e mais ainda bombástica notícia.

No fim, todos nós nos acostumamos a isso. Ouvimos todas as manhãs os números de assassinatos e assaltos da noite anterior como se fosse pão com manteiga e leite quente...

Tudo isso creio que deve ter passado pela cabeça ou a caneta de muita gente. Todos nós temos, em medidas diferentes, uma consternação estudada, um choque previamente ensaiado para notícias do tipo "São Paulo sob nova onda de ataques" ou coisa do gênero.

E provavelmente, os bandidos também o tem. Perceberam que matar ou roubar alguns carros num fim de semana não é mais o suficiente para atrair a atenção da sociedade muito ocupada com si mesma. Preciso é invadir bases militares, meter bala em policiais. Afinal, é tudo um grande show mesmo, as "atrações" anteriores já estavam ultrapassadas para o grande público. O sangue já era pouco...

Aqui não estou conjecturando sobre políticas de segurança, ou o colapso social. Um cara que atira num posto da polícia e cola um cartaz, outros que fazem uma rebelião e penduram enormes emblemas nas paredes, enfim, essa gente não está preocupada com sociologia. Muito menos com o crime pelo crime. Tornou-se tudo uma guerra por câmeras, flashes, entrevistas exclusivas com jornalistas famosos e mais espaço nos telejornais. Porque publicidade faz bem aos negócios, seja qual negócio for. De um lado, criminosos querendo impor sua força para não serem perturbados, do outro... Do outro, governos que não querem parecer incompetentes. Como toda guerra por atenção, gera a guerra com sangue, que cada vez menos pessoas está interessada em ver. Está tudo ficando muito chato e repetitivo.

Por enquanto nenhum dos lados está conseguindo variar muito a sua programação para a platéia sonolenta e entediada.

domingo, julho 09, 2006

Considerações cinematográficas

Bem, começo dizendo que eu não passei minha tarde assistindo à final da copa. E se demonstro saber de coisas que aconteram é que o youtube nunca falha nessas horas.

O que fiz foi assistir ao último ganhador do oscar, Crash. Como o próprio título diz, trata-se de conflitos entre grupos - raciais e classes sociais - que quase sempre não se entendem e "chocam-se". Tá, é tudo muito bonito, muito bem intencionado. O roteiro funciona legal e os atores não fazem feio. Até mesmo o panaca do Brandon Fraser não estragou a coisa!... Acontece que eu sinto a falta de algo nesse tipo de filme.

Assisti a Réquiem para um sonho anos atrás, que achei medonho. Também vi outros filmes sérios e bem feitos vindos dos E.U.A. Mas o que eu percebo é que os caras tem uma necessidade tão grande de retratar a realidade nua e crua - talvez algo herdado de uma tradição mais descritiva do mundo - que eles parecem esquecer um pouco de... loucura. Não loucura num termo literal, mas o pensamento mágico. A idéia de que na próxima esquina aparecer um dinossauro ou um exécito inteiro marchando contra você. Ou mesmo ver a rua tomada por um mar de flores amarelas que inundam apenas aquela rua, apesar de todas as árvores nas outras.

Talvez seja infuência dos blockbusters recheados de super heróis saradões e idiotas com seus poderes quase ilimitados... O fato é que eu sinto muito pouca poesia nessas histórias. No caso de Crash até que nem tanto, mas em outros eu termino o filme do mesmo jeito que começei, pensando assim: "Certo, muito legal. Mas cadê a parte humana da coisa? Onde está o ódio, o amor, a raiva, a angústia, enfim, o mágico?" Eu não consigo ver claramente.

Eu sei que sou um grande romântico bobo mas é mais ou menos assim que eu penso.

E até a estréia de Homem Aranha 3...

Enfim acabou

Depois de trinta dias, a Copa do mundo 2006 finalmente teve o seu fim agora há pouco com a vitória da Itália sobre a França(sorrisos mal contidos). Agora o Brasil tem os italianos logo atras, roçando a suas costas, com quatro títulos...

