sábado, dezembro 29, 2007
Mau Humor
Sim, estou realmente puto da vida e nem mesmo o Nintendo DS dá conta disso.
Tenho vontade de pegar o primeiro ônibus pra Belo Horizonte hoje mesmo.
sábado, dezembro 15, 2007
Meu Bebê!
Veio para alentar um fim de semana no qual levei mais um fora e no qual também não encontrei amigo nenhum pra poder sair e falar besteira. Nem mesmo a internet tem sido interessante por esses dias...
Enfim, vou voltar pro meu brinquedo que amanhã conto mais sobre ele. O pessoal de Final Fantasy e Zelda me esperam!
domingo, dezembro 09, 2007
Domingo Espetacular!
Enfim, lembrei que tenho internet em casa há pelo menos um mês e que ultimamente não tenho postado nada neste quase morto blogue de araque. Não que não tivesse vontade para isso. Até mesmo meus esperadíssimos downloads de pornografias hardcore e jogos de Playstation 2 poderiam esperar um pouco para eu escrever nisto aqui. O fato é que me bateu uma bela, gorda e imensa preguiça de escrever.
Lembram da postagem na qual disse que estava escrevendo um livro para um concurso? Pois é, não terminei o tal livro. O tédio me tomou de tal forma que não consigo mais escrever duas linhas sem ter vondade de desligar esta trolha e me jogar na minha cama. Está realmente um saco! Deve ser efeito do domingo!...
O pior é que a preguiça tende a aumentar a níveis estratosféricos a partir de amanhã. Pois, logo que o galo cantar e o primeiro ônibus para Belo Horizonte partir irei para uma desconhecida e provavelmente bem escondida loja de eletrônicos contrabandeados para comprar isto:
Sei que muita gente(entre meus cinco leitores) não sabe do que se trata esta coisa, que mais parece uma caixinha de maquiagem metida a besta. Explico, é um Nindendo Dual Screen ou Nintendo DS ou mesmo NDS para os mais preguiçosos. O importante é que esta belezinha está vendendo como água no mundo todo e eu não consigo mais pensar em viver sem um ao meu lado depois de uns eventos envolvendo um japonês maluco que não convém contar agora. Sei que pode parecer bobagem, coisa de criança e tal. Mas videogame é simplesmente um dos meus vícios. O primeiro era a cerveja, a qual abandonei por necessidades de saúde... Então me sobram as tralhas nerds já que ultimamente tem me faltado mulher.
Por fim, hoje recebi a notícia de que uma de minhas mais admiradas amigas, senão a mais - e das quais não quis passar disso, infelizmente - adquiriu um Playstation 2. Neste momento ela deve estar vidrada tentando jogar Final Fantasy XII(que eu forço a não contar a ela como termina). Espero que seus tendões sejam fortes...
terça-feira, novembro 20, 2007
Quando era criança, queria ser herói...
Cresci e até hoje mantenho esse sonho. Volta e meia quando estou caminhando pela rua penso como seria legal se pudesse voar por aí, ter força suficiente pra acabar com qualquer valentão e, principalmente, viver uma aventura que desse sentido à minha vida. Pois é para isso que os heróis vivem, para suas aventuras. Apenas elas dão sentido à sua existência.
Como não posso voar nem tampouco tenho uma aventura as escrevo. Neste momento estava escrevendo uma delas, embora tenha parado por falta de motivação.
Não sei se as pessoas a quem dei meus textos para ler repararam, mas o personagem principal sempre sou eu. Um ao menos um EU que eu gostaria de ser... Alguém que faz coisas que eu não tenho como fazer, coisas as quais não são capazes de acontecer no mundo real. Essa foi uma maneira de satisfazer meu desejo de ser um herói. Decadente e triste, mas ainda assim uma forma... No fim todos têm sua forma de escapar do mundo. A minha é essa.
Muito mais que videogames ou livros. Quando escrevo é o momento no qual eu me sinto como sempre queria ser por toda a vida: uma espécie de deus.
sábado, novembro 10, 2007
Finalmente!!!!
Até que enfim sua excelência vai resolver fazer algo. Ou pelo menos, se for pra fazer mal, faça o que der menos problemas. Espero que o ministério melhore depois disso.
quarta-feira, outubro 10, 2007
Puta nossa de cada dia.
Enfim chegou a Playboy de Mônica Veloso, a p... pensionista de Renan Calheiros. Falando sério, nunca vi um trabalho de Photoshop tão bem feito em toda a minha vida! O cara que fez isso devia ser canonizado!
Agora vamos para as piadas prontas e palhaçadas de praxe:
Corre no site da Folha de S. Paulo reportagem acerca da repercussão da publicação entre os senadores da casa. Entre as desculpas esfarrapadas de praxe a melhor de todas é a do líder do DEM na Câmara Onyx Lorenzoni - eita nome desgraçado! "Eu vi a revista. A jornalista Mônica Veloso está no direito dela de viabilizar recursos para sustentar a filha. Eu a respeito" falou sua excelência. Puta merda, como se uma mulher dessas precisasse de grana, pendurada no pescoço do Renan como está!
E o mais engraçado é que a revista vendeu que nem água lá. Só uma banca contabilizou 103 exemplares num só dia. Isso é que é interesse pela notícia! Enfim, entre desculpas esfarrapadas e edições de imagem ficou nossa mulher - nossa não, do Renan! - aparecendo em todas as manchetes de todos os jornais do pais.
Na Band, ou Rede TV, nunca sei mesmo onde o Cabrini está. O que interessa é que o cara estava entrevistando a dita e de repente deu a fazer perguntas sobre nosso nobre senador. A mulher ficou louca, quase jogou a cadeira na cabeça dele! Mas não é exposição que ela quer? Por que então se abriria toda numa revista masculina! Depois fica fazendo tipo de ofendida na televisão pra sei lá o quê. Talvez ganhar um pouco mais de tempo de fama.
E eu ainda quero arrumar um emprego nesses lugares. Devo ser maluco!
quinta-feira, setembro 27, 2007
A descoberta.
Que merda!!!!!
segunda-feira, setembro 10, 2007
Momento de Indignação.
