domingo, agosto 16, 2009
Aviso importante,
Agora aporrinhamos como
Poeira de Rua
E também temos um novo blogue, totalmente dedicado a literatura!
Abraça o Capeta
Passa lá!
segunda-feira, julho 13, 2009
Oba, oba, twitter e a "nova mídia".
Acontece que a internet não é composta apenas de seres iluminados e desejosos de compartilhar informações em prol do engrandecimento da humaninade. Existe pornografia infantil, jogos de azar, vírus de computadores e até aquelas piadinhas idiotas que você gosta de mandar para seus amigos por e-mail. E não vamos nos enganar, essas coisas compõem a brutal e esmagadora maioria do conteúdo da rede e também o que faz gerar mais acessos em qualquer página.
Então vamos raciocinar: O que faz alguém pensar que criar um movimento iniciado no Twitter pode derrubar um político influente? Sim, estou falando do tal #forasarney aqui. Sou totalmente a favor de tirar o velho caudilho de lá há muito tempo. Acontece que ficar botando legendinha em recadinhos de 140 caracteres não está dentro do que eu penso como forma válida de ação política.
Já vi justificativas sobre o movimento dizendo que são cerca de 60 milhões de usuários conectados no país. Mas quem são esses usuários? Será que todo mundo usa a internet pra protesto? E será que esses que usam não são somente adolescentes atrás de uma brincadeira nova cuja importância para eles equivale a que roupa usar na "balada"? Tenho sérias dúvidas quanto a validade desses movimentos.
Os arautos do twitter e outras redes de relacionamento tem comemorado muito dizendo que seus esforços estão sendo premiados, uma vez que o bigodudo vem cambaleando. Mas e as reportagens diárias sobre o velho nos jornalões e na TV, não contam mais?
Esse "oba oba" em torno de ferramentas de internet não é novo. Já disseram que os blogs eram a nova mídia. Eles falharam miseravelmente, "cooptados" pelas mídias antigas. Agora a vedete da vez é o twitter. Por quanto tempo não sei. Só sei que, se dependesse desse povo que prevê o fim das mídias tradicionais o The New York Times já deveria ter quebrado pelo menos umas quatro vezes nesta década.
sexta-feira, julho 03, 2009
Manual Prático de Cultura Pop - Segunda Parte
E como a modernidade não pára, será toda dela este segundo tomo. Quer dizer, até o momento que ela resolver me atropelar com mais uma tralha ou estratégia desconhecida por agora.
Aqueles que desejam ser pops prestem atenção, pois quem é pop de verdade não costuma soltar essas coisas pra todo mundo ver. Sim, o pop que é pop gosta de manter seus segredinhos, ainda que travestidos da mais clara e pura obviedade. Está lá para todo mundo ver, mas ninguém vê. Desse modo o pop que é pop esconde suas técnicas de modo totalmente pop... Mas deixemos de filosofia barata e passemos às lições!
1 - Hoje em dia todo mundo tem perfil em todas as páginas de relacionamento da internet, além de sei lá quantas contas no twitter ou outras coisas parecidas. Isto porque todo mundo quer se mostrar! Desde as adolescentes que adoram publicar suas fotos somente de lingerie - ou nem isso - até os malucos procurando legitimidade para suas teorias sobre a morte do Michael Jackson. Todos querem seu cantinho de fama, isso é fato. Mas o pop que é pop não se limita a isso. Não senhor!!! O pop que é pop tem um modus operandi diferente. Diria até mais hardcore. Afinal, ele não é pop à toa!
Além de todos os perfis superlotados, além das atualizações infinitas nos twitters da vida, o pop que é pop marca seu diferencial. Ele simplesmente não precisa ter um assunto definido nem mesmo se importar quem sejam as pessoas que estão atreladas ao seu perfil virtual. Funciona assim; eu tenho milhões de pessoas atreladas a mim em determinada página. Não importa que eu tenha notícias sobre a cura do câncer ou que minha cueca rasgou agora mesmo. Tudo o que eu disser é relevante uma vez que a quantidade gera a legitimidade. Simples não? Mas agora vem a parte legal.
AS PESSOAS LÊEM!!!!
Por incrível que pareça, as pessoas lêem qualquer coisa que alguém com milhões de acessos por dia escreva. Por mais estúpido que possa parecer. Isso nos faz pensar também na ordem de prioridades de assuntos que muita gente tem por aí... Mas quem se importa? O negócio é ser pop! Então, vá logo construindo seu perfil com milhões de acessos pois este é um dos caminhos para a terra prometida.
2 - Sempre entre em fóruns de tecnologia, mesmo que você mal saiba ligar o computador. Neste sentido, a coisa toda é bem simples. Uma vez que você faz parte de um espaço dedicado a tecnologia de ponta você é mais um super antenado nas tendências do momento. Claro, você será um dos primeiros a saber daquele programa super foda que faz tudo que você não entende. E melhor, poderá se gabar que sabe mais que os outros pobres mortais simples usuários de salas de bate papo do UOL. Todos sabem, ou deveriam saber, da imensa vantagem que é saber dessas coisas primeiro que os outros na internet. É quase como encontrar o Eldorado digital. Sem falar que vai deixar seus seguidores morrendo de inveja e imaginando o quão por dentro do assunto você está. Por fim, não esqueça de comentar sempre no tal fórum. Qualquer coisa. O que importa é ser visto pelos outros frequentadores e aumentar sua base de seguidores.