O mico mesmo, pra não ir muito contra ao coro geral, foi a expulsão de Zidane aos cinco minutos o segundo tempo da prorrogação. Ou seja, o cara foi muito mané deixando o outro tirá-lo do sério naquela altura das coisas. Fosse eu o juiz - e ainda bem que não sou, senão seria argentino! - não só mandaria esse otário pro chuveiro como o mandaria por um chapéu com chifres, que "zizu" demonstrou cabalmente desejar. E sim, exporia o trouxa a todo o estádio com se fazia com um aluno mal criado na sala de aula. Mas isso não aconteceu.

Então, foi.

quinta-feira, julho 06, 2006

Depois dizem que só os homens inventam desculpas pra sumir


Eu sei, eu sei... Não resisti à piada pronta! Atire a primeira pedra quem nunca fez isso!

quarta-feira, julho 05, 2006

Nota praguejante sobre o inverno

A verdade é o seguinte. Não tenho absolutamente nada contra o frio.

Só pra situar, nasci e cresci numa cidade cuja temperatura máxima no verão facilmente beira os 45 graus, agravados com a total falta de vento que lá ocorre nessas épocas. Então, viver aqui, nesta cidade onde tudo é muito frio é de longe o paraíso pra mim, se não fossem outras coisas não relativas ao frio...

Enfim, o que mata é a secura do tempo!

Você aspira tudo que pode de manhã e parece que o seu nariz vai de despegar do seu rosto a qualquer segundo. Isso sem falar na poeira permanente. Nem sei como estou conseguindo respirar, como consegui respirar por esse tempo todo aqui.

Por enquanto é só isso. Quando estiver suficientemente bêbado escrevo algo mais interessante.

sábado, julho 01, 2006

Brasil na Copa 5 - Tudo o que o Galvão não fala. O Último.

Pelo menos esse não achou normal.

Enfim, nos fodemos com a França.

Num joguinho que nada valeu a não ser pela constatação de que a seleção não valia nada mesmo. Pois, para se perder da França era preciso menos que um time. Quem sabe até meu time de pelada tivesse chance de vencer a equipe de Zidane e companhia, aquele bando de picaretas...

Mas como tudo tem um lado bom... Na próxima estaremos na África do Sul, país onde tudo é muito mais barato que no Brasil e daria para se passar um mês bem tranquilo.

Espero ter grana pra isso até lá.

Então, até 2010, e vamos falar de coisas mais importantes a partir de agora.

quinta-feira, junho 29, 2006

Brasil na Copa 4 - Tudo o que o Galvão não fala.

Vai ser pé-frio assim na puta que o pariu!

Pois é. O cara acha que não vai dar certo. Eu por mim estou pouco me fodendo pra isso, apenas espero mais um motivo para largar o que estou fazendo para assistir aos jogos. Mas ele - quem entrar no link vai saber quem é - gosta muito de falar merda. O Romário é quem estava certo!

Mas por fim o Robinho volta à seleção para o jogo de sábado. E o Emerson não!!! Mas que felicidade!!!

Contudo, não vou mais falar tanto disso, a partir de agora. Aliás, daqui pra frente falarei cada vez menos de futebol, embora o Brasil na Copa continue até o time ganhar ou ir pro saco com a França. Acho que, como jornalista chato e mané, tenho que dar o exemplo para as novas gerações de alunos dos cursos de comunicação do país afora e escrever coisa que preste. Do tipo, "Lula diz que Ronaldo está gordo", e por aí vai.

Mas, por enquanto, até as semifinais. Assim espero.

terça-feira, junho 27, 2006

França 3 x 1 Espanha

Ainda estou me recuperando do choque...

Que saudade que vou sentir das espanholas!!!

domingo, junho 25, 2006

Brasil na Copa 3 - Tudo o que o Galvão não fala.

E lá vem os negão...

Depois de uma longa espera o gord, digo, Ronaldo, finalmente desencantou o marcou dois gols na vitória da seleção sobre o Japão, a grande potência futebolística da Ásia. Agora, sejamos francos; o cara faz dois num time chinfrin como aquele e o povo já começa a dizer que ele é Deus. Tem gente que gosta de ser cega! Mas fazer o que...

