terça-feira, julho 17, 2007

Okami

Já faz um tempo que não posto nada neste blogue e isto tem bons motivos. O primeiro é que ando meio atarefado com o fato de me tornar o "feliz gerente de um estabelecimento comercial", o que gera o segundo motivo: Todo o tempo livre que possuo vem sendo gasto em horas e mais horas de jogatina no Playstation 2 do meu irmão, console o qual eu acabo usando mais do ele. Mas não é pra jogar qualquer coisa como esses GTAs da vida, não senhor! É para jogar a coisa mais emocionante que vi em toda a minha vida de nerd esmagador de botões de controle.

Chama-se Okami o grande feito.

Nada do que eu poderia dizer aqui conseguiria exprimir a beleza e a delicadeza desse jogo. É lindo só passear pelos cenários, apreciando os gráficos baseados em pintura tradicional japonesa, com traços grossos e expressivos, como feitos com pincel. Aliás, o próprio pincel tem uma bela função no jogo, mas isso falo mais na frente.

Bem, o início do jogo é o que se pode chamar de "normal". Há cem anos atrás uma pequena vila do interior do Japão era assolada por Orochi, um demônio que todos os anos escolhia uma jovem em troca de nao destruir todos. Um guerreiro chamado Nagi o enfrentou com a ajuda de Amaterasu, a deusa do sol, na forma de uma loba. E, enfim, a paz chegou... Até que, cem anos depois, um mané tira a espada que selava o bicho, cobrindo o mundo de escuridão e desespero. Neste ponto que reaparece Amaterasu para consertar as coisas.

Certo, parece coisa mais clichê que vocês, meus cinco leitores, já viram na vida. Principalmente quando se é apresentado a Issun, um "artista andarilho" como ele mesmo fala. Um sujeitinho com o tamanho de uma pulga embora fale mais que lavadeira, além de ser um mulherengo safado de primeira linha. Tudo para ser o alívio cômico do jogo. Mas em se tratando de comédia, até a própria Amaterasu faz das suas. Na forma de um lobo idiota consegue ser engraçada até na hora das batalhas dramáticas.

Enfim, no decorrer do jogo, a história vai se complicando e o quadro de personagens com os quais a dupla Issun e Ammy(como ele a chama) vai interagindo aumenta enormemente. Desde um descendente do famosso Nagi da lenda, um cara preguiçoso e beberrão, até um menino e seu cachorro.

Por fim, falando do pincel. Uma das belas sacadas do jogo. Ammy tem o poder de invocar um pincel divino com diversos poderes dependendo do desenho que se faça - desenha-se livremente na tela, que fica cinza nessa hora. Poderes esses liberados ao longo do jogo. Um dos mais bonitos é o de fazer as plantas renascerem. Usá-los nas cerejeiras para expulsar a maldição de uma área é uma das cenas mais lindas e sensíveis do jogo. Tudo isso acompanhado por uma trilha sonora muito legal!!!

Bem, fim do momento babação. Outro dia talvez fale de outro jogo: Ar Tonelico. Agora vou trabalhar que meu pai já está me olhando com cara feia.

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