3 - Crie um blogue. Mas não um blog qualquer. Nem mesmo um blogue como este aqui, cujo intuito é meramente informativo e de cunho intelectual. Estamos falando de um lugar cujo assunto recaia pura e simplesmente em sua pessoa. Páginas de relacionamento e o twitter podem apenas captar um lapso da absoluta genialidade pop do candidato a popularidade. Contudo, jamais podem ultrapassar a versatilidade dos blogues. Esqueçam as notícias de guerras e revoluções, crônicas sobre a vida ou essas patetices pseudo-intelectualóides. O pop que é pop não pode se preocupar com esses assuntos. Até porque, já tem muita gente na rede se preocupando e ninguém se interessa mesmo. Publique seus pensamentos sobre o dia, bilhetinhos de cinema, fotinhoa fofas com os amigos nalgum barzinho da moda - isto em particular funciona muito bem. E abuse das fotos. Ninguém quer perder muito tempo lendo teorias filosóficas na frente do computador. Logo, imagens são fundamentais. De preferência suas, usando modelitos que combinem com o tipo de pop que você pretende ser¹. Caprichar na apresentação de tudo é o básico, não esqueça!
4 - Com um blogue nas mãos você agora está pronto para entrar na tão falada e invejada "esfera blogueira". Esse bando de iniciados que são chamados de "A Nova Mídia", mesmo que eles só estejam copiando informação dos outros. O que importa é ser visto, de qualquer jeito! Procure de todas as formas, ligar blogues famosos e reconhecidamente interessantes ao seu. Desta forma, sua fama irá aumentar entre o público que você persegue. Porém, nunca, jamais, em tempo algum, ligue o seu endereço com o de outro candidato a pop. Isso pode gerar danos irreparáveis a sua imagem cuidadosamente lapidada. Não se sabe em que nível de popularidade o outro se encontra,nem se também pretende robar seu público. Afinal, nada mais perigoso que um candidado a pop que outro. E, vamos falar sério, não faltam esses tipos por aí. Mas como você será um pop muito mais interssante que seu concorrente, limite-se a simplesmente ignorá-lo. Porque ele não é pop o suficiente para que venha a ser reparado por você!
5 - Finalmente,use todas essas ferramentas de forma conjunta. De que adianta criar um perfil no Orkut cheio de florzinhas e tons de rosa quando em seu blogue você aparece como um supernerd fã de cinema? Ou mais ainda, agindo ao mesmo tempo como um voraz comedor de tecnologia desconhedida nos fóruns. Essas discrepâncias podem acabar confundindo seus potenciais seguidores. Por mais que você queira um público enorme e adorador de sua imagem, fica difícil cultivar mais de uma imagem ao mesmo tempo no início de sua carreira pop. Depois, quando estiver devidamente cimentada a sua fama, você pode brincar de mutante. Poderá ser o que quiser a cada dia e seu público ainda irá amá-lo. Afinal, assim que são os pops!
Se você seguir todas essas recomendações acima, garanto que sua fama será rápida e duradoura. Certamente culminando com o convite para aparecer num podcast ou mesmo escrever um rápido texto numa página ou blogue reconhecidamente pop. Então, meu amigo candidato a pop, sugiro que se prepare para receber sua tão merecida fama e continue atualizando seus perfis.
1: Consultar Manual Prático de Cultura Pop - Primeira Parte
quarta-feira, julho 01, 2009
E a contagem foi pro espaço!
Pois é, depois de alguns dias de suspense sobre qual seria o novo jogo que a produtora japonesa Square estaria escondendo por trás de um contador regressivo, uma revista do Japão resolveu melar com a brincadeira.
A Famitsu hoje publicou uma página inteira sobre o tal, contendo imagens do jogo e um pouco do que poderia ser a história. Saírá para Nindendo DS e seu nome será Four Warriors of Light: Final Fantasy Gaiden ou coisa do nível e seu tema é inspirado no primeiro Final Fantasy. Pra quem não sabe, o primeiro jogo da tinha uma historia bem simples: quatro guerreiros da luz aparecem para salvar o mundo da escuridão, e só. Nesse parece que 4 meninos de 14 anos deverão salvar uma princesa.
Por mim eu só espero que as imagens mostradas sejam um esboço ou coisa assim. Porque eu estou achando muito ruim e abaixo do que a Square pode fazer e do que o Nintendo DS pode aguentar.
quarta-feira, junho 17, 2009
A melhor frase que eu queria ter dito:
Sintetizou tudo que eu penso dessa modinha idiota...
Fonte:http://colunistas.ig.com.br/gameover/2009/06/04/minhas-impressoes-sobre-a-e3-primeira-parte/
quinta-feira, junho 11, 2009
terça-feira, junho 09, 2009
Finalizando a E3
Primeiro: Nintendo, o lixo supremo.
Afinal de contas, quem leva à sério uma empresa cujo mote de vendas de seu próprio videogame foi pro espaço no dia anterior de maneira tão retumbante? E o que mais ela pode mostrar? Sim, porque depois do anúncio do Project Natal da Microsoft a Nintendo gloriosamente apresentou seu novo Mario!
Sinceramente, que lixo! O sujeito tem que ser muito nintendista retardado pra gostar disso.
Depois foi a conferência da Sony... Como esperado apareceu PSPGo, que todo mundo já sabia que tinha, uns jogos legais e tal.
Mas, pra mim e só pra mim, a bomba foi esta:
Tá bem, estou ouvindo os nerds fãs de FPS xingando. Mas como não me importo com esse povo quero mais que se explodam. Final Fantasy XIV, pra quem não sabe, era antes conhecido no meio como Project Rapture, e todo mundo apostava que seria uma nova expansão para Final Fantasy XI, com novos continentes e uma adaptação pra PS3. Mas qual não foi a surpresa da galera quando apareceu o logo depois do trailer? Sim, ele será um novo MMORPG da Square, embora os produtores jurem de pés juntos que o anterior não vai ser descontinuado enquanto tiverem jogadores. O que eu acho bem vago. Esses caras considerariam os jogadores se, de repende, Final Fantasy XIV começar a dar muito lucro e Final Fantasy XI começar a ocupar espaço nos servidores deles? Penso que não. Leis de mercado são leis de mercado.