Por fim, a grande preocupação neste momento são os negões de Gana. Caras que batem pra cacete e até jogam um futebolzinho razoável. Uns e outros andam falando por aí que os ditos vão se amedrontar com as oitavas de final e perder fácil. Pode até ser, mas confiar nisso é o mesmo que apostar quase todo o salário no bicho confiando que amanhã vai dar jacaré na cabeça.

E temos também o caso do Robinho, que sentiu a perninha e todo mundo está com medinho do moleque não jogar na terça. A quem estiver ouvindo, tenho algo a dizer: Parreira, qualquer coisa estamos aí!...

quarta-feira, junho 21, 2006

Brasil na Copa 2 - Tudo o que o Galvão não fala.

Em sua última entrevista ao Jornal Nacional antes do jogo de amanhã o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira disse que não tem preocupação com o time que irá escalar contra o Japão.

Acho que nem foi isso que ele disse, mas foda-se. O cara anda num ata nem desata tão grande desde que saiu do Brasil com o time que ninguém sabe o que se passa na cabeça dele. O Galvão anda tentando descobrir, mas ele só pensa na barriga do Ronaldo e nos dentes do Ronaldinho Gaúcho. Quando muito, no Cafu. Melhor seria que ele se limitasse a narrar e o Falcão e o Casagrande falassem as suas besteiras sem ter que concordar com ele o tempo todo. Mas isso é sonho.

Mas pra falar a verdade, esse negócio de Copa tá é enchendo o saco. Como já disse uma vez por aí, eu gosto dessa época porque tenho desculpa para protelar uma porrada de coisas. Afinal, é a paixão nacional em jogo...

Voltando ao assunto, vai ser engraçado ver o Galvão se desdobrando para saber qual será o time a vir a campo. E no fim saberá que, muito provavelmte, só o Cafu saiu. Imagino o que ele começe assim a sua douta explanação: "O Cafu é um jogador importante, e não pode se arriscar com a correria dos japoneses" - acrescentando considerações batidas sobre os times asiáticos.

Até lá espero estar bêbado.

A retaguarda australiana.

Realmente, eles têm uma bela base...

sábado, junho 17, 2006

Mais um debochado se vai. Desse jeito não sobra ninguém...

Mas passando para assuntos sérios, tenho que demonstrar meu pesar pela morte de Bussunda. Até porque era ainda ele o cara mais engraçado no Casseta e Planeta, se é algo lá continuava legal.

É uma pena ver um cara morrer assim, cedo. Mas enfim... Acho que não posso falar muito de mim, já que estipulei meu tempo até os quarenta e cinco, mais ou menos. Mas pode ser que eu resolva pedir um Habeas Corpus preventivo antes desse tempo, como fez o Moreira da Silva, que tinha o dele até 2000.

Pra terminar, agora tenho mais um motivo pra ficar na internet até tarde sem nem me dar conta da televisão, uma vez que não haverá nada de interesante. Não vou mais poder ver as caricaturas do Lula nas terças... A vida é assim mesmo.

Enquanto isso a bola rola.

E amanhã tem mais Brasil na Copa - tudo o que o Galvão não fala.

Cachaça de Copa

Vindo de um churrasco à toa, me deparei num botequim aqui perto de casa com e estarrecedor fato do empate da Itália sobre o "poderoso" time dos Estados Unidos. Sem entrar em méritos corporativistas latinos, acho que devo dizer que a Itália se preocupou muito com o uniforme - aliás, o mais bem feito da Copa, ui! - e esqueceu o futebol em casa. Por isso conseguiu empatar com tão inexpressiva equipe.

Mas foda-se.


O que eu quero ver mesmo é aquelas torcedoras da Ucrânia de novo. Porque eu também sou filho de Deus, não sou?

quarta-feira, junho 14, 2006

Acho que vou começar a torcer pela Ucrânia.


Ou vocês pensam que eu vou por a cara do Ronaldinho Gaúcho aqui?