Os desgraçados tiveram a pachorra de me darem 60 na prova de inglês. E isso era a nota mínima!!!!!
Eu devia é ser recompensado por ter que suportar uma prova tão idiota!
Tédio... De qualquer forma vou lá amanhã pra pegar meu certificado e fazer inscrição no mestrado.
sexta-feira, setembro 07, 2007
Dica importante.
quinta-feira, agosto 30, 2007
Sobre nada.
E a prova do mestrado? Bem, o que tenho a dizer... Uma coisa que estava prevista para durar três horas. Entregam-me um texto de uma página pra ler e depois responder a questões de interpretação de texto do tipo que fazia na quarta série. E eu creio que entendi muito bem o texto... Diga-se de passagem achei ele muito vago! Mas foda-se, dia dez sai o resultado e verei se me fodi ou não.
E ainda estou tentando escrever o raio do livro!
terça-feira, agosto 28, 2007
A ciência evoluindo o mundo!
Ou seja, nada mais do que a velha bunda... E os caras gastam tempo e dinheiro com isso provavelmente. Por isso voltarei à academia no menor tempo possível!
Pra encher linguiça.
Estou escrevendo um livro novo que se chamará "Como escrever um épico" e entrará para todas as galerias de clássicos e mais vendidos do mundo até o meio do ano que vem. Mas antes tenho que ganhar um pequeno concurso com ele. Sendo assim forçado a terminá-lo até novembro... Acho que gosto de pressão mesmo.
Amanhã é minha prova de inglês para o mestrado em letras! É de manhã e vamos ver se não enrolo a língua na hora. Mais notícias amanhã.
sexta-feira, agosto 17, 2007
Presidente da Philips se desculpa por "deboche" sobre o Piauí
Agora acaba-se o copiar e colar.
O negócio é o seguinte; se um Estado precisa disso para se fazer notado é porque o homem tinha razão, não é? Além do mais, quem, entre os meus cinco leitores, já foi ao Piauí?
quinta-feira, agosto 16, 2007
Gênios Cibernéticos
Certo que xingar presidente tem sido o esporte nacional desde a redemocratização, mas isso não se tornou um pouco ridículo? É certo que essa gente copiadora, coladora e xingadora em sua grande maioria não passa de indivíduos de classe média exercitando sua pequenez intelectual para o mundo. Já que agora ficou mais fácil divulgar asneiras por aí por que não colocá-los onde todo mundo possa ver? Quem quiser um exemplo disso vá a uma comunidade no Orkut chamada "Brasil". Uma das maiores do site, por sinal.
No meio, esse tipo de gente ganhou o apelido chique de flamer - como se algo escrito em inglês fosse mesmo chique -, aquele que gosta de escrever coisas só pra ver o pau quebrar. Sei que a maioria deles não passa de adolescentes desocupados, mas desde que recebi correio eletrônico de amigos meus com os mesmos textos começei a ficar com medo. Será que o mundo classe média do Brasil é tão estúpido assim pra se contentar com um monte de besteiras sem fundamento ou prova só pelo prazer de xingar o Lula? Eu também tenho minhas críticas a ele, mas não fico colando e copiando coisas por aí. Prefiro ponderar e analizar caso a caso. Cacoete acadêmico...
Pra terminar, o que eu quero realmente dizer é que me deixa triste ver gente que tem um pouco mais de dinheiro e instrução que os outros sair falando merda por aí como se fosse a maior verdade da Terra. O mesmo povo que gastou uma boa grana com ingressos para a cerimônia de abertura do Pan-americano e tacou a vaiar o homem para o mundo todo. Como se vaias e xingamentos resolvessem algo...
Enfim, classe média brasileira com conexão banda larga e um pouco de grana pra gastar não consegue passar de mero "povinho" fazendo isso. Uma gente estúpida que nem os pobres muito menos os ricos de verdade dão importância. Apenas olham suas passeatas e protestos de camisas brancas contra a violência e por vôos na hora marcada pensando e rindo: "que povo idiota!"
segunda-feira, julho 30, 2007
O Vendedor
Nem havia chegado ao meio da manhã e ele estava lá, na televisão. Vestia uma camisa social de impávido branco, ostentando um relógio dourado de proporções titânicas no pulso direito – sim, trata-se de um vendedor canhoto – e um anel igualmente colossal no anelar esquerdo. E gesticulava... Como gesticulava!... Parecia um desses afogados tentando desesperadamente voltar à tona tal o modo como ele balançava os braços, tomando toda a tela. Chegava mesmo a gritar, compre! Compre tudo que puder, o que estamos oferecendo! Pois sou um vendedor e é esse o nosso ofício!... Duro ofício deve ser o de fazer os outros gastarem o que não querem... Por isso o homem de impecável branco, cabelos castanhos meticulosamente penteados e acessórios mais brilhantes que o sol gesticula, grita, ri. Só não chora pois não convém ao vendedor chorar, a não ser para usar da compaixão do comprador. O que não é o caso deste vendedor. Ele não quer usar de artifício tão baixo e vil. Prefere a alegria, pois sempre disseram por aí que a alegria é a melhor vendedora que há. E quem é ele para discordar da voz da maioria, ele que vive dela o tempo todo, fazendo-a sonhar com mundos dentro de caixas de papelão?
A manhã vai passando e, incansável, continua ele a apregoar seus produtos. Talvez nem saiba mesmo do que está falando. Muitas vezes não o sabe. Leia o que está no papel que está mais do que bom, dizem pra ele. Lê. Chega até a entusiasmar-se com o que lê. Imagina o tipo de utilidade que tal invento ou aparelho novo pode ter para o consumidor. Pode ser até um belo serviço público o que faz! Ora, um homem faz o que sabe! E se ele sabe vender, por quê não pensar no bem que uma nova batedeira pode trazer? No fundo sou um benfeitor!, diz a si próprio no espelho do banheiro durante os intervalos, batendo no peito com orgulho. Sim, o vendedor tem pendor para o drama, o patético. Muito provavelmente foi um ator mal aproveitado no teatro e na televisão por não ser tão jovem ou tão bonito como deveria ser ou por ambos. Pensando assim, nem mesmo poderia vender nada... Porém, um jogo incrível do destino o colocou na frente de uma câmera. Um jogo o qual nem vale a pena discorrer aqui posto ser complicado, longo e fastidioso demais.