Mas o jogo tá aí e sai em 2010. O que deve me dar pouco mais de um ano pra arrumar um PS3 e comprar o jogo enquanto ainda continuo jogando Final Fantasy XI, o único MMORPG que eu gostei. Espero que o próximo seja bem melhor. Até porque, a dificuldade dele é insana e eu não tenho mais 12 anos pra perder o dia inteiro com um jogo.
segunda-feira, junho 01, 2009
E3, primeiro dia.
Bem, hoje aconteceu a primeira coletiva da E3 coma Microsoft. Começaram mostrando Beatles Rock Band e como o jogo será. Para delírio dos beatlemanícos purseram Paul Mcartney e Ringo Star no palco em pessoa.
Olha só eles!
Depois chamaram a Yoko Ono...
Sério, o que a Yoko Ono tem a ver com Beatles? Só porque ela deu pra um deles e fez o grupo se dissolver? Enfim, dane-se.
Depois mostraram Final Fantasy XIII rodando num Xbox360. Muita gente estava descrente de que o videogame aguentaria, mas aguentou muito bem. O que prova que a Square e a Sony falam pela bunda. Embora eu ainda tenha vontade de comprar um PS3...
Chegou o momento das revelações. Afinal, que graça aquilo iria ter sem revelações? Então chamaram um japa com cara de maluco no palco. Japa esse que é tratado como um deus por nerds desocupados e sem namorada ao redor do mundo. Sim, senhoras e senhores! Kojima em pessoa apareceu para anunciar o primeiro Metal Gear para Xbox 360! Antes Metal Gear Solid 2 tinha sido lançado para o primeiro Xbox. Não vai ter Solid Snake, mas é o suficiente para agradar a turma.
Até porque, o jogo sairá também para PS3, PC, torradeiras, máquinas de lavar e cafeteiras...
Mas falta a cereja do bolo! E ela foi trazida por Steven Spielberg! Sim, o cara do Indiana Jones e Goonies, ele mesmo. O que o homem trazia era algo que chama-se Project Natal. Embora pareça um plano de vendas de fim de ano a expressão trata de uma tecnologia de reconhecimento de movimentos, voz e expressões do rosto por meio de um aparelhinho com câmera e sensores. Tudo isso sem nenhum controle estranho e de duplo sentido.
Sim, garotada, poder jogar sem fios em cima de você! O sonho nerd de todas as épocas de repente pareceu realizado quando começaram a demonstrar as possibilidades do brinquedo. Uma menina jogando bola sem nenhuma ajuda que não fosse das próprias pernas, um cara simulando jogar tinta numa parede virtual. Sem nada que os ligasse diretamente ao videogame!
Vocês não imaginam o que isso pode fazer com a cabeça de um nerd. Sonhos de realidade virtual, jogos nos quais você realmente toma parte de ação e sem a mediação de um controle chato. A Nintendo prometeu isso mas entregou a palhaçada do Wii, feito especialmente para retardados.
Quero ver se a Nintendo faz isso:
Amanhã é a coletiva da Nintendo, seguida pela da Sony. Já estão circulando boatos sobre o que a dona do videogame preto pode mostrar. Alguns quase confirmados até. Quanto a Big N... Bem, acho que sai um Zelda e um Mario...
(Sim, odeio a Nintendo)
domingo, maio 31, 2009
Sobre rumores, ou não.
Olha aqui o menino:
O brinquedo apareceu ontem, depois de alguns momentos de descreça total da nerdaiada que não tinha mulher e passou o sábado a noite ruminando o assunto na frente dos computadores. Mas não é sobre ele que pretendo falar.
Como está no título, meu negócio hoje é falar de rumores. De como as fofocas movem essa indústria que já ultrapassou o cinema e a música em geração de receita no mundo.
Indo um pouco mais ao passado, podemos ver como esse troço de PSP Go começou. Num fórum obscuro que ninguém se lembra, algum desocupado com boas doses de vodka na cara resolveu contar pra todos que ele estava trabalhando num novo modelo de PSP. Isso seria certamente ignorado por todo mundo que se digna a acompanhar noticias sobre videogames. Contudo, o cara talvez tinha alguma influência no fórum e por isso, deram crédito a sua bebedeira.
Sem demora a Sony, ou quem quer que falasse em nome dela, se apressou em desmentir o bêbado miserável. Afinal de contas, os milhares de consumidores ao redor do mundo não podem estar reféns de uma noite de muita bebida e nenhuma mulher de um desconhecido qualquer... Mas sem demora esse mesmo desconhecido falou com um conhecido - que trabalha na Sony - e pedir pra ele dizer que era tudo verdade. Sim, tudo verdade, e apenas questão de tempo para o lançamento da bagaça.
Passou o tempo e o assunto esfriou. Embora os malucos que abastecem os nerds de notícias nunca tenham esquecido dele. Então, ontem finalmente anunciaram o aparelhinho do jeito mais sem graça possível.
Agora vamos a outro rumor, bem mais interessante:
Pra quem não está enterrado numa caverna esta imagem é bem conhecida. Trata-se da suposta capa do Playstation 3 Slim, o novo modelo do console arrasa-quarteirão da Sony. Muito bem, desta vez eles não desmentiram nem nada. Acho que cansaram de fazer isso o tempo todo. Ou também porque estavam muito perto da já falada E3 deste ano pra perder tempo desmentindo uma coisa que iria aparecer mais tarde.