Brasil na Copa 1 - Tudo o que o Galvão não fala.

Hoje, depois de assombrosa apresentação durante a acachapante vitória de 1 a o sobre a temível seleção da Croácia, nosso grande guerreiro, Ronaldo Nazário, resolveu desaparecer dos olhares de todos. Isso ao mesmo tempo em que seus companheiros de time saíam para a folga pela porta da frente do hotel - queria ter visto a Fátima correndo sorridente atrás dos carros como aqueles vira-latas de rua.

Enfim, o cara tomou chá de sumiço. Depois ele diz que sentiu tonturas, dores de cabeça ou coisa assim. Pra mim isso é a típica desculpa esfarrapada. Do mesmo naipe que aquela da dor de cabeça na mulher pra evitar uma trepadinha. A diferença é que ele quase fodeu o time todo ontem...

terça-feira, junho 13, 2006

Futebol

Por favor, alguém pode me explicar o que o Ronaldo fez em campo com toda aquela barriga? Até eu tenho um preparo físico melhor que o dele!

Mais tarde "Brasil na copa", por Michel Oliveira. O que o Galvão não tem coragem de dizer eu digo com todo prazer, hehe!

domingo, junho 11, 2006

Depois de uma longa e tenebrosa pausa...

Voltei, depois de uma boa temporada amargando as coisas de Espírito Santo, minha terra natal.
Mas agora estou cansado pra caralho e vou publicar só isso mesmo.
Fui.

sexta-feira, maio 26, 2006

O tarado da livraria.

Quem me conheçe sabe que eu sou completamente viciado em livros. Leio de tudo, tudo mesmo. Quando ainda era um adolescente chato e metido à besta achava o máximo as batalhas da Ilíada e as tiradas do Machado de Assis, ainda que não entendesse muito bem ambas na época. Logo, ao contrário de muita gente da minha idade, meus heróis não eram sujeitos sarados, metidos em colants de cores berrantes, exibindo avantajados sacos... Não, senhoras e senhores. Meu grande herói chamava-se Brás Cubas, seguido de perto, mas não muito que possa comprometer, por Aquiles Pelida.

Por aí dá pra ver que eu não fui um adolescente muito normal no que se refere a preferências culturais. Pra falar a verdade, só entrei em contato com essa tal cultura pop já na faculdade, mas isso é conversa para mais tarde.

Mas entremos no assunto logo. Assim, como bom comedor compulsivo de livros, não posso chegar perto de uma estante com os mesmos que me transformo. Tenho uma vontade enorme de tomar, violar todos eles de uma vez. Sugar o caldo de suas letras até um gozo final e apaziguante, quando nada mais puderem me oferecer a não ser o aroma sutil de papel e tinta... Então coloco-os num canto até ter vontade deles novamente.

O que acontece é que esse estado é terrivelmente potencializado numa biblioteca ou livraria. Como nas bibliotecas ninguém repara em mim, falo das livrarias. Entro numa e fico observando minhas vítimas, examinando as impressões, os preços, as fontes usadas nos textos, tudo. Quando, sem razão aparente, começo a mexer treslucadamente neles, trocando-os de lugar, passando rápido as páginas como que para tenter estuprá-los, ali mesmo na forte luz da loja. Até o ponto em que um vendedor, ou seja lá quem for, vem a mim com a cara mais idiota do mundo e pergunta se preciso de ajuda. Volto a mim e percebo que todos os vendedores da loja me olham assutados, como um facínora perigoso. Também os livros me parecem hostis no momento. Para disfraçar, dou uma volta lenta pelo resto da livraria, resistindo o máximo que posso ao apelo dos livros nas prateleiras, ali, ao alcance de minha despudorada mão. Então saio de fininho prometendo a mim mesmo que vou me controlar da próxima vez, que acaba sendo a livraria mais à frente, mas isso nunca acontece.

Eis a minha sina...

quinta-feira, maio 18, 2006

Regime

Acho que estou conseguindo diminuir as calorias.