O programa já está quase no fim e o vendedor ainda exibe energia e frescor como se pudesse continuar ali por todo o dia. Em verdade terá que voltar mais à tarde, à hora na qual quase todos já estão em suas casas, cansados e prontos para ouvir suas prédicas. Compre, compre, compre! Seu grito alegre ecoando por todos os cantos do país. Hipnotizando todos os televisores do país. O vendedor é a própria alma dos outros, traduzida em luzes e números de cartão de crédito.
Por fim, quando não há mais nada para vender os televisores e telefones são desligados. O vendedor, que durante quase todo o dia berrou alegremente seu bordão, volta ao espelho do banheiro dizer novamente Sou um benfeitor! para sua sorridente e cansada imagem do outro lado. Lava o rosto, ajeita os cabelos levemente despenteados e vai embora da emissora, que parece até perder um pouco o brilho depois de sua partida...
sexta-feira, julho 20, 2007
Notícias de Entrelinhas...
Ou seja, o carnaval começou mais cedo por lá!
quarta-feira, julho 18, 2007
Energia em Curto
E como todo milagre, veio do céu. Terminando por escorregar numa pista encharcada e bater de frente no prédio da TAM linhas aéreas.
Agora sim estamos aparecendo no noticiário internacional!
Sem querer fazer graça com as pobres pessoas que morreram no acidente, mas tem que ser logo uma tragédia dessas para este país acordar pra vida, ainda que por pouco tempo? Esta manhã na televisão só se passavam imagens dos destroços, sempre entremeados de uma ou outra competição ou entrega de medalhas. Nem mesmo no meio do desastre conseguimos olhar de maneira séria pra alguma coisa!...
Pra terminar, ninguém liga pra esse Pan, exceto os bobões que assistem televisão o tempo todo e meia dúzia de políticos e empreiteiros que faturaram horrores com as obras superfaturadas. Enquanto isso o povo chora pela menina que não conseguiu uma medalha de ouro dia desses. Os aviões caem, o país está uma merda, mas o Pan é no Brasil!...
terça-feira, julho 17, 2007
Okami
Chama-se Okami o grande feito.
Nada do que eu poderia dizer aqui conseguiria exprimir a beleza e a delicadeza desse jogo. É lindo só passear pelos cenários, apreciando os gráficos baseados em pintura tradicional japonesa, com traços grossos e expressivos, como feitos com pincel. Aliás, o próprio pincel tem uma bela função no jogo, mas isso falo mais na frente.
Certo, parece coisa mais clichê que vocês, meus cinco leitores, já viram na vida. Principalmente quando se é apresentado a Issun, um "artista andarilho" como ele mesmo fala. Um sujeitinho com o tamanho de uma pulga embora fale mais que lavadeira, além de ser um mulherengo safado de primeira linha. Tudo para ser o alívio cômico do jogo. Mas em se tratando de comédia, até a própria Amaterasu faz das suas. Na forma de um lobo idiota consegue ser engraçada até na hora das batalhas dramáticas.
Enfim, no decorrer do jogo, a história vai se complicando e o quadro de personagens com os quais a dupla Issun e Ammy(como ele a chama) vai interagindo aumenta enormemente. Desde um descendente do famosso Nagi da lenda, um cara preguiçoso e beberrão, até um menino e seu cachorro.
Por fim, falando do pincel. Uma das belas sacadas do jogo. Ammy tem o poder de invocar um pincel divino com diversos poderes dependendo do desenho que se faça - desenha-se livremente na tela, que fica cinza nessa hora. Poderes esses liberados ao longo do jogo. Um dos mais bonitos é o de fazer as plantas renascerem. Usá-los nas cerejeiras para expulsar a maldição de uma área é uma das cenas mais lindas e sensíveis do jogo. Tudo isso acompanhado por uma trilha sonora muito legal!!!
Bem, fim do momento babação. Outro dia talvez fale de outro jogo: Ar Tonelico. Agora vou trabalhar que meu pai já está me olhando com cara feia.
terça-feira, junho 12, 2007
Os Namorados de Rua.
Tudo seria até suportável não fossem os vendedores - sim, sempre eles! Essa gente, cujo principal requisito no emprego é ter sangue de barata, muitas vezes ficam postados nas portas das lojas apenas esperando que incautos passantes diminuam o passo frente a eles. Logo começa o festival de oferecimentos de presentinhos "a(o) namorada(o)". Não importa que você diga que não tem namorada, que é um ser assexuado e anti-social, desejoso de ver o mundo arder nas chamas do inferno por todo sempre - o que não é o meu caso, pelo menos na parte do assexuado. Não importa nada, eles oferecem assim mesmo. Chego até a pensar no que eles diriam se eu passasse e respondesse assim: "Cu?, não obrigado" bem alto, para toda a rua ouvir. Pena que eu seja bonzinho demais pra isso.
De todo jeito, esse dia parece que foi proveitoso para mim. Sim, pois mesmo que não tenha namorada com quem dar uma trepadinha amorosa no dia de hoje tive a sorte de encontrar um gravador de DVD por módicos 100 pilas! E do jeito que eu precisava!
Sei que essas merdinhas eletrônicas não são nada comparadas a uma boa trepadinha - não sou assexuado, lembram? Contudo, uma vez que não tenho perspectiva de encontrar nenhuma moça interessante no mundo pedroleopoldense no qual me encontro agora, acho que ficou mais em conta gastar com um brinquedo desses.
Quem sabe ano que vem...
Quem sabe eu diga, "Cu? Não, obrigado."
sexta-feira, junho 08, 2007
Crônicas Rurais - Parte 3
Bem, havia o frio cortante e a cerveja cara. Havia também as músicas ruins. Mas também havia, para salvação da noite, a garçonete. A garçonete que servia o camarote onde estava e da qual não consegui tirar meus ébrios olhos durante toda a noite e que mereceria uma ode em sua homenagem. Pena que ela era casada... A vida tem dessas coisas.