O fato é, não são só as imagens toscas e de qualidade ruim que estão soltas na internet mas uma miríade de outras coisas bem interessantes. Exemplo? Sabiam que a logomarca do console, presente em várias páginas da internet mudou? Sim, de um pomposo "Playstation 3" com aquela fonte do Homem Aranha para um singelo e discreto "PS3". Sério, mal dá pra reconhecer o logo no meio daquelas marcas gigantes e multicoloridas.
Pra mim isso é prenúncio de algo interessante. Não sei se meus 5 ou mesmo 4 leitores concordam com minha idéia maluca dominical, mas é o que vem me ocorrendo. De qualquer modo, saberemos esta semana, quando os tubarões da maior indústria de entretenimento do mundo mostrarem os dentes.
quinta-feira, maio 28, 2009
Manual Prático de Cultura Pop
1- Em primeiríssimo lugar, você tem que definir sua situação no mundo pop. Sim, porque existem diversas definições do que é ser pop: Há o pop cult, o revival anos 70 ou 80, o apenas cult, apenas pop... Enfim, uma miríade de nomes que fariam a cabeça do mais aplicado estudioso rodar. Para este manual, então, usaremos o padrão "pop apenas", o qual parece ser o mais simples de se definir.
2- Definido o seu estilo, é mister escolher o modo de vestir-se. Ou você acha que pop que é pop sai por aí com jeans e camiseta só? Procure ser o mais colorido possível. Quase uma árvore de natal. Misturar Rosa shock com verde claro ajuda muito nessas horas... E não se esqueça dos grandes óculos escuros - bem grandes mesmo! Assim, nem um cego vai deixar de ver que pela rua caminha um pop.
3- O modo de falar de um pop deve coadunar-se aos mais recentes estilo e tendências da época. Logo, abuse de expressões estrangeiras. Mesmo que você não faça a menor idéia do que esteja falando, a maioria das pessoas vai sempre pensar que você é uma pessoa viajada e, principalmente, descolada. Alguém que não se limita a apenas um léxico verbal.
4-O gosto cultural de um pop é a questão mais espinhosa a que se deve tratar. Em primeira análise o pop que é pop acha tão lindo a bunda da Sheila Mello balançando quanto uma ária de Puccini. Pra ele tudo é cultura! E tanto melhor quando ela vem da expressão genuína popular, como eles dizem. Entende-se por expressão popular forrós, bailes funk e similares, embora poucos deles tenham coragem de frequentar os lugarem nos quais efetivamente o povo vai.
5- Ainda falando de cultura, assunto deveras complicado. Além de estar íntimo dos gostos da população, o pop que é pop deve saber tudo o que acontece na cena alternativa. Define-se "cena alternativa" como bandas que não fazem sucesso por vários motivos, o maior deles é ser ruim mesmo. Não importa se o vocalista é desafinado ou o músico não sabe tocar nem "dó, ré, mi, fá", o negócio é ter atitude. Aliás, este é um tema que será retomado mais à frente.
6-Terminando de falar sobre os gostos culturais pops, chegamos à literatura. Na verdade essa parte é a mais complicada de se definir, visto que os pops moldam seus gostos literários ao que vêem em outros lugares, como filmes - geralmente americanos ou um iraniano de vez em quando - ou bandas de música. Mas nunca falta na estante pop um exemplar dos últimos que acabaram de se transformar em filmes ou que foram fonte de inspiração para algum grupo ou pop star nos quais ele se espelhe.
7- Nunca, jamais, em tempo algum, seja visto numa mesa de botequim enchendo os cornos de cerveja com cachaça enquanto discute a zaga do Atlético Mineiro. Não há atitude mais anti-pop! Exceto, é claro, quando isso é feito nos barzinhos pop, com seu grupo pop à tiracolo que sempre terão uma considerão pertinente sobre a situação débil do esporte brasileiro e como o padrão de cores das camisas dos times é medonho.
8- Derivação do anterior. Frequente sempre lugares pop, cheios de gente pop como você. Tais estabelecimentos geralmente têm uma decoração espalhafatosa, o que atrai pops mais que açúcar atrai formigas. E quanto mais decorado o lugar, maior será a conta a pagar, como diz a lógica. Mas não se importe com isso! Ainda que não tenha nem um tostão no bolso pop que é pop não deve nunca perder a pose! Peça uma água mineral e diga a todos que está parando de beber. Hoje em dia é pop tomar água enquanto todos bebem cerveja na sua frente. Mostra força de vontade!
9-Dedique-se a um hábito tipicamente pop. Colecione todos os filmes de um determinado ator, saiba tudo sobre um personagem de ficção famoso, seitas exotéricas... Qualquer coisa serve, desde que seja da alçada do mundo pop. Mas não invente muito que nada é mais anti-pop que parecer mais inteligente ou curioso que os outros pops.
10-O mais importante. ATITUDE. Em caixa alta mesmo. O que todo pop precisa aprender é ter atitude. Ainda não se sabe exatemente o que isso quer dizer neste tão misterioso mundo, mas ao que tudo indica, ande de maneira mais solta, fale de modo mais arrastado ou cantado. Não há uma regra para isso. Os mais bem sucedidos são os que conseguiram mesclar a maior parte de características diferentes. Se não é o seu caso, use palavrões à vontade e nunca, mas nunca mesmo, utilize em sua totalidade o o estilo que foi usado neste texto. Fazendo isso, você estará pronto para se aventurar nesse mundo cada vez mais colorido! Boa sorte!
segunda-feira, maio 25, 2009
Sim, eu sou nerd! Pobre mas sou...
segunda-feira, maio 11, 2009
Aniversário
Pois é, hoje faço vinte sete anos de idade. Pra falar a verdade, não gosto nem um pouquinho do número. Mas como não se pode evitar essas contingências da vida, é melhor não pensar muito no fato de que estou ficando velho. Afinal, todo mundo fica velho. Só espero chegar ao nível Shean Conery de velhice algum dia... Isso me deixaria bastante feliz.