Tanto que hoje só comi uns poucos nacos de carne de churrasco e meia garrafa de cerveja filada de um amigo. Estou tentando perder um pouco de peso que consegui a base das licenciosidades calóricas cometidas desde que me formei - mais ou menos um ano. Minha meta é chegar ao nível Reinaldo Gianechini!

Torçam por mim!

quarta-feira, maio 17, 2006

Estou ficando velho, acabado!...

Voltei ontem de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Conhecida terra do Rei Roberto, Rubem Braga e deste que vos escreve. Fui lá pra passar um fim de semana de mães tranquilo e eis que recebo um notícia estarrecedora:

Um velho amigo meu de infância, quase um irmão, ficou noivo!

Tá, eu já havia conversado sobre isso com ele no messeger durante algumas semanas, mas nunca pensei que ele seria capaz de tamanho ato. Enfim, o cara resolveu virar "homem sério".

O que me faz refletir o quanto estou ficando velho... Realmente, quando as pessoas com as quais você conviveu toda a vida começam a casar e ter filhos isso é atestado de que é melhor você também dar um jeito na vida e deixar de ser vagabundo. Ou não... Como já dizia Caetano.

Também a tal festa de noivado - teve isso, sim! - foi praticamente na mesma semana do meu aniversário. O que faz com que minha crise de selinidade precoce seja bem maior.

Só falta eu achar cabelo branco, agora! E o pior é que tem gente que diz que vou ficar careca quando envelhecer...

segunda-feira, maio 08, 2006

Blá blá blá...

Eu não vou mentir pra ninguém. Ultimamente tem sido meio difícil pra mim escrever qualquer coisa alegre. Minha vida anda meio complicada nestes tempos, o que só vem a piorar o sarcasmo que carrego desde sempre - acrescido de boas doses de tristeza.

Pensava em fazer uma espécie de crítica à obra de Sidney Sheldon, do qual sou leitor de metade de duas obras. Sim, metade de cada uma, pois foi até onde consegui chegar nesses livros. Com certeza muita gente que me conheçe ficará chateada com isso quando elas souberem. Afinal, conheço gente que gosta de Sidney Sheldon. Talvez meu único atenuante seja o fato de que eu, sinceramente, tentei ler aquelas coisas. Tentei com todas as minhas forças, que acabaram por fenecer num doce e agradável sono, deitado no sofá...

Não que eu não tenha lido livros "de respeito" e tido a mesma experiência(confesso, não consegui ler "O lobo da estepe"!). Aliás, o que não falta no mundo são livros aborrecidos.

Assim, posso até dar um desconto para o "Código da Vinci". Calma! não me apedrejem agora! Pois é, o livro é um amontoado de besteiras e falácias, mas chegou até a ser divertido durante o dia que eu gastei lendo-o. O final foi idiota, mas isso não vou comentar agora...

Em tempo, o que realmente espero ver no filme sobre esse livro é a Audrey "Amélie Poulain" Tatou. Vai ser engraçado vê-la como uma super-agente que não sabe absolutamente nada do que está se passando em volta dela... Vai quebrar um pouco a figura de Amélie!

Espero não ter sido muito chato até aqui. Mas por hoje é só.

quinta-feira, maio 04, 2006

Lá vou eu de novo!

Bem, decidi começar com isto de novo. Acontece, que como não tenho grande coisa pra postar agora, ponho um poeminha do Gregório de Matos.

Da próxima vez ponho algo mais interessante.


Definição de Potências

Trique trique, zapete zapete.

O casado é enfadado
por não ter, a quem lhe aplique
anda já tão desleixado,
que inda depois de deitado
não faz senão trique trique.

O soldado de lampeiro,
quando chega ao batedouro,
vai lhe sacudindo o couro
e com a força, que bate
faz trique zapete zapete.

O Frade, que tudo sabe,
e corre os caminhos todos.
vai dando por vários modos,
e olhando por toda parte,
e faz trique zapete zapete.


Eu tenho uma interpretação para esse poema, mas acho inapropriado falar dela agora. Cada um faça a sua, que não acho serem muito diferentes.

No mais, voltei, por enquanto.