Decidi voltar a esse tão deslumbrante tema da vida esfuziante da metrópole de Pedro Leopoldo, onde atualmente resido. Agora pretendo falar do bar que fica perto da minha casa.
Na verdade devo dizer que esse bar tem uma peculiaridade que jamais tinha visto em qualquer outro, mesmo aqui, neste lugarejo. Todos sabem que durante determinados horários do dia esses lugares onde se vendem cerveja e outros derivados do álcool ficam vazios. Ao menos vazios de qualquer um que tenha alguma responsabilidade durante o dia. Enfim, esse bar não.
Caso não tenham advinhado, digo logo de pronto. Nunca, em horário nenhum, há pessoa alguma lá, exceto o dono. Ninguém bebe nada, come um lanche ou entra no lugar. Ficando o mesmo completamente deserto todo o tempo. A parte isso, não se esboça o mínimo movimento no intuito de se fechar o estabelecimento. Sim, porque imagino que o dono de tal aberração deva pagar a energia com que alimenta as lâmpadas e as geladeiras, deve comprar bebidas e comida para vender. Deve ter as despesas normais que um bar deve ter.
Todos os dias que passo por ali penso em entrar e desvendar o segredo disso. Mas todas as vezes sou bloqueado por uma preguiça imensa e o medo de saber que a magia do lugar pode ser quebrada por uma coisa tão prozaica como uma boca de fumo ou coisa assim.
No fim das contas prefiro ficar com a poesia do dono do bar que passa os dias asssistindo à televisão. Sozinho.
quinta-feira, maio 17, 2007
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3 comentários:
O tio morou em uma rua na ZN de Sampa. Ela acabava em uma praça mas com passagem somente pedestres. Havia uma barraca de côco verde que era tocada por três famílias. Alguma vez víamos alguém comprar um côco.
Porém na maioria das vezes pessoas paravam de carro, iam até a barraca, conversavam rapidamente e saíam, sem côco.
Essa "conversa rápida" para mim era o segredo de a barraca parada sustentar 3 famílias.
Vai saber o que se conversa, né.
Obs.: aqui é Daniel, Maicou!
aliás, depois cê me ensina como colocar um vídeo no blog, logo vou pôr o Parrot Project no Youtube.
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