Por fim, a cortina do palco se abriu para uma aprensentação da dupla musical(?) Cezar Menoti e Fabiano. Sinceramente, isso parece mais nome de trio. De qualquer jeito a música era uma porcaria e eu enveredei pelo uísque e as curvas da garçonete que passava célere entre todos.
quinta-feira, maio 17, 2007
Crônica de um Ladrão de Almas - Capítulo 3
Quando você pensa que está se encaminhando para um bom início de história, eis que aparecem lugares até antes esquecidos do narrador. Pois ainda há muitas vidas a se tratar e o tempo para isso muito pouco...
Portanto vamos logo para uma rua escura no meio de uma noite dessas que pessoa alguma gosta de lembrar. O cenário pode parecer daqueles que fazem a alegria dos adoradores dos filmes de suspense clichê ou de outros não tão adoradores assim, mas que apreciam uma diversão comum. Ambos bons tipos de pessoas, honestas, com seus empregos, ordenados e rotinas. Vão a um cinema numa noite calma e escura, imaginando esquecer um pouco de suas vidas tranqüilas durante as duas horas e pouco de projeção. Provavelmente vão acompanhados, mas isso não importa agora. Não mais.
O fato é que nesta mesma noite escura e clichê, pessoas as quais os nomes são irrelevantes fizeram com que a rua, as pedras da rua, os tijolos das construções e o cinema em si, juntamente com todas as pessoas que lá dentro estavam, voassem pelos ares na maior explosão que aquela cidade já havia presenciado.
A localização de tal cidade também não importa, uma vez que todos já a conhecem pelas imagens da televisão. Os destroços das construções e das pessoas do bairro onde havia o cinema circularam o mundo poucos minutos depois do estrondo. Junto com ela o nome Meníacles, repetido como uma espécie de oração, um mantra negro o qual apenas dizia das desgraças explosivas que vêm acontecendo há alguns anos. Os apresentadores dos telejornais da noite o repetem com a mesma devoção que um padre em sua missa. Fazem lembrar de outras tristezas que tal nome tempos atrás havia produzido, estourando imagens de sangue e queimaduras passadas, guardadas para um momento esperado como este.
Diante de um dos milhões de aparelhos de televisão a transmitirem os choros dos sobreviventes e os lamentos dos repórteres e políticos está Antônio Costa. Afinal conseguira chegar em casa, apesar do sono pesadíssimo que lhe acompanhou a viagem toda. Entrou e não havia irmão nem ninguém em casa. Sem ânimo ou fome para comer qualquer coisa foi à cozinha extrair uma caixa de leite da geladeira e um pó achocolatado da despensa para enfim desabar na poltrona e ligar a televisão.
Não tinha muita idéia de porque toda aquela gente estava tão emocionada. O sono toldara-lhe o entendimento. Simplesmente assistia à infinidade de entrevistas, imagens e fotos como se fizessem parte de algo fora do mundo. Percebia que falavam do tal Meníacles como uma espécie de demônio que veio levar a humanidade ao caos. Uma criatura que não se sabe ao certo qual seria o rosto, quando o comum para os profissionais do medo seria mostrá-lo sempre a fim de insuflar mais medo por sua imagem terrível. Também não se sabia seu nome, posto que aquele fora dado por um jornalista depois de um ato parecido ocorrido num centro de compras grego. A razão de tal nome escolhido em detrimento de tantos também jamais foi esclarecida, o jornalista que o dera desapareceu misteriosamente semanas depois de escrevê-lo no jornal em que trabalhava. Isso ajudou a fazer com que o nome dado se espalhasse rapidamente e cristalizasse a sutil crença de que foi a tentativa de nomear o demônio que fez com que o pobre homem desaparecesse.
Contudo, essas filigranas religiosas e profissionais passam muito ao largo de Antônio, já completamente imerso em sono invencível.
Daqui a pouco seu irmão chegará do bar onde esteve com a noiva e mais um grupo de amigos, retirará Antônio da poltrona e ambos irão para seus quartos dormir. Nenhum dos dois se importará com o conteúdo do telejornal da noite quando acordarem.
Sim, ninguém se importa. Quando as imagens de morte pararam, bem depois de Antônio adormecer, substituíram-nas por moças alegres numa tarde de sol em algum canto do mundo. Era o primeiro dia de sol depois do mais longo dos invernos naquela região aonde temperaturas polares chegaram a ser registradas. As moças estavam alegres. Pararam sua brincadeira ao sol fraco do início daquele verão apenas para conversar com o repórter. Ele também esperando o momento em que pudesse largar o fardo de sua profissão para ficar sob aquele sol, talvez até ao lado daquelas moças...
Repórteres em si são pessoas esperançosas. Dormem e acordam imaginando sua grande virada, a história que os levarão aos píncaros da glória de sua profissão, ou pelo menos a um ordenado maior. Sempre esperam algo. É do seu trabalho. Não podem criar nada, não podem dizer “ali está” sem que esteja realmente. Nisto reside sua maior angústia.
Por isso trocaram as imagens de morte pelas de alegria. Não sabiam mais como lidar com algo acabado de ser criado ali mesmo, bem na frente deles. Algo que nunca poderiam fazer pois a criação está fora de sua alçada. As imagens de sol e moças felizes são mais fáceis de serem controladas posto que se repetem de ano a ano naquele país que mal conhece o calor. Em verdade não há criatura mais infeliz que eles, pois são os únicos condenados a viver inteiramente no mundo e do mundo, sob pena de perderem toda a personalidade. Todo repórter é um poeta que não pode sonhar.
Mas deixemos suas angústias aqui por enquanto. Muito ainda irá se tratar deles no decorrer disto, e é preciso que os personagens apareçam e digam logo a suas falas para que ninguém se sinta entediado por resolver acompanhar esta história.
Crônicas Rurais Parte 2.
Na verdade devo dizer que esse bar tem uma peculiaridade que jamais tinha visto em qualquer outro, mesmo aqui, neste lugarejo. Todos sabem que durante determinados horários do dia esses lugares onde se vendem cerveja e outros derivados do álcool ficam vazios. Ao menos vazios de qualquer um que tenha alguma responsabilidade durante o dia. Enfim, esse bar não.