Mas enquanto isso não chega, e espero que demore bastante, vou me arranjando do jeito que estou. O livro parece que vai sair finalmente. Se por um lado é legal saber que algo que escrevi finalmente será publicado, por outro me vejo emaranhado num problema que amedronta. Vender as bagaças. Sim, pois se trata de produção independente, uma vez que no Brasil só se vende auto ajuda e livros de culinária. E para gente como eu o mercado é tão amistoso quanto um pit bull sem comer há dois dias. Assim sou obrigado a gastar somas obscenas de dinheiro que poderiam muito bem me fazer comprar todos os videogames da nova geração que eu queria, seus jogos e ainda me sobraria um bom troco pra comprar uma TV Full HD Progressive Scan, blá blá blá. Mas estamos focando em objetivos mais produtivos e de maior valor, não é?
Então, todos devem saber que ando desempregado, ferrado, fodido e sem um puto no bolso nem pra pagar a mensalidade do meu querio RPG online, né? Bem, se não sabem, estão sabendo agora. E que, devido a isso, estou numas férias forçadas aqui no Espírito Santo, pensando no que vou fazer da vida daqui pra frente. Pra quem não sabe também, trabalhei um mês num jornaleco de uma cidadezinha dos arredores de Belo Horizonte. Nada muito interessante, mas que conseguia desenhar um sorriso no meu rosto todo final do dia só pelo fato de eu estar fazendo o que eu sempre quis fazer na vida. Contudo essa brincadeira acabou e seus frutos financeiros - eu preciso disso também, tá! - não foram lá essas coisas.
Provavelmente voltarei a Minas Gerais nos próximos dias, se não encontrar nada pra fazer aqui onde estou no processo. Mas enquanto isso, fico na praia ruminando histórias, jogando videogame e passeando a beira mar pra ver se alguma luz divina se abate sobre minha cabeça. Bem, duvido muito na última hipótese, mas quem sabe?
Enquanto estou ruminando, ando pensando se deveria postar mais coisas que escrevo aqui. Afinal, a brutal maioria do que escrevo não vai ser publicado mesmo. São contos, rascunhos de histórias e um monte de coisas que coloco num caderno que levo comigo há muitos anos, muitos mesmo. Acho que chegou a hora de deixar de ser cuzão e colocar alguma coisa aqui. Mas isso não significa que eu vou transcrever o meu caderno pra cá. Haverá uma rigorosa escolha - o que significa que eu não sei o que por e vou pegar o menos pior. Por hoje é só. Mais tarde passo um pouco do conteúdo do meu caderno para este blogue. E quem sabe assim ele terá mais gente que os cinco leitores fantasmas que possuo.
quinta-feira, maio 07, 2009
Coisas soltas
Andei pensando em fazer serviços autônomos como jornalista, mas esbarro na minha total falta de experiência e confiança pra encarar uma coisa na qual posso me dar muito pior do que estou agora. Ao mesmo tempo ainda me debato em torno da publicação do meu livro. Embora esteja praticamente pronto, volta e meia paro pra pensar se o troço vai dar realmente certo, se não vai ser um gasto total de estúpido de dinheiro... Pelo menos ou encontrei uma distribuidora que trabalha com autores independentes. Espero que dê certo.
Contudo, preciso de dinheiro urgente. Minhas dispendiosas necessidades de homem sofisticado clamam por isso. Não dá pra viver de televisão e matinê de cinema a vida toda. Eu não consigo. Preciso de coisas mais interessantes com as quais preencher meus dias enquanto penso num outros assunto para transformar em livro.
Até pensei em começar a escrever algo onde estou no momento, mas os pernilongos onipresentes sugam todo meu ânimo juntamente com meu sangue.
Por hoje é só. Até outro dia.
segunda-feira, abril 06, 2009
Peixe Morto
“Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais.”
Thomas Hobbes, Leviatã
Não entendo como ainda insisto em me enfiar nos navios. Todas as vezes que entro nessas porcarias, minhas entranhas refluem numa vaga pior que as ondas mais fortes de todos os oceanos...
É humilhante vomitar na frente dos outros. Não fosse o imperador, teria ficado na casa do Barão mesmo, ainda que a possibilidade me enjoe mais que o mar. Vida de bordo é uma maçada! Tão desgraçada quanto a de contador do Plácido. Tempos idos... Quanto faz? Dez, quinze dias, um mês. Ou um ano, quem sabe. Poderia ter sido há décadas atrás que não me daria conta.
Aquelas duas não param de me olhar e rir... Devem estar se divertindo com o meu mal-estar. Maldito enjôo! Se pudesse, arrancaria meu estômago com minhas próprias mãos para atirá-lo aos peixes. Assim ele teria mais serventia que a atual. Dor... Se elas sumissem daqui ao menos.
E onde está D. Pedro que não o vejo mais? Não é possível que tenha se metido na cabine pra dormir. Em plena tarde!... Nunca vi sujeito mais descansado.
Agora chega! Não vou ficar aqui pondo meus intestinos pra fora somente para o gozo desses parasitas e agregados.
Melhor caminhar um pouco...
Quanto falta pra chegar? Não vejo a hora do pôr os pés na terra. Se pelo menos, pudesse fazer algo melhor que esvaziar o bucho à força... Vida desgraçada!
Foi aquele jantar indigesto que me estragou o estômago. Como o imperador pôde se meter na casa do Barão daquele jeito sem precaução nenhuma? Deveria saber muito bem que o sujeito não é dos mais cândidos. Homem que manda praticamente em quase toda a província, por lógica não pode ser manso. Foi escolha dele. E eu tive que seguir também. Como bom imbecil que se mete em navios sem saber como e porquê. Apenas pelo gosto do novo.
