Pois é, estamos na semana da pátria. Época de se ufanar de nosso país, envergando orgulhosamente o pavilhão verde amarelo pelas ruas enquanto se acompanha a passagem dos desfiles militares...
Contudo, a verba pra pano verde e amarelo estourou desde maio com a Copa do Mundo. Não havendo previsão para seu uso nesta época. Tampouco acho que ainda exista gente que goste de assistir a um bando de guardinhas de rua esfomeados desfilando como se fossem o exército mais poderoso do mundo. Em suma, parece que a semana da pátria e o dia da independência não terão suas cores. Muito embora eu imagine que ninguém mesmo dá a mínima pra isso.
Todos os anos os telejornais sem assunto buscam matérias igualmente insossas para a efeméride. Sendo a mais cotada a que fala do total esquecimento por parte do povo de seu dia da independência. Razões históricas pra isso acho que temos, mas não vêm ao caso agora.
Mas de todas as coisas desses dias, a de longe mais engraçada é a parada de Brasília onde o presidente da república aparece de pé naquele carro velho e horroroso com a faixa presidencial atravessada ao peito. Falando apenas do carro, cujo nome não sei escrever, não sei como as pessoas ainda não se tocaram o quanto é ridículo um ser humano normal, em pelo gozo de suas faculdades mentais, andar naquele troço. Não importa o quanto aquilo seja caro. Parece mesmo que é o ícone de muitas coisas no Brasil; velho e ultrapassado. Mas isso não cabe a mim julgar, pobre jornalista desempregado que sou.
De qualquer jeito, vamos todos à rua rir das fardas sujas e rasgadas dos soldados enquanto os moleques jogam bombinhas nos pés deles. Nos empanturrar de algodão doce e sorvete e agitar as bandeirinhas que sobreviveram à seleção.
terça-feira, setembro 05, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Hoje eu perguntei aos meus aluninhos de 7 anos se eles sabiam a razão do feriado. Apenas um deles me respondeu e mesmo assim, porque o pai explicou. Nem a professora regular tinha falado.
Postar um comentário