Caso não tenham advinhado, digo logo de pronto. Nunca, em horário nenhum, há pessoa alguma lá, exceto o dono. Ninguém bebe nada, come um lanche ou entra no lugar. Ficando o mesmo completamente deserto todo o tempo. A parte isso, não se esboça o mínimo movimento no intuito de se fechar o estabelecimento. Sim, porque imagino que o dono de tal aberração deva pagar a energia com que alimenta as lâmpadas e as geladeiras, deve comprar bebidas e comida para vender. Deve ter as despesas normais que um bar deve ter.
Todos os dias que passo por ali penso em entrar e desvendar o segredo disso. Mas todas as vezes sou bloqueado por uma preguiça imensa e o medo de saber que a magia do lugar pode ser quebrada por uma coisa tão prozaica como uma boca de fumo ou coisa assim.
No fim das contas prefiro ficar com a poesia do dono do bar que passa os dias asssistindo à televisão. Sozinho.
segunda-feira, abril 30, 2007
O Homem sem Barba.
A luz refletida na lâmina e depois no espelho me levou a tempos e lugares onde a barba é sinal de prestígio social e até de poder. Em Atenas, na antiguidade, um homem só era considerado cidadão capaz e maior depois de desenvolver barba - nesse caso eu seria uma eterna criança lá. E a barba sempre foi um símobolo de força e respeito entre os orientais, principalmente os muçulmanos. Até pouco tempo atrás, exigia-se no Afeganistão que um homem devesse ter a barba do tamanho de seu punho sob pena de severos castigos e quem sabe até morte. Certamente o Afeganistão seria um lugar terrível para imberbes como eu...
Então, desta viagem fui catapultado de volta ao presente e meu banheiro. Fiquei só, eu com minha barba. E pensei: se a barba tem toda essa simbologia, não seria melhor que ela fosse eliminada de uma vez das mal escanhoadas faces dos homens? Pois assim ninguém mais poderia jurar coisa alguma sobre o fio de seu bigode ou elevar a barba à categoria de escudo de sua honra masculina. Não haveria como pôr as barbas de molho, acabando assim com um dos mais conhecidos chavões de dissimulação e esperteza que existem. Em suma, o mundo seria um lugar melhor, e mais limpo, para se viver. Com menos lâminas e menos sangue a escorrer por elas para ser limpo com uma toalha ou papel higiênico.
No alto de minhas divagações pensei numa espécie de paraíso terrestre, onde muldidões sem pêlos se abraçavam e passeavam em campos de antigas lâminas enferrujadas. E com os olhos marejados pus-me a barbear-me!
terça-feira, abril 17, 2007
Crônicas Rurais.
Some-se a isso ao fato de eu acessar computador apenas do trabalho, o que dificulta ao máximo qualquer palhaçada que eu venha querer postar aqui. Minha alforria vem se dando somente aos fins de semana, quando volto para meu antigo apartamento para matar as saudades de meu amado computador de minha cama, que nunca pensei que fosse tão confortável.
Mas deixemos de explicações e passemos à esculhambação geral.
Dia desses estava eu caminhando pela rua principal da "metrópole" de Pedro Leopoldo onde vivo agora e resolvo sentar no boteco. Nada melhor para fazer, considerando-se que o cinema local está a passar um filme já saído de cartaz ano passado em Belo Horizonte. E quem quer cinema mesmo e gastar dinheiro com essas coisas quando se pode assistir a tudo do conforto de seu lar? Deve ser assim que as pessoas pensam aqui...
Continuando, enquanto estava eu a degustar uma cerveja - que, ao menos, veio gelada - resolvi prestar mais atenção à um fato peculiar do logradouro: Bicicletas. Centenas delas, senão milhares. Isto é, se a conta populacional daqui puder ser medida em milhares. O fato é que elas disputam palmo a palmo espaço da rua com os carros e até caminhões. Muitas vezes têm mais preferência que eles. A grande maioria delas possui a famosa cestinha na frente para carregar os pertences dos condutores. Esses vão de simples sacolinhas de supermercados a coisas que não sei definir direito embora sejam grandes. Me ocorre agora que é melhor não tentar definir, pode ser traumático demais.
Enfim, minha vida é essa de contato com a natureza e o ar puro do campo. Sem o stress de Belo Horizonte, seus personagens malucos, seus botecos, as moças da faculdade...
Pelo amor de Deus, me tirem daqui!
quarta-feira, abril 11, 2007
Novidade do dia número 1!
Eu devo perder em torno de uns dois meses por ano no mínimo. E nem vou contar o tempo que passo dentro de um boteco senão entro em depressão!
Onde está meu Prozac?!
E novidade do dia número 2!
Depois ainda estranham eu falar tão mal de acadêmicos...
E o pior que que bacon só presta na pizza e em raras vezes como ingrediente secundário em outros sanduiches! Enfim, o povo estava com bastante tempo.
terça-feira, abril 03, 2007
Os rumores do rock.
Um dos pontos da lista diz que "Jim Morrison foi morto por integrantes do governo Richard Nixon. Ou fingiu estar morto. Ou morreu de ataque cardíaco em um quarto de hotel em Paris enquanto se masturbava". Bem, se fosse comigo, preferia milhões de vezes morrer por uma conspiração de um governo que de punheta... Acho que Morrison também concordaria com isso.
Enfim, existem algumas coisas engraçadas, outras nojentas - na verdade a maioria é nojenta. Umas bem conhecidas como aquela da mulher de David Bowie que pegou o maridão na cama com Mick Jagger.
Difícil deve ser encontrar uma dessas pessoas pra desmentir os rumores. Até porque essas coisas fazem parte da mitologia que eles gostam de passar.
Mario em Vice City!
Uns malucos fizeram esta animação(até bem feitinha na minha opinião) combinando Mario com GTA, um dos títulos de videogames mais violentos e politicamente incorretos que existem hoje. E o resultado ficou bem bacana!
Atentem para o hilário sotaque da dupla de bombeiros!
quinta-feira, março 29, 2007
Dúvida.
Eu mesmo sou um preguiçoso do cão para postar qualquer coisa aqui, mas pelo menos tento encontrar um bom motivo com o qual encher um pouquinho os servidores do Google. Acho que o Hulk anda dando muito trabalho pra ele. Também, com aquele nariz(piada idiota mesmo)!
quarta-feira, março 28, 2007
PFL muda de nome.
O nome não é o que se pode chamar de primor da criatividade. Penso até que o FHC poderia processá-los por plágio depois dessa. Já pensaram ele fazendo isso? Ou quem sabe é o contrário, um modo de voltar às pazes com o PSDB depois da merda que deu na eleição do ano passado. De qualquer jeito o negócio deles é apagar o estigma que a antiga sigla deixou e arrumar mais gente para entrar no barco. Sabe-se lá como eles pretendem fazer isso.
Mas tem uma coisinha que ninguém ainda mencionou: ACM aprovou essa brincadeira toda? Se não, nem quero pensar no destino dos pobres coitados!...
Por fim, alguém - entre os meus cinco leitores - gostaria de imaginar como seria o logotipo do "novo" partido?
É foda!...
Pois é... Resta então aos milhares de jornalistas recém formados dar o sangue num jornaleco de bairro ou do interior e, caso não goste disso, arrumar qualquer outra coisa pra fazer da vida e esquecer do diploma.
Isso sem considerar trabalhar para alguma grande rede, onde os critérios de admissão versam sobre peixadas, automatismo mental além de níveis titânicos de arrogância e estupidez. Ou seja, muito difícil de valer a pena para alguém com o mínimo de senso crítico.
O jeito vai ser tentar virar professor mesmo. Se os departamentos já não estivessem cheios de gente!
sexta-feira, março 23, 2007
Garotinho Online!
Será que ele também não está sendo bem servido nos jornaizinhos da igreja dele? Um mistério a ser resolvido...
De qualquer forma ele continua em sua formidável cruzada contra a demoníaca Rede Globo, o governo, os partidos, o Rio de Janeiro, Deus e o mundo. Enfim, o homem é uma sumidade!
Então, pra que se interessou em azucrinar, digo, acompanhar o blogue, aqui está o link.
Blog do Garotinho
sexta-feira, março 16, 2007
Formaturas Fluminenses.
Imagino que alguns agora queiram saber como foi a tal festa. Mas pensei em fazer algo melhor do que simplesmente contar a vocês sobre roupa apertada, cerveja quente e funk no final da noite. Inspirado na postagem "Manual Prático de Cultura Pop", de minha humilde autoria e cujo link não irei pôr devido a preguiça extrema, resolvi explorar certos pontos dessas reuniões tradicionais.
1 - Escolha sempre aquela roupa que você nunca usa mesmo. Aquelas que sempre apertam e te fazem parecer um boneco quando está andando. Acho que deriva daí o tal "andar elegante". Fora o fato de que o criador dos sapatos deve ter sido algum torturador ou coisa assim.
2 - Fique o mais longe possível de seus familiares, a não ser que deseje que sua mãe o empurre para dançar o Bonde do Tigrão lá pelas tantas da madrugada.
3 - Se você for homem é melhor se conformar e ficar bebendo calmamente num canto, pois mulher nenhuma vai te dar conversa. Elas preferem ficar fofocando entre elas do mesmo modo que fazem todos os dias, sabe-se lá o motivo disso. Ou sua querida irmãzinha já fez o favor de acabar com sua imagem antes mesmo de sua chegada.
4 - Comida de festa de formatura é sempre boa depois de uma tarde e uma noite inteiras sem pôr nada no estômago. Infelizmente não foi o meu caso.
5 - Por último, já que você não vai pegar ninguém mesmo - se for homem, é claro - fique o mais perto possível do ponto de onde saem os garçons com cerveja. Será o melhor lugar com certeza.
Por hora é o que eu posso dizer. Já estou até pensando em fazer uma segunda edição atualizada do Manual Pop. Acho que vou fazer mesmo...
quarta-feira, março 07, 2007
Uma segunda vida inteira.
O fato é que esse Second Life vem crescendo absurdamente nos últimos meses. Empresas vêm abrindo "escritórios" virtuais nessa segunda vida. Até a Petrobras já pensa em abrir sua filial por lá.
Então, eu fiquei pensando: O que um jogo, que na verdade não é jogo nenhum, tem de tão especial para que tanta gente fique interessada por ele? Baixei o programa no meu computador e não vi nada demais naquilo. Mas ainda não fiquei satisfeito. Second Life não parece ser como os MMORPGs comuns, embora ao mesmo tempo seja idêntico a eles. As pessoas entram naquele mundo para ser o que elas sempre quiseram ser da mesma forma que alguém entra num Warcraft para se sentir um guerreiro ou um mago. Porém Warcraft não está mobilizando tantas empresas grandes do mundo como Second Life.
Há quem diga que o que ele traz são mais possibilidades futuras. Uma vez que empresas reais criam suas versões virtuais, as possibilidades de interação passariam a ser infinitas. Pessoas poderiam até "viver" em tempo integral dentro daquele mundo, já que poderiam trabalhar e se divertir dentro do programa como se fosse realmente uma imitação da vida. Nisso a coisa se distancia dos jogos online comuns. A interação com um mundo totalmente mítico e irreal passa a dar lugar a uma espécie de para-realidade, um duplo do mundo existente com possibilidades ampliadas.
Desse ponto em diante começam as elucubrações acadêmias, as quais não estou muito afeito há algum tempo. Resta saber se Second Life é tudo isso que dizem ser ou apenas mais uma versão dessas bolhas da internet que de tempos em tempos aparecem e depois somem sem deixar rastros. Mas como dizem por aí, as possibilidades são infinitas.
domingo, março 04, 2007
"Integrante do RBD, assume homossexualismo"
Quem sabe desse jeito eu não me introduzo no mestrado? Sem maldade, é claro!...
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Raiva
Por fim chegamos à vida moderna e a raiva agora é quase produto comercial. Vendem-na nos telejornais da noite quando falamos dos bandidos e terroristas. Vendem a raiva da pobreza, da tristeza, do tédio, do amor. Distribuem-se aos montes por aí a raiva das gorduras a mais ao mesmo tempo que dos exercícios. Bradam aos quatro ventos a raiva à seriedade e à velhice como uma concequência dela. Também se enraivece contra a juventude, uma vez que ela é muito curta com sua beleza rápida.
E para que toda essa raiva cresça é preciso que em primeiro lugar se publique a raiva à profundidade e, principalmente, raiva à cultura. Somente então teremos uma sociedade cheia de raiva, como a nossa.
As pessoas de um modo geral têm muita raiva. Porém, preferem dar outros nomes à ela como individualidade(raiva das outras pessoas) e amor ao trabalho. Este último sendo o mais útil à raiva, pois trabalhando-se o tempo todo não se tem tempo para pensar em si. E pensar em si durante um certo tempo sempre leva à angústia, que é a maior inimiga da raiva, posto que é incerta, ao contrário dela. As pessoas que trabalham muito sempre têm uma grande raiva da angústia, coisa fácil de se perceber.
De qualquer modo, a maior de todas as formas de raiva é sempre a esperança, que não passa de raiva da realidade e do presente. Criamos ilusões futuras para que suportemos um lugar e uma situação que nos incomoda, embora quaisquer outros cheguem ao mesmo resultado.
Contudo, por mais que se diga, todas essas formas de raiva não chegam nem perto da verdadeira. Aquela que vez sobreviver uma espécie fisicamente incapacitada. A ela é preciso que durma sempre e jamais demonstre o menor indício de ação. Pois a verdadeira raiva paira o tempo todo sobre a cabeça das pessoas como uma espada... Pode-se dizer até que como uma forma de angústia.
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Carlos Nascimento pode dividir SBT Brasil com Cynthia Benini
Será que o Silvio vai obrigar o coitado a cruzar as pernas coreograficamente com ela também? Imaginem a cena!
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
O menino de todos.
Deu até na novela a notícia da morte do pobre menino arrastado por um carro!
Estava pensando em colocar um conto meu pra movimentar isso aqui mas mudei de idéia com o que tenho visto hoje. E pelo que vi um bando de drogados idiotas roubou um carro, terminando por matar o menino que não conseguiu se dessamarrar do cinto à tempo.
Certo, digam que são canalhas, vis ou qualquer coisa assim para acalmarmos os ânimos exaltados pelo fato. Um fato nojento, admito. Mas, como sou um sujeito muito do contra, fico pensando: Porque será que todas as vezes que esse tipo de crime acontece vem um monte de gente falando em redução de maioridade penal e endurecimento do código penal brasileiro?
Aconteceu a mesma coisa quando mataram uma menina que havia viajado escondida com o namorado há alguns anos atrás. Era uma menina muito bonita e nesta época eu estava produzindo uma reportagem na qual uma das suas partes era uma conversa com o diretor do IML(Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte. Isso incluindo cenas da geladeira dos defuntos e da sala de autópsia. Enquanto assistia aos VTs - pois não tive coragem de ir à externa - ficava pensando na pobre menina que provavelmente teve seu corpo e o do namorado levados para um lugar parecido, cuja definição é mais do que nojento. Tinha embrulhos no estômago toda vez que pensava nessas coisas. Nesse caso os assassinos também eram menores e drogados e por semanas os jornais e as televisões teceram a ladainha de agora.
Claro, os dois crimes são horríveis, merecem todo o rigor que a lei tem para coisas desse tipo. Agora o que é difícil de engolir é esse clamor por sangue sempre que essas coisas ocorrem. Parece até que estamos na Idade Média!
Pois vamos pensar um pouco: O que se ganharia aumentando a maioridade penal ou mesmo endurecendo o código? Sabe qual é a resposta? Nada, absolutamente nada! Os presídios continuariam tão abarrotados como sempre, cheios de gente que mata e morre por menos que um prato de comida. As casas de recuperação de menores seriam oficializadas como presídios de fato - o que ocorre já extra-oficialmente - onde as leis de sobrevivência não seriam melhores. A justiça continuaria a ser lenta ou até mais lenta. Uma vez que crimes praticados antes por menores iniputáveis passariam a merecer julgamento normal e todas as prerrogativas que a lei exige para sua execução. Enfim, o aparato de repressão continuaria tão obsoleto e corrupto quanto é hoje. Quem sabe até mais, a fim de facilitar a vida de alguns abonados.
Contudo, há ainda as vozes que não se calam. Hoje mesmo vi o senhor Luís Datena, por quem nutro um desprezo infinito, pregando pena de morte para os sujeitos. Pior, conclamanto seus espectadores a comungarem de sua visão de mundo e até participarem de uma enquete na qual perguntava qual a melhor pena para os criminosos; a capital ou perpétua. No momento que eu vi, a primeira opção ganhava disparado.
Essa comoção deve durar pelo menos até a semana que vem, quando as redações encontrarem outro assunto melhor a que se pegar. Talvez algum novo escândalo do governo ou coisa parecida. Mas enquanto esse espetáculo de morbidez continuar dando frutos publicitários não haverão motivos para que o esfriem. E sendo assim, por que não chamarmos juristas e especialistas para discutirmos novas formas de punir! Isso sempre dá audiência!
O ser humano é a única espécie que conheço que gosta de revolver seus próprios cadáveres. Não se contenta em simplesmente deixá-los ali, quietos e dignos enquanto continua seu caminho. Tem que gritar, berrar a morte a todos os cantos. Explicações para esse comportamento existem muitas, como as que existem para explicar as pessoas que gostam dos reality shows, e não é meu intuito falar delas aqui e agora.
O que é triste, talvez até mais triste que a própria selvageria do ato de matar em si, é a selvageria das pessoas que insistem em consumir isso no café da manhã como se fosse o mais requintado dos pratos, degustado com uma paixão desmedida. Nesse ponto os jornalistas e editores poderiam ganhar até um momento de condescendência. Afinal é da natureza humana gostar do horror. Vivemos do horror e nos deleitamos nele. Logo, o crime de se explorar sensassionalisticamente a morte de um pobre menino de seis anos passa até batido. É tudo pela informação. A liberdade de informação. A liberdade de continuarmos a ser um bando de animais selvagens que se compraz em linchar criminosos enquanto não tem coragem de ver o quanto somos idiotas em repetir sempre as mesmas besteiras.
Até o próximo crime.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
De pernilongos e olhos duros.
Não que a série seja capaz de afiar o estado de alerta das pessoas. Na verdade não passa de mais uma pastiche norte americano com um finíssimo verniz de seriedade. Em suma; agente anti-terrorista machão e másculo passa por cima de tudo para impedir que seu querido país seja atacado por terroristas canalhas e assassinos. Eis o enredo principal. Mais idiota impossível! Tão idiota que chega até a serem engraçadas as reviravoltas de última hora a que o roteiro se presta. Tudo forçando a barra a limites extremos...
De qualquer maneira o programa acabou e estou aqui...
No messenger acusam duas pessoas com quem eu poderia falar. Infelizmente não estou com muito assunto para conversar à uma e cinquenta da manhã. Quem sabe outro dia. Até porque eu deverei estar de pé daqui a mais ou menos quatro ou cinco horas. Tempo que descobri ser insuficiente para mim.
Dizem por aí que os insones sempre são os mais criativos. Talvez porque gente assim consiga pensar em mais besteiras enquanto o resto da humanidade está dormindo confortavelmente em suas camas. Balzac quase não dormia, Dostoiévisk não só passava muitas noites em claro como também as passava não raras vezes rodeado de putas e jogatina. Eu não estou rodeado de putas mas das minhas roupas sujas e minha cama desarrumada. Mesmo assim, posso dizer que estou em boa companhia pensando no caso deles.
E atravessando a noite de olhos pesados eu vou. Acompanhado de alguns pernilongos chatos que insistem em me rodear. Criaturas chatas que não compreendem a grandeza do processo criativo!... Bem, não que eu esteja criando algo que preste neste exato momento, mas ficar de olho numa tela de computador a esta hora é complicado. E os pernilongos! Parece que eles sabem quando você está querendo se concentrar e te picam com mais vontade ainda. Como que para te trazer para a realidade dizendo "vá dormir, seu idiota, que você não tem nada de bom para escrever". Que eu não tenho nada de bom eu já sei desde que começei isto. Mas e daí? Sei que só uns quatro ou cinco vão ler isto amanhã, se lerem. Não me importa muito.
Já são quase duas e vinte e acho que preciso terminar com isso. Vou tentar cochilar um pouco até o sol aparecer. Ainda bem que hoje não foi dia de insônia pesada. Mas ele sempre chega, mais dia menos dia. E quando isso acontecer, haverão textos sem tamanho por aqui.
Até.
terça-feira, janeiro 16, 2007
Como é maravilhosa a tecnologia!
Bem, eu havia imaginado que depois do pastelão que um senhor desembargador aprontou semana passada com o Youtube, nossos magistrados procurassem mais o que fazer do que mandar fechar e apagar arquivos da internet. Será que não passa pela cabeça de nenhum deles que, enquanto você lê este monte de linhas desmioladas, milhares de adolescentes ociosos fazem mais sites e comunidades sacaneando Barrichello, Cicarelli e quem mais aparecer? Que é simplesmente impossível censurar qualquer coisa na net? Acho que os senhores magistrados deveriam passar mais tempo com seus filhos e netos e não com estagiários puxa-sacos. Assim, teriam informações suficientes para mandar à merda o próximo que vier com um processo desses.
Mas em se tratando do poder judiciário brasileiro, não nutro muitas esperanças...
Mudando de assunto, o que muitos disseram ser impossível foi feito. Sim, a despeito da empáfia das empresas de tecnologia, um bando de desocupados conseguiu quebrar as chaves de criptografia dos HD DVD. Pra quem não sabe, é DVD de alta definição, considerado até pouco tempo, incopiável. Só falta a galera quebrar os códigos do Blue Ray, um formato parecido, inicialmente usado no Playstation 3.
Com licença, que eu vou pegar as coordenadas da Casa Branca no Google Earth...
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Adeus música chata!
Gostaria muito de dizer que fui a uma praia paradisíaca passar esses dias, cheia de belas moças simpáticas e cerveja bem gelada... Mas como ainda não aprendi a mentir direito(esta foi uma das minhas promessas de ano novo) falo a verdade. Não que as férias tenham sido um fracasso total. Olhando-se seu início, era possível imaginar grandes possibilidades. Logo nos primeiros dias enfurnei-me numa festa de formatura da turma de direito do meu primo.
A festa estava até legal, tirando o barulho ensurdecedor de funk e axébunda. Ante isso, fui obrigado a me embebedar a noite toda, pois só muito tonto para tolerar semelhante atentado à inteligência primária.
Então chegamos à praia propriamente dita. O paraíso tropical de Marataízes! Cheio de seus meninos catarrentos e escadalosos e molecas de treze anos que pensam que são mulheres maduras, embora não ajam como tal.
E tome mais funk e axé!!!
Dias e dias inteiros ouvindo isso acrescido de doses maciças de Cezar Menoti e Fabiano! Pra quem não conheçe os ditos, são a nova sensação da MPC(música pra corno brasileira). O disco inteiro tocado mais de uma vez todos os dias, em todos os lugares, por todo mundo. Sinceramente, desconfiei que algum extra-terrestre havia sugado o pouco de massa cinzenta que havia nas cabeças daquela gente...
Mas sobrevivi até o grande dia! Pois um dia, a despeito de tudo isso, houve uma apresentação da banda Pato Fu. E eu, certo de que teria meus ouvidos aliviados fui para a frente do palco alegre e celeremente. Até encontrei velhos colegas de faculdade, que pareciam totalmente perdidos ali. Pensei por um momento que iriam me perguntar se ali era a Praia do Morro ou coisa assim...
A banda começou e eu nem me importei com meus conterrâneos que mal sabiam do que se tratava a citada banda. Ficaram ali, fazendo cara de bobos enquando a Fernanda Takai e turma tocavam.
Contudo, eles foram embora e logo os carros de porta-malas gigantescos voltaram a tomar seu lugar com o fenômeno da MPC. Sorte que eu já estava para voltar para cá.
Agora vamos falar mal do Lula um pouquinho!