Pensando bem, nem me lembro como cheguei até aqui. Numa hora estava examinando as contas e compromissos do Plácido, noutra me vejo num vapor indo para a corte. E com o imperador junto, vejam só!... Se isso for sorte espero que ela não acabe tão cedo. Que dure o resto da minha vida, levando minha carcaça para lugares parecidos com o que estou indo.
“Boa tarde, senhor Ataúfo! Como está sentindo a viagem?”
“Muito bem, apesar dos desconfortos corriqueiros. Só queria saber quando o imperador irá se juntar a nós. Ele não está passando mal, está?”
“Não, só dorme um pouco. Em pouco tempo estará de volta em nossa companhia. Mas e você? Vi que não se sente bem desde que chegamos à casa do senhor Barão. Aconteceu alguma coisa por lá?”
Aconteceu que tive que suportar sua presença desagradável, Matias! Dois incômodos num mesmo lugar e ao mesmo tempo.
“Não aconteceu nada. Só uma indisposição de mar. Passa com o tempo.”
“Se você diz... Olhe, a maioria das pessoas estão reunidas no refeitório. Por que não vai lá também?”.
“Vá na frente que vou tentar melhorar um pouco. Em um minuto estarei com todos.”
“Até, então.”
“Até...”
Efeminado filho de uma cobra! Pensa que não sei que me jogaria ao mar se lhe dessem a chance? Pois eu não vou te dar esse gosto. Pode esquecer! Antes morrer pondo as tripas pra fora que encarar esse seu rosto de abutre faminto. Nunca!
Ai, meu estômago! Gostaria que esse enjôo parasse.
Nem quando cheguei a Vitória senti um desconforto tão grande. Deve ser coisa da idade. Fica-se mais velho e mais sensível às dores do corpo com o tempo. Imagino que seria muito bom se encontrassem a tal fonte da juventude. Assim ninguém precisaria mais morrer... Então, o mundo seria composto eternamente das mesmas pessoas o tempo todo. Pois se, não mais se podendo morrer, a reprodução perde sua utilidade... E para sempre sujeitos abomináveis como o Matias existiriam!... Uma pessoa com a qual não simpatizei desde o começo. Definitivamente, devo parar de pensar nessas coisas. Melhor ir ao refeitório e conversar, que ficar sozinho já está me fazendo mais mal que o mar.
O navio está muito mais quieto que dias antes. Gostaria de saber quanto falta para chegarmos. Adoraria pisar em chão firme novamente. Bem, estão todos aqui.
“Boa tarde, amigos. Desculpe não ter vindo antes, pois estou tendo uns problemas com a viagem.”
“Já contei a todos que o você está enjoado por causa do navio. Não precisa se preocupar.”
“Obrigado Matias.”
Cobra!... O que tem o meu estômago com a conversa? Ainda esgano esse sujeitinho!
“Por favor, senhor Ataúfo, sente-se aqui.”
“Muita gentileza de sua parte. E, desculpe, mas parece que não fomos apresentados.”
“Domingas Figueira, muito prazer.”
“Ataúfo Álvares de Souza, embora acho que me apresentar seja dispensável, posto que já me conhece.”
“Ora, todos aqui te conhecem. O senhor que embarcou em Vitória sob ordem expressa do imperador. Não sabe quantas pessoas deixou morrendo de inveja na sua cidade!”
“Na verdade não é minha cidade. Moro lá há alguns anos, mas não sou natural do lugar.”
“E de quê lugar é natural, posso saber?”
“Nenhum que mereça ser mencionado. Principalmente à dona tão distinta e bem apresentada quanto a senhora.”
“Obrigada!”
“Só digo a verdade.”
Em verdade é uma dona muito interessante, embora o nome não seja dos melhores. Contudo, quem é que se importa com nomes quando as coisas passam para o quarto? Talvez o idiota do Matias...
“...assim acho, que a questão dos ingleses deve ser atacada de maneira mais contundente. Como pode essa gente se meter nos negócios do Brasil sem que o olho de ninguém os vigie? Temos que dar um freio a esse povo antes que eles tomem o país para si! O que acha, senhor Ataúfo?”
Acho que deve calar a boca o mais rápido possível e me deixar em paz, Matias! Prefiro pensar nas questões de Domingas. Com certeza ela tem muito mais atrativos que essa conversa enfadonha sobre ingleses, franceses ou que diabo de gente dá com os chifres neste país. Ficassem no buraco deles!
“Então, senhor Ataúfo, estou curiosa para saber a sua opinião.”
“Não imaginava que se interessasse em assuntos de comércio! Parece ser uma moça que gosta de coisas menos áridas. Creio que me enganei.”
“Só um pouco. Quem vive disso é o meu pai... Desculpe, meu pai, Conselheiro Barroso.”
“Prazer...”
“Igualmente. Não dê tanta importância a esta menina. Ela só quer se divertir um pouco.”
“Mas eu gosto da conversa...”
“Então, Ataúfo, gostaríamos de saber o que pensa.”
Não há mesmo alternativa. O remédio é falar. Enfim...
“Muito bem... Entendo que nossos ministros estão dando conta de tudo da melhor forma que eles vislumbram. Mas não acho que a presença de estrangeiros seja tão má assim. Não fossem eles, nossas lavouras ainda estariam produzindo do mesmo modo que se fazia no tempo da colônia. Porém, imagino que o melhor para responder isso seja o imperador em pessoa. Por que não faz essa pergunta quando ele estiver aqui?”
“Mas imaginei que o senhor, uma vez sendo homem criado dentro do comércio, poderia dar uma opinião mais especializada.”
“Sinto, neste assunto não domino nem a menor das partes.”
Quando é que esse sujeito vai deixar de me perseguir? Até agora parece que não engoliu o fato de eu estar aqui, junto de todos esses parasitas. Imagino que ele vê em mim algo de perigoso para o seu ato de melhor arrancar do imperador suas vontades mesquinhas. E por quê logo eu? Porque, mesmo não sendo um igual a eles, meti-me num vapor onde o próprio D. Pedro viaja? Domingas falou que muitos têm inveja de mim... Será que ela também não suporta a minha presença? Não, tem um jeito muito gentil para um sentimento tão pequeno desses! Quanto a esse Matias. Homem que parece não ter entranhas!... Domingas tem um sorriso muito bonito... Quantos anos deverá ter? Com certeza ainda muito moça. E bonita... Melhor deixar de pensar nisso por enquanto.
“Senhor Ataúfo?”
“Sim?”
“Desculpe, nós estávamos tentando falar com o senhor só que não nos respondeu. Parecia distraído.”
“Deve ser coisa do estômago, não é mesmo?”
“É, deve ser. Obrigado por se importar, Matias.”
Na primeira chance que tiver, esgano esse miserável!
“Então, o que pretende fazer quando chegar à corte? Penso que nunca tenha visitado o Rio de Janeiro antes, não é?”
“Realmente, nunca. Mas sempre tive sorte na vida. Não tenho medo do que não conheço. O que me preocupa são as coisas que eu conheço e sei de que são capazes.”
“Tenho certeza que o senhor vai gostar de nossa cidade. Não há mais linda neste país. Pode ser que estranhe um pouco a movimentação, pois em Vitória percebi que nada de muito interessante acontece normalmente.”
“É uma cidade muito parada, senhora Domingas. Na verdade, quase uma vila. As coisas mais interessantes que acontecem por lá são as festas de santos. O resto do ano o que fazemos é trabalhar e sentir o cheiro dos peixes mortos na praia.”
“Um lugar muito parado mesmo... E me diga, em que exatamente se ocupava o senhor quando lá residia?”
“Muito bem... Eu trabalhava como uma espécie de ajudante geral ou coisa que o valha. Dizendo de maneira resumida, posso falar que ajudava meu patrão em quase tudo que lhe era necessário. Várias vezes tive que estabelecer uma lista de compra e venda além de sempre zelar pelas finanças. Isso entre uma infinidade de coisas...”
Uma infinidade de coisas... Helena... Uma infinidade delas transitando em minha mente...Quando é que D. Pedro vai acordar? Não aquento mais essa gente toda olhando pra mim. Detesto ser o centro das atenções. Sinto que vão me comer vivo quando isso acontece. Pelo menos com o imperador aqui, todos esses olhos maliciosos voltam-se nele. Será que Domingas também não me suporta? Tão educada!... Melhor continuar com o olho vivo enquanto estiver embarcado aqui.
Helena...
“Muito boa tarde, majestade! Vejo que acordou mais bem disposto.”
“Boa tarde, Matias. E a todos. Como vão? E o senhor, Ataúfo, sente-se melhor?”
“Muito melhor, majestade. Me honra sua preocupação.”
sábado, março 14, 2009
Mudanças
Mais tarde escrevo algo mais interessante e maior que simplesmente este textinho sem graça.
quarta-feira, março 11, 2009
Orkut, o clube dos idiotas.
terça-feira, março 10, 2009
Jornalismo e Mendicância.
Primeiro, não é que eu ache ter perdido o "jeito" pra coisa. Na verdade penso que nunca tive esse tal jeito, embora aredite ser mais jornalista que muito colunista por aí. Acontece que, todas as vezes que apareço no tal jornalzinho me bate um tédio mortal. Não me preocupo com o excesso de anúncios dele, nem com as reportagens-propaganda pululando a todo momento nas páginas. Não sou criança pra imaginar que essas coisas nunca existiram e nem um purista virgenzinho pra me ofender com isso. O problema é mais embaixo. Algo que até agora não consegui definir. Talvez na concepção mambebe da coisa toda, como se tudo não passasse de uma brincadeira de calouros na faculdade, mas com toneladas de anúncios. O próprio dono do jornal parece não se preocupar muito com ele, visto que frequentemente sai no meio do dia sem retornar. Ele é advogado e pretende montar um escritório onde fica o triste pasquim, de modo que não me surpreenderia o fato dele não querer mais publicar o mesmo depois de ter seus clientes estabilizados.
Depois eu posso enumerar a total modorra na qual é imersa esta cidade de Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte. O lugar é tão chato, mas tão chato que estão fazendo reportagens sobre bancos quebrados. Certo, odeio a cidade, não nego. Porém, vou tentar ser mais específico. Eu tentei pensar em reportagens mais interessantes como os trabalhos na prefeitura no início do ano ou coisa do nível, mas desisti. Certamente ninguém vai querer brigar com prefeito de cidade pequena. Algo que aprendi de bate pronto nas primeiras entrevistas com o populacho das ruas. É simplesmente de dar raiva o número de medrosos com medo de contrariar o poder local. Todos eles perguntando após me responderem que não estão falando mal da prefeitura... Mesmo em casos nos quais a prefeitura é obrigada a agir. Lamentável...
Contudo, o que mais me aborreceu não foram as coisas típicas da cidadezinha. Falo do próprio sentido do exercício da profissão de jornalista. Antes de mais nada, admito que tenho bloqueios, que não consigo me expressar muito bem com as pessoas e sinto um desconforto terrível ao ter que me aproximar de um estranho - ou mesmo conhecido - para falar de qualquer coisa. Procurei passar por cima de tudo isso, embora havia algo do qual não pude passar por cima: Trata-se do fato do jornalista viver necessariamente dos outros.
Sim, este é o assunto principal deste texto, apesar dos rodeios. O jornalista padrão não produz nada e nem pode produzir nada. Desde o início da faculdade somos treinados a captar a informação e repassar da forma mais rápida a um grande público. Nesse meio tempo, se acrescentamos algo, ele é vindo de outras pessoas "capazes", nunca nós mesmos. Isso por um motivo simples; os jornalistas não sabem nada de absolutamente nada. Não é nenhuma novidade isso. Nossa suprema ignorância é o que nos sustenta. Vivemos então das sobras simbólicas que os outros se dignam a nos dar. Uma pequena informação ali, uma propaganda escamoteada aqui... Tudo isso pegamos e repassamos. Afinal, é o que fazemos de melhor.
Fazendo isso, contudo, não nos diferenciamos dos mendigos e pedintes nas ruas. E a verdade é que um jornalista à procura de uma entrevista não é muito diferente de alguém pedindo esmola na calçada. Sempre teimando, procurando e implorando por mais uns centavos de atenção e informação dada de má vontade. O tempo todo atrás de coisas que no fim das contas não interessam mais às fontes e que passam para os vorazes e esfomeados jornalistas, incumbidos de reciclar aquilo a fim de se tornar palatável a uma parcela mais esfomeada ainda.
Tenho até vergonha de admitir que não percebi isso enquanto era aluno na graduação. Se o tivesse feito, certamente teria saído da faculdade ou mudado de curso - embora nenhum mais me ocorresse. O fato é que passei quase a última década esmurrando a ponta da faca do jornalismo para agora ter esse desbunde humilhante dentro de um jornaleco de interior. O que farei daqui por diante não sei, e até aceito sugestões. Talvez me dedique a escrever livros-reportagem, esses analgésicos para a dor de se saber inútil que muitos da minha profissão precisam. Porém isso demanda dinheiro e tempo sobrando. De modo que, possivelmente continuarei no jornalzinho por um tempo, se não me mandarem embora de lá esta semana mesmo.
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Carnaval...
De preferência me enfiar em Londres...
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Papercraft - Final Fantasy.
Por exemplo, esse tarutaru(um personagem de Final Fantasy XI). Me deu até vontade de fazer um. Quem sabe eu não use minha mão pra coisas mais úteis do que escrever besteira aqui?
Pra quem se interessar(tipo, a Gabi) tem uns outros dois links que me passaram:
Figuras de Final Fantasy IX
Auron, Final Fantasy X (este aqui eu não sei se vou ter saco pra fazer)
Contudo, parece que existem milhões de sites com milhões de outras coisas pra se fazer. É questão de procurar.
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Atualização Acadêmica.
Mas o pior de tudo era a biblioteca. Ou melhor, a inexistência dela.
Até a biblioteca do meu colégio de segundo grau era melhor sortida(adoro essa palavra!) que a daquele lugar. Sem falar da coleção de obras de literatura, fazendo vergonha a qualquer banca de revistas de tão pequena e ruim. Eu mesmo devo ter mais livros que aquele lugar inteiro. Pra um cara que, como eu, se refugia entre estantes cheias de livros como um israelense medroso num bunker isso é simplesmente a gota d'água.
Conceito F pra aquele lugar!
Daqui por diante eu nunca mais, até a hora da minha morte, não quero que mencionem nem de leve algo a ver com curso de direito. Já entrei, tentei e não aguentei. É o suficiente para uma vida.
domingo, fevereiro 01, 2009
Quero uma arma de destruição em massa!
http://blogue-nao-porno-do-raul.blogspot.com/
Só pelo título dá pra sacar que deve ser, no mínimo, hilário. Mas vamos à investigação... Ao que tudo indica a peça é criada por uma pessoa dotada do sexo feminino, uma vez que se auto intitula assim.
Agora, ainda não entendi o propósito dessa coisa. O troço é tão feio, tão mal organizado, com um português tão sofrível, que parece ser escrito por uma criança retardada de 7 anos. Não consigo nem identificar qualquer laivo de ironia nisso, apenas os erros brutais de português a bater na minha cara como um boxeador peso pesado.
Pra exemplificar, vejam isso:
QUEM FICA CRETICANDO, DO, QUE, EU, EX-CREVO, E, A
S, VESES, EU, CO-METO, ALGUM, ERRO DE PORTUGUÊS, ESTA PESSOA, ESTÁ LOLCO (BERUTA) DE CORRETO (ELA)!!!!!!!!!!!!!!!!11
Disse que isso está escrito em caixa alta. Aliás, quase tudo ali é em caixa alta. O que me leva a pensar no motivo pelo qual os fabricantes de computadores ainda insistem em manter o botão de caps lock. Afinal. Essa droga não tem utilidade alguma além de ferir os nossos olhos. Qualquer ser humano normal usa letras maiúsculas apenas no começo das frases e por aí vai. Deve ser do fato dos teclados terem chupado a forma das teclas das máquinas de escrever... Enfim, voltemos ao assunto.
Por favor, alguém me diga que isso foi feito por um boi ou qualquer bicho, pois me recuso a acreditar que mãos ditas humanas perpetraram tal ato. Se qualquer um dos meus cinco minguados e desaparecidos leitores puder dar uma ajuda, agradeço desde já.
Combate Homérico.
Por sorte, milagrosamente à noite ele voltou a funcionar e estou aqui, feliz de novo. Embora ainda persistam alguns problemas menores...
Só pra terminar, combate mesmo vai acontecer a partir de amanhã, quando eu começar na minha faculdade nova. Combine roça, pensamento linear e estreito, mais uma faculdade fuleira de direito. O resultado saberei a partir de amanhã e temo não ser dos melhores...
De qualquer jeito, vou ver gente. Tava precisando de convivência. Mesmo se for com gente